Apesar dos males terríveis que regularmente vemos neste Mundo Caído (sistema/Era Presente) – quer a maldade moral dos maléficos e depravados, dos cinícos, corruptos e etc, bem como as tragédias físicas dos desastres naturais, das doenças e da morte física em si –
há algo de dentro do coração humano – o grito de protesto de amor – que apela para o amor e a justiça de D-us, apesar de nossa dor …
A alma atesta que há “negócios inacabados”, que há mais do que os olhos podem ver, que o mal não tem a última palavra,
e que as lágrimas um dia para sempre serão apagadas.

Apesar da ambiguidade, a Emuná (fé) , “espera contra a esperança” de que Adonay Elohim (D–us) vai intervir e trazer a cura eterna para todos nós. Como diz; “Aquele que anda na escuridão e não tem luz algumaconfie no Nome de Hashem (יִבְטַח בְּשֵׁם יְהוָה) e se apoie em seu D–us” (Is 50:10).

 
מִי בָכֶם יְרֵא יְהוָה שׁמֵעַ בְּקוֹל עַבְדּוֹ
 אֲשֶׁר הָלַךְ חֲשֵׁכִים וְאֵין נגַהּ לוֹ
 יִבְטַח בְּשֵׁם יְהוָה וְיִשָּׁעֵן בֵּאלהָיו
Quem entre vocês teme á Adonay e obedece à palavra de Seu Servo (Messias)?
Que aquele que anda no escuro, que não tem luz alguma,
confie no nome de Adonay e se apóie em seu Elohim (D–us).


Confiar em Hashem (D–us) (ou seja, bitachon – בִּטָּחוֹן) não significa que somos obrigados a afirmar que este é “o melhor de todos os mundos possíveis” ou que “temos a vida otíma ou que tudo está uma maravilha”, embora isso significa que nós acreditamos que, eventualmente, D–us enxugará todas as lágrimas e faz todas as coisas para o bem … Bitachon (confiar) é uma palavra para este mundo, na qual dizemos: “Ainda que ele me mate, eu vou confiar nele …” Aqueles que invocam  Hashem (D–us) podem confiar não só no bem escondido por trás das aparências ambíguas (“todas as coisas cooperam para o bem”), mas também no futuro, bom, substantivo verdadeiro que um dia vai ser claramente manifesto para todos nós … Enquanto isso, que Hashem (D–us) possa nos impedir de tal profundidade da depresão que leva a escuridão,
doença e desespero.  Hodesh Tov, (Bom Novo Mês – Tevet / Lua Nova).

No próximo domingo, 23 de dezembro 2012 é Asarah B’Tevet (10 do mês de Tevet), que é a data tradicional, que lembra o início do ataque de Nabucodonosor em Jerusalém (em 587 A/C), que levou à destruição do Templo Sagrado e do exílio eventual do povo judeu á Bavel (Babilônia).

Judeus observantes nesta data fazem um pequeno jejum (ou seja, desde o nascer ao pôr do sol) para lembrar esta tragédia e para afligir a alma.

Em Israel, Asarah B’Tevet (10 do mês de Tevet) também marca o dia ‘doKadish‘ (oração memorial) que é tradicionalmente recitada para as pessoas cuja data ou o local da morte é desconhecida. Isto resultou em um dia de luto para a muitos judeus que pereceram durante o Holocausto (além da comemoração formal do Yom HaShoah).

Os Serviços (cultos) da sinagoga neste dia (23/12/12) normalmente incluem orações de arrependimento (Selichot) e a porção da Torá recorda a história da idolatria do bezerro de ouro (ou seja, Êxodo. 32:11-34:10).
Ou seja:
O jejum do quarto mês [17º de Tamuz] e o jejum do quinto mês (9º de Av), e o jejum do sétimo mês (3º de Tshrei – Gedalia), e o jejum do décimo mês [10º de Tevet – cerco de Jerusalém] serão para a Casa de Yehuda (Judá) júbilo, felicidade e dias festivos. (Zacarias. 8-19).
Porem quando o Messias retornar (que seja breve e em nossos dias) estes Jejuns se tornarão em um tempo de regozijo e festas