Apesar de toda a Festa de Pessach (פסח) ser conhecida como “O tempo de nossa liberdade ou libertação” os Filhos de Israel não estavam tão cientes e certos da libertação absoluta até o último dia, na travessia do Mar Vermelho.
Faraó ainda realizava sua aderência psicológica nas mentes dos israelitas. Mesmo que tivesse passado sete dias desde que deixaram o Egito, eles ainda ficaram apavorados quando perceberam que eles ficaram presos entre o mar e o exército Egípcio.Na sétima noite de Pessach (Páscoa), conhecida como Shvi’ee shel Pessach, (שביעי של פסח) que significa; ‘O último [7º dia] de Páscoa’, os israelitas atravessaram o (ים סוף) Yam Suf (Mar Vermelho/ de juncos) que se partiu em duas colunas. Tempo depois após os Hebreus atravessarem o Mar Vermelho eles cantaram a Az Yashir (Êxodo 15) – אז ישיר– a canção de louvor que é hoje parte das orações (devocionais) diárias de manhã de cada judeu.
Esta festa marca a conclusão definitiva da escravidão egípcia. Somente depois que os perseguidores egípcios foram totalmente aniquilados é que os Filhos de Israel verdadeiramente se tornaram uma nação livre – na alma, bem como no corpo.
Enquanto no mar, os Hebreus testemunharam uma impressionante revelação divina. Na verdade, até mesmo as crianças pequenas eram realmente capazes de apontar com seus dedos e exclamar; ‘Zê Eli’ (זה אלי) – ‘Este é o meu D-us’ e irei glorificá-lo!’
“O início está encravado no final.” Os judeus ortodoxos e ultra-ortodoxos celebram a redenção messiânica ao final do 7º dia de Pessach (Fora de Israel será sabado a noite e não na sexta a noite), porque o êxodo do Egito ‘abriu as comportas da redenção’ (פתח את הדלת של הגאולה) que lhes permitirá esperar a redenção (הגאולה) final e absoluta.
A Haftorá deste sábado é Isaías 10:32-12:6, que fala do Messias e a era messiânica.
Na Haftorá (porção dos profetas) lida no sétimo dia da festa dos pães sem fermento lemos as palavras de Isaías, o profeta. Ele profetizou o seguinte em Isaias 11:10 – Naquele dia as nações buscarão a Raiz de Jessé – שׂרשׂ ישׂי (O Messias Filho De David), que será como uma bandeira para os povos, e o seu lugar de descanso será glorioso.
A refeição do Messias
No século XVII, o fundador do movimento Hassídico, O Rabino Eliezer ben Israel apelidado de ‘Baal Shem Tov’ (Dono de um bom nome) para ensinar algo importante instituiu um novo e personalizado Seder para o fim do último dia da Páscoa. Curiosamente Ele o chamou de; ‘A refeição (ceia) do Messias’ (Seudat Mashiach)’. Consistia de uma refeição especial, adicional no final da tarde do último dia da Páscoa.
Curiosamente também O Rabino Baal Shem Tov (1698-1760 Ucrânia) enfatizou que o principal componente desta refeição (Ceia) era Matzá (Pão sem fermento).
Algumas gerações mais tarde, o Movimento judaico dos Hassidim adicionou o costume de quatro copos de vinho neste Seudat Mashiach, espelhamento do Seder (ceia) da primeira noite de Páscoa. Os judeus Hassídicos (do movimento Hassidim) e Ortodoxos e Ultra-Ortodoxos ainda hoje comemoram este ‘Seder do Messias’ especial no final do último dia da Festa. Eles se reúnem para encerrar a festiva com Matzá (pão sem fermento), e com quatro copos de vinho e um foco especial sobre o Messias.
Todo o tema da refeição centra-se sobre a vinda do Messias e a redenção final. A refeição é festiva no espírito. Todo mundo diz ao outro L’chayim! – לחיים (a vida!), ao discutir seus pensamentos sobre o Messias e seus sonhos e esperanças para a Era messiânica. A refeição termina com eles cantando e dançando sobre a promessa da redenção messiânica.
O que é a conexão entre final do último dia da Páscoa e a vinda do Messias? O final do último dia de Pessach (Páscoa) é a conclusão do que começou na primeira noite da Pessach.
Os antigos rabinos ensinavam: ’o último dia da Pessach (Páscoa) é a revelação do Messias’.
A Seudat haMashiach – ‘refeição do Messias’ é uma inovação relativamente recente no judaísmo. Foi introduzida apenas algumas centenas de anos atrás, e a maioria das correntes liberais e reformistas do judaísmo não a observa.
No entanto, o conceito de um banquete messiânico é tão antigo quanto o judaísmo propriamente dito. Veja Isaías 25:6. ‘Neste monte o ‘Adonay Tzevaot’ preparará um farto banquete para todos os povos, um banquete de vinho envelhecido, com carnes suculentas e o melhor vinho. ’
Um antigo ensinamento judaico tem especulado sobre os detalhes desta festa há milhares de anos.
Os Antigos Sábios judeus imaginavam que no futuro, D-us vai preparar uma festa para os Tzadikim – צדיקים (justos) no jardim do Éden e reclinará com eles na mesa com vinho feito de uvas dos seis dias da criação.
Abraão, Isaac e Jacó estarão presentes na mesa junto com todos os justos ressuscitados. No banquete, D-us vai coroar o Messias, o Rei.
Nossos Sábios da antiguidade ensinavam que no final da refeição, ninguém será encontrado digno de dizer a bênção após as refeições, exceto O Messias que vai levantar os quatro Copos de vinho, que faz alusão a um Seder de Pessach, em suas mãos e dirá as bênçãos… Só ele é sem defeito e, portanto, merecedor de uma posição de honra na mesa de D-us.
A refeição do Messias é suposto para ser um ensaio e uma antecipação do grande banquete messiânico do futuro.
Sê o primeiro