Abraão e a semente da mulher -אברהם והזרע של האישה

Abraão e a semente da mulher -אברהם והזרע של האישה

אברהם והזרע של האישה 

Abraão e a semente da mulher
 
É considerada a primeira profecia dada na Torá, ou seja, a promessa de D-us que através da ‘semente da mulher’ viria àquele que iria matar a serpente e esmagar o Reino das Trevas (Genesis 3:15).
 
Essa profecia é às vezes chamada de ‘proto-euangelion’ (o primeiro evangelho – boa nova), uma vez que constitui o ponto de partida de toda a história da redenção subseqüente revelada nas Escrituras.
 
Em um sentido esta promessa faz do “útero” todo o curso do plano Redentor para a humanidade.
A primeira profecia da Torá claramente antecipou a vinda do Salvador da humanidade e uma batalha cósmica entre o bem e o mal: “… ele (ou seja, o Salvador/Messias) irá esmagar sua cabeça (ראשׁ), e a Serpente (ou seja, o serpente/Satanás) irá ferir seu calcanhar (עָקֵב).”
 
É bem provável que Eva inicialmente acreditava que seu filho primogênitoKain (קַיִן) fosse a própria semente prometida.
 
Afinal, o milagre do nascimento certamente foi um grande choque para ela, e a fé de Eva na promessa de D-us de que, através de sua semente, viria o Goel– Redentor estava sem dúvida sobre seu coração neste momento.
Quando Eva chama seu filho de ‘Kain’ (que vêm da raiz hebraica do verbokaná (קָנָה), ‘obter’), ela estava expressando sua fé na promessa de D-us:
קָנִיתִי אִישׁ אֶת יהוה / kaniti ish et Adonay,
 Obtive um homem – (Alef & TavAdonay’ (Genesis 4:1).
 
A expressão de Eva foi obscurecida pelos tradutores da bíblia, no entanto, que traduziram do hebraico como: ‘Eu obtive um homem com a ajuda do S-nhor’ (ou seja, eles inseriram a idéia de “ajuda” e traduzido a partícula et (את  Alef Tav – a primeira e ultima letras do alfabeto hebraico) como ‘com’ e não como o objeto direto para o verbo). Porem não é a tradução correta.
 
O Targum (tradução para o aramaico), no entanto, está acordo com o original hebraico. Por exemplo, Targum Yonatan lê-se: ‘Eu obtive um homem – o anjo do S-nhor.’
Certamente Eva foi dotada de grande sabedoria de D-us, especialmente depois que ela se virou para Hashem em arrependimento após a sua desobediência.
 
A simples leitura das suas palavras, em seguida, expressou sua esperança de que ‘a própria Palavra (Torá) de Adonay tivesse encarnado como um homem’ 
 
Este ‘et’ – את (ou seja a primeira letra do alfabeto e a ultima letra) está ali para mostrar isto, assim também como em Genesis 1:1.
את
Alef & Tav
(Primeira e ultima letra do alfabeto hebraico)
A antiga forma pictográfica da letra Alef é um bovino – ‘Sacrifício’
E a letra Tav é uma Cruz – ‘Sacrifício’
 
Obtive um homem את (A Palavra de) Adonay’ (Genesis 4:1), seria a tradução.
Apesar de sua esperança de que Kain era ninguém menos do que ‘ A Semente prometida (O Logos, A Palavra) o prometido Redentor, as esperanças de Eva foram frustradas quando ficou claro que seu filho era da semente da Serpente (1º João 3:12).
 
Seu irmão mais novo Abel (הֶבֶל) foi um pastor que evidenciada a fé na promessa do Redentor ao oferecer o sacrifício de sangue (Genesis 4:3-5).
Abel foi perseguido e finalmente assassinado por seu irmão Kain “porque” seus próprios atos eram ‘mal’ e do seu irmão ‘justos’.
Sua batalha espiritual é indicativa da guerra em curso entre os “filhos das trevas” e os “filhos da luz.”
 
O assassinato de Abel exigiu que a semente descesse através de outra criança, e, por conseguinte, na Torá descreve-se o nascimento de Set (שֵׁת, lit. ‘nomeado’ – Apontado), o terceiro filho de Adão e Eva.
As Escrituras afirmam que foram os descendentes de Set, que ‘começaram a invocar o nome de Adonay’ (לִקְרא בְּשֵׁם יהוה), indicando que eles tinham fé em D-us (אֱלהִים) como O Compassivo Mantenedor da Aliança – Hashem (יהוה) que iria redimir a humanidade por meio da Semente Prometida.
 
Set chama seu filho primogênito de Enosh (“homem”), talvez na esperança de que seu filho seria o Salvador prometido.
Curiosamente em aramaico, Bar Enosh (בַּר אֱנָשׁ), ou ‘Filho do homem’ (Ser Humano), é um dos títulos e atributos do Salvador da Humanidade – Messias (veja Daniel 7:13).
 
N Torá, em seguida, é traçado a genealogia (Toldot) de Set através de dez gerações (de Adam), até seu descendente Noach (נחַ) é descrito como o únicoTzadik (justo) na terra.
 
A promessa da ‘Semente Prometida’, portanto, viria através de Noach, uma vez que sua família sobreviveu o grande dilúvio.
 
Agora Noé teve três filhos, mas foi através de Shem (שֵׁם) que viria a ‘linhagem do Messias’.
De acordo com um antigo Midrash Rabínico (comentário), Noach anunciou na sua bênção perto do fim de sua vida. Quando ele disse: ‘Bendito seja Adonay, o D-us de Shem’ (בָּרוּךְ יהוה אֱלהֵי שֵׁם), ele profetizou que a redenção próxima viria através da linhagem de Shem, não através de Canaã ou Jafé.
 
Observe que a frase. ‘ele deve habitar (יִשְׁכּן) nas tendas de Shem’, muitas vezes é pensado que se trata de Jafé, embora a gramática hebraica é ambígua. O “ele” neste caso alude a Jafé ou a Hashem?
 
Uma tradução viável seria; ‘e Ele (ou seja, D-us) habitaria nas tendas de Shem’, que significa que Adonay iria habitar entre os Semitas e, por extensão, que a semente prometida viria desta linhagem.
 
Neste sentido, a bênção de Noé para Shem foi uma profecia do Redentor através de Shem (semelhante à bênção de Jacó a Judá como a tribo escolhida).
Uma vez que Adonay é o ‘D-us de Shem’ (יהוה אֱלהֵי שֵׁם), e a profecia afirma que um dia Ele (isto é, D-us) iria ‘habitar nas tendas de Shem’, a Torá indica que O Redentor – HaGoel (הַגּוֹאֵל) viria através dos descendentes de Shem (os Semitas), dos quais o grande Patriarca Abrão (אַבְרָם) descenderia.
 
 
 
A Torá identifica Abram como a décima geração de Noach. D-us chamou Abraão de Ur da Caldéia para começar uma peregrinação de fé para a terra da Promessa (Hebreus 11:8-10).
A história de Abrão é altamente profética em relação a vinda do Messias, e as promessas que lhe foram dadas predizem o advento de Yeshua de forma inconfundível.
Após o Akeidá (ou seja, o sacrifício de Isaac), D-us prometeu que ‘em sua semente (זֶרַע) são todas as Nações da terra ser abençoadas, porque você obedeceu a minha voz’ (Genesis 22:18).
 
Na luz do Novo Testamento, a fé de Abraão – e especialmente a fé demonstrada na Akeidá – prefigurado a justificação das Nações através da fé.
Assim, lemos: ‘E as Escrituras, prevendo (προοράω) que D-us iria justificar as Nações pela fé, proclamou o evangelho (προευαγγελίζομαι) previamente a Abraão, dizendo: Em você serão todas as Nações abençoadas’ (Gálatas 3:9).
 
Vale ressaltar que Abraham recebeu esta promessa como um gentio, uma vez que para ele ainda tinha sido dado o mandamento da Brit Milá (circuncisão) como um símbolo de identidade judaica (Israelita).
 
Abraão era, portanto, incircunciso quando ele acreditou que a ‘boa nova’ da redenção se aproximava da humanidade (Romanos 4:10-12).
Assim, o Emissário Paulo chama Abraham o pai da fé para os gentios que mais tarde iriam acreditar na boa notícia da redenção no Messias Judeu. (Gálatas 3:9; Romanos 4:16).
 
Em Gênesis 22:18 afirma claramente que a bênção da redenção viria através de ‘Semente’ de Abraham (זֶרַע).
O Emissário Paulo identifica claramente esta semente com sendo Yeshua O Messias (Gálatas 3:16).
Em outras palavras, as promessas foram feitas pela primeira vez a Abraão, mas também para o Messias que viria.
Este é mais um exemplo de uma profecia de ‘duplo aspecto’, uma vez que ela pertence a Abraão e seus descendentes escolhidos (ou seja, Isaque (não Ismael), Jacó (não Esaú), Judá (não Ruben), David (não o primogênito de Jesse), Salomão (não Adonias), etc.), mas também para o futuro Messias que iria redimir a humanidade caída (João 8:56).
Abraão foi escolhido por D-us, em outras palavras, para “entregar” o Salvador prometido ao mundo.

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