ל”ג בעומר
Lag BaOmer
O 33º dia da Contagem do Omer é um lembrete devastador de uma catástrofe causada pela desunião dos judeus na época do segundo Templo. (este ano cai em 18/05/2014)
Embora seja uma festividade central e diversificada, Lag Ba’Omer não é lembrado nem na Torá, nem na Mishná nem na Guemará, e nem mesmo na Literatura dos Geonim, escrita posteriormente. É lembrado na literatura ligada à Halachá (legislação judaica).
A palavra Lag, em hebraico, é formada por duas letras; Lamed (ל) e Gimel (ג), cujo valor numérico é 33.
A discórdia e os conflitos entre os discípulos de Rabi Akiva conduziram milhares à morte nas semanas entre Pêssach (Páscoa) e Shavuot (pentecostes), dizimados por uma peste.
Em Lag Baômer, o 33º dia da Contagemdo Ômer a tristeza e luto são suspensos por dois motivos: nesta data cessou a morte dos discípulos de Rabi Akiva (50 AC -137 DC) e marca o dia de falecimento de Rabi Shimon bar Yochai. “Seus ensinamentos” no compêndio Zohar revelaram a dimensão mística da Torá: a Cabalá, a “alma” do Judaísmo.
Para os judeus cabalistas Lag Ba’Omer é o tempo da revelação (Gal) do futuro Messias e o numero 33 é conectado diretamente ao Messias (vide; Zohar).
No dia de Lag Ba’Omer judeus observantes cantam o salmo 119 que no primeiro verso tem 33 letras. Lag (לג) que forma o número 33 lida ao contrario forma a palavra Gal (גל) que significa Revelar – Desvendar (salmo 119:18)
גל עיני ואביטה נפלאות מתורתך
Revela aos meus olhos para que eu veja as maravilhas da tua Torá.
Salmo 119:18
Lag BaOmer (o 33a dia da contagem do Omer) caracteriza-se pela Sefirá de Hod she beHod – ou seja, glória em glória. Essa Sefirá é intimamente associada a Aarão, o sumo sacerdote e por inferência é associada com Yeshua (Jesus) O sumo sacerdote.
Lag BaOmer como a Carta aos Efésios, carrega o tema de Ahavat Israel, o imperativo de amar e respeitar o próximo e é um momento para celebrar a unidade judaica pelo encontro com homens, mulheres e crianças para mostrar nosso amor e paixão um com os outros.
Lag B’Omer e a Carta aos Efésios, ambos lidam com os segredos da futura era messiânica. Ambos lidam com as lições que são necessárias para alcançar essa idade gloriosa.
As fogueiras (מדורות) que são acesas em lag ba’ômer celebram a imensa luz que foi trazida ao mundo por Rabi Shimon bar Yochai (que faleceu em Lag Baômer- século II DC)… Embora saibamos que a verdadeira luz é nosso Messias Yeshua (Jesus), Baruch shemô, que morreu aos 33 anos em Pessach.
No Zohar ensina-se que o poder de um Tzadik (justo) “aumenta” após sua morte, Sua chama continua acesa, seu mérito é o bastante para invocar o perdão Divino.
Esta chama irá iluminar o caminho que levará para fora do exílio até o último dos judeus.
E quando isto ocorrer – que esteja próximo esse dia – o mundo inteiro viverá da maneira como Rabi Shimon julgava que se devia viver. Pois que a terra se encherá do conhecimento de Adonay, nosso D-us, como as águas cobrem o mar (Isaías, 11:9).
Rabi Akiva reconstruiu sua grande Escola de Estudos de Torá, reiniciando com seus cinco discípulos sobreviventes: Rabi Meir, Rabi Yehudá, Rabi Yossi, Rabi Nechemia e Rabi Shimon bar Yochai.
Lembrando que Rabi Akiva (que era um converso ao judaísmo) escolheu e nomeou Bar Cochbá (filho da estrela) como Messias. Um grande erro que resultou na catástrofe judaica na época, em 132 D.C. quando Bar Cochba orquestrou a Segunda Revolta Judia contra Roma
Sendo Bar Cochba nomeado Messias pelo Rabi Akiva como os judeus crentes (nazarenos ou ‘Os do Caminho’) viam Yeshua de Nazaré como o Messias, participar da revolta sob o comando do falso messias Bar Cochba significaria trair suas crenças.
Quando a revolta foi esmagada pelo Imperador Adriano em 135 D/C. Adriano expulsou todos os judeus de Jerusalém, permitindo que retornassem apenas um dia por ano, em Tisha Be’av, (9 de Av) para o luto, pela destruição do Templo (Beit HaMikadesh), Adriano também reconstruiu Jerusalém como uma cidade romana e mudou seu nome para Aelia Capitolina e o nome da Judéia para Síria Palestina.
Isto foi feito para apagar qualquer ligação judaica com a cidade de Jerusalém e com a terra de Israel. O Segundo Templo foi destruído pelos romanos no ano 70 D/C. Jerusalém e a paisagem rural circundante estavam em ruínas de borda a borda. Dezenas de milhares morreram em combate feroz e, posteriormente, da perseguição e da fome; milhares mais foram vendidos como escravos e forçados ao exílio e crucificados.
Os romanos consideravam a Judéia (nação judaica) derrotada, obliterada e finalizada.
O General romano Tito ergueu um monumento de grande vitória em Roma, que está em pé até os dias de hoje na Itália (Roma), o famoso arco de Tito, no qual está inscrito; ‘Judéia per Capita’ Judéia é ‘kaput’, “destruída – acabada”.
É dito por alguns historiadores que; 20% da população do Império Romano entre Roma e Jerusalém eram de judeus, entre conversos e nascidos de mãe judia. (hoje, somente os nascidos de mãe judia são considerados diretamente judeus, os não nascidos de mãe judia tem que passar por uma conversão)
As fundações pagãs de Roma estavam desmoronando. Muitos romanos estavam em busca de uma alternativa religiosa – que muitos deles posteriormente encontraram na crença de um Messias Judeus (Yeshua). Muitos romanos foram atraídos para o judaísmo (Ao D-us de Abraão Isaque e Jacó) e um número significativo convertidos se fez. Também havia milhares ou dezenas de milhares de simpatizantes. Alguns membros do Senado Romano converteram ao judaísmo.
Se o grande número de judeus que viviam em todo o Império Romano pudesse ser inspirado em revoltas anti-Romanas coordenadas, muitos historiadores acreditam que as perspectivas da derrubada de Roma era muito real, porem não foi.
Por esta época, a “Igreja cristã” tinha efetivamente se separado do judaísmo (nascendo o cristianismo). O poder teológico e político foram transferidos dos líderes Judeus ‘Do Caminho’ (crentes) para ‘centros de lideranças cristãs’ como em Alexandria, Roma e Antioquia.
É importante entender esta mudança, porque ela provocou os primeiros Patriarcas da “Igreja” a fazerem declarações anti-judaicas e anti-semitas.
Com a expansão da “igreja” dentro do Império Romano e com o crescimento das congregações cristãs, o pensamento ‘grego e romano’ começou a entrar e completamente mudar a orientação da interpretação bíblica através da psique grega e não de uma psique judia ou hebraica.
Isto depois resultaria no cristianismo e em muitas heresias, algumas das quais ainda praticadas pela igreja ate os dias de hoje. No começo do século IV, um evento monumental ocorreu para a igreja. Em 306 D.C., Constantino se tornou o primeiro Imperador Romano cristão.
Da noite para o dia, o Cristianismo recebeu o poder do Estado.
Surgindo assim tempos depois a ‘Igreja Católica’ e outras, depois a igreja católica gerou os protestantes os protestantes geraram, as ‘Igrejas históricas’ e assim por diante as varias igrejas evangélicas e etc que conhecemos hoje.
E definitivamente o cristianismo deve seu próprio caminho, tradições, historia, pensamento e etc, ficando assim definitivamente incompatível com o judaísmo e as tradições hebraicas, ou seja irreconciliáveis, independente da crença de Jesus como Messias ou não.
Sê o primeiro