ט”ו באב – Tu be’Av – 15 de AV
“As filhas de Jerusalém devem ir dançar nos vinhedos e todo aquele que não tem uma esposa, deve ir para lá “(Talmud)
No dia 15 de Av – Tu Beav, o contraste torna-se mais aparente. Este é um dia de alegria, em que vários acontecimentos positivos aconteceram ao longo da história. Todos eles marcam o término de algum fato negativo que estava ocorrendo em nosso povo. No Talmud nossos Sábios nos relatavam que, muitos anos atrás, as ‘filhas de Jerusalém iam dançar nos vinhedos’ em 15 do mês de Av, e ‘quem não tivesse uma esposa podia ir até lá’ para encontrar uma noiva.
E este é o dia que o Talmud considera a maior festa do ano, bem perto de Yom Kipur!
Vamos explicar aqui um pouco sobre cada fato que ocorreu nesta data.
חג האהבה
Tu B’AV – dia 15 de Av – Dia de Romance e amor e Amizade
O grande cabalista Rabi Chaim Vital Calabrês (1543-1570 Safed) define o amor da seguinte forma: a palavra hebraica Ahavá (amor) tem o valor numérico 13. O valor numérico do Nome de D-us é 26.
Assim, quando duas pessoas amam-se mutuamente, a combinação de seu amor (13+13), faz com que o Todo-Poderoso (26) esteja cada vez mais presente entre eles.
Desde os tempos bíblicos o dia 15 de Av era comemorado como um dia de amor e amizade e hoje no moderno Estado de Israel este dia é celebrado como uma espécie de “Dia dos Namorados” (embora seja muito mais antigo e sóbrio do que o ‘Dia dos Namorados’ atual). O costume judaico moderno mais amplamente difundido é de se marcar casamentos em 15 de Av. No Israel moderno, os kibutzim reavivaram o festival da colheita da uva como Hag HaKeramim [Festival dos Vinhedos].
15 de AV – Tu B’Av marca o fim da “geração do deserto” dos filhos de Israel. Na Torá refere que toda a geração de israelitas resgatados do Egito foi condenada a morrer no deserto (Parashat Shelach – Números 13:1–15:41).
De acordo com o Midrash Eichah Rabá (Comentário rabínico), todos os anos até no ano quadragésimo, na véspera de 9 de Av, Moises fazia o povo, ‘Sair e cavar’, e o povo iria deixar o acampamento, cavar covas e dormir dentro delas durante toda a noite. De manhã um mensageiro saía e proclamava, ‘deixe os vivos separarem dos mortos!’ Quinze mil morreriam naquela mesma noite, mas os sobreviventes retornariam ao acampamento por mais um ano, e assim por diante nos 40 anos no deserto.
Isso ocorreu ano após ano, mas no ano quadragésimo ninguém mais morreu. Uma vez que eles achavam que eles poderiam ter errado a data e calculado errado os dias, eles dormiram em suas covas mais uma noite. Isto continuou por cinco noites até o décimo – quinto do mês bíblico de Av, quando eles viram a Lua Cheia, perceberam que haviam feitos cálculos corretos e se alegraram, pois era a primeira geração que não morreria.
Eles posteriormente declaram Tu B’Av (15 de Av) como um dia de festa. A ‘geração do deserto’ tinha finalmente passado e a nova geração estava finalmente pronta para entrar na Terra Prometida (Eretz Israel)!
No Talmud (tratado Bava Batra 121b) também ensina que enquanto a primeira geração estava morrendo, Adonay não falava com Moisés, exceto através do Urim e Tumim.
Tu B’Av marca também o tempo quando foi permitido as tribos de Israel casarem entre si.
A primeira geração de israelitas, que entraram na terra de Israel para receberem sua parcela de terra, eram instruídos a cassarem apenas dentro de sua própria tribo, a menos que a mulher a se casar tinha pelo menos um irmão (números 36:7-9). No entanto, no Talmud (Bava Batra 121a) relata que em Tu B’Av (15 de Av) para próxima geração de mulheres foi concedida a permissão para se casar com quem elas desejassem (dentro das Tribos de Israel), uma vez que a terra tinha sido loteadas entre os vários tribos.
Tu B’Av marca a restauração da tribo de Benjamin.
Em Tu B’Av os líderes de Israel permitiram a tribo de Benjamin crescer novamente (após a guerra civil com as outras tribos de Israel – Pilegesh Bagiva) permitindo que os 600 homens benjamitas sobreviventes casassem-se com as ‘filhas de Shiloh’ (juízes 21:16-24). [Shiloh foi a primeira capital de Israel].
Depois da guerra foi jurado que ninguém de bom grado daria sua filha para casar-se com um da tribo de Benjamim, mas depois da decisão tomada “havia uma exceção” um Benjamita podia fugiu com uma jovem que estivesse ‘dançando em Shiloh’. Desta forma a tribo de Benjamin foi salva da extinção.
Mais tarde, os líderes de Israel revogaram esta proibição e disseram que a promessa era aplicada somente para aqueles homens que tinham feito o juramento, e então a partir disto os casamentos das outras tribos com a tribo de Benjamin foram permitidos.
Tu B’Av tornou-se um tempo de grande celebração em Jerusalém. Assim como Yom Kipur demonstrou a reconciliação de Israel para com D-us após o incidente do bezerro de ouro, Tu B’Av é celebrado como o tempo de reconciliação por causa do pecado dos 10 espias (Parashat Shelach – Números 13:1–15:41). Por conseguinte, Tu B’Av (15 Do mês de AV) tornou-se um tempo de alegria e regozijo comemorando o nosso perdão e restauração para com D-us.
No Talmud (tratado Mishná Taanit 4: 8) relata que; ‘Israel tinha tempos tão alegres como Tu B’Av …, quando as jovens virgens de Jerusalém saíam pra dançar nos vinhedos. ’
Mais tarde, Tu B’Av (15 de Av) tornou-se conhecido como um tempo de ‘dança de Verão’ e um tempo pra noivado. Em uma espécie de máscara romântica, as adolescentes trocavam vestes brancas umas com as outras pra seus pretendentes não soubessem quem poderia pagar caros vestidos e quem poderia apenas alugá-los. E ‘quem não tivesse uma esposa podia ir até lá’ para encontrar uma noiva
Em anos recentes esta prática tem sido ressuscitada e as jovens judias de Shiloh (localizado cerca de 40 minutos ao norte de Jerusalém) dançam nas mesmas vinhas, enquanto músicos do movimento judaico Chassidim fornecem entretenimento.
Tu B’Av marcou o fim do bloqueio de Jeroboão contra Jerusalém.
O rei Jeroboão filho de Nebat (Yerovam ben Nevat) foi um rei do Reino do Norte de Israel (922-901 A.C.), um governante mal que seduziu e levou Israel a cometer idolatria e proibiu o culto no Templo em Jerusalém. Seus bloqueios estavam no local até que eles foram finalmente removidos pelo último rei de Israel, Hoshea o filho de Elah (732-722 A.C.), que declarou livre a passagem para Jerusalém (Tlmud Ta’anit 30a). Segundo relatos, esses bloqueios de estradas foram removidos no dia 15 da Av.
Tu B’Av marcou o tempo de “Quebra dos Machados”. Após o exílio babilônico, Esdras e Neemias vieram para reconstruir o Templo, mas encontram a terra desolada e todas as árvores derrubadas pelo inimigo. Precisavam de madeira para as ofertas do altar, e as contribuições de madeira vieram a ser conhecida como “ofertas de madeira”. Estas ofertas foram eventos comemorativos, semelhantes às ofertas dos Primeiros Frutos da terra.
Tu B’Av veio a ser conhecido como o “dia da quebra de machados” desde então após esta data era proibido cortar as árvores para uso
No fogo no Templo (Talmud Ta’anit 31a). Madeira utilizada para alimentar o altar tinha que ser totalmente seca, mas depoisTu B’Av os dias se tornam mais curtos e não dava tempo pra secar as ripas de madeira a luz do sol. Porem, até essa data, em seguida, o corte de madeira para o altar foi concluído e o abastecimento foi suficiente até a próximo Verão.
Tu B’Av marcava o fim do ano para o plantio. Tu B’Av (15 de Av) foi instituído (no período do segundo Templo) para marcar o início da colheita de uva, que terminava em Yom Kipur. Também era o tempo quando a plantação de árvores e cereais finalizava (árvores plantadas após esta data são consideradas enraizadas depois de Rosh Hashaná e, portanto, pertencem ao ano seguinte para os efeitos das leis do ano sabático).
Tu B’Av marca o ultimo feriado judaico do ano.
No calendário judaico, Tu B’Av ocorre uma semana depois de Tishá B’Av- (9 de Av) ou seja o culminar de três semanas de tristeza – e tradicionalmente marca as ultimas semanas do verão e de todos as festas judaicas no ano judaico. Além disso, Tu B’Av atua como uma espécie de prefácio para o mês de Elul quando o ciclo de festas começa novamente com Rosh Hashaná. Como tal ele marca a última festa do atual ano judaico, e é um momento de felicidade e alegria.
Uma vez que cai sobre o 15º do mês, Tu B’Av é uma noite de lua cheia. A lua cheia de Av é simboliza a transformação da tragédia em alegria.
Tu B’Av (15 de Av) marca um dia de romance e amor no moderno Israel de hoje tipo um dia dos namorados.
Nos dias atuais em Israel é costume enviar um buquê de rosas vermelhas. As canções românticas são tocadas nas rádios e as festas ocorrem em todo o País.
Além disso, Tu b’Av é uma data popular para os judeus marcarem casamentos e se casarem (e eles não são obrigados neste dia antes do casamento fazerem jejum, mas quando casam em outros dias do ano os noivos são devem fazer jejum).
Tu B’Av (15 de Av) profeticamente prefigura o casamento do Cordeiro de D-us e sua Noiva (a Congregação).
Uma vez que é a “última” festa do ano judaico, profeticamente Tu B’Av alude ao nosso casamento com o Cordeiro de D-us (Sê Elohim), nosso amado Mashiach (Messias):
‘Então ouvi algo semelhante ao som de uma grande multidão, como o estrondo de muitas águas e fortes trovões, que bradava: Halelu’Yah ! , Adonay malach , Elohei Tzevaot…’ ‘…E o anjo me disse: Escreva: Felizes os convidados para o banquete do casamento do Cordeiro! E acrescentou: Estas são as palavras verdadeiras de D-us.’ (Apocalipse 19:6-9).
Esperamos que, se D-us Quiser, o mais breve possível que seja somada a lista a união total entre nosso povo e Hashem (D-us), com a vinda de Mashiach (Messias), que tanto ansiamos e necessitamos.
Sê o primeiro