Purim – פורים:

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Purim – פורים:

Esses dias serão lembrados e comemorados em todas as gerações, em todas as famílias, em todas as províncias, em todas as cidades (Esther 9:28 ).

Segundo um Midrash (comentário Rabínico), Purim nunca deixará de existir e ninguém está isento de sua observância – homens, mulheres e crianças.

E os acontecimentos serão lembrados pela leitura da Meguilá (Livro de Esther) e celebrados com festas, oferta de alimentos, alegrias e presentes.

O Jejum de Estherתַּעֲנִית אֶסְתֵּר (Ta’anit Esther) é realizado, simbolicamente, por um dia, todos os anos do nascer do sol ao por do sol, na véspera de Purim, ou seja, no dia 13 de Adar. Se cair em um sábado (Shabat) o jejum deve ser feito na quinta feira, pois não se jejua em Shabat.

Purim no Novo Testamento:

Yeshua – ישוע (Jesus) e a festa de Purim: Considere João 5:1-25

Passadas estas coisas, havia UMA FESTA judaica, e Yeshua subiu para Jerusalém.

O capitulo de João começa falando que Yeshua – ישוע (Jesus) subiu a Jerusalém, pois havia uma ‘festa’, mas o nome desta festa ficou escondido, não foi mencionado. Porem fica claro para nós que esta Festa caiu no Shabat (dia de Sábado) segundo João 5:9.

O historiador Lambert Dolphins pesquisou e descobriu que:

*cronologicamente a única Festa Judaica, que o evangelho de João, poderia estar se referindo era a festa de Purim, pois segundo o historiador e suas pesquisas a Festa de Purim caiu no dia de sábado (João 5:9) nesta época. E com certeza segundo vários historiadores Purim foi a única festa que caiu em Shabat (sábado) entre os anos 25 à 35 D/C. (neste caso no ano 28 D/C).

Mas porque o escritor não mencionou o nome da Festa?

Talvez por Inspiração Divina ele intencionalmente deixasse o nome da festa oculto no evangelho de João assim como o Nome de D-us ficou oculto no Livro de Esther.

Purim em 2014 será o 2487º aniversário do dia que os judeus triunfaram sobre a “solução final” instigada por Haman, nos dias do Império Persa.

Em 587 A/C. os filhos de Israel das tribos Judá e Benjamin foram deportados para a Babilônia, como descritos em 2°Reis 25.

Após certo tempo, o domínio babilônico passou para a mão dos persas (Irã). Por volta de 450 A/C, levantou-se um rei persa chamado Achashverosh – אחשוורוש (Assuero), identificado pelos historiadores como Xerxes I.

Seu reino foi de grande abrangência, e seu trono ficava em Shushan, cidade pertencente aos impérios babilônico, Persa e Parto, localizada a 250 km ao oriente do Rio Tigre, atualmente a região sudoeste do Irã.

Este livro, a semelhança da profecia de Ageu (Ageu 1:1-15; 2:1-10,20). Perto das ruínas da antiga cidade Shushan, onde está o Tumulo do Profeta Daniel, ( הנביא דניאל) e atrai muitos visitantes e peregrinos nos dias de Hoje.

Segundo escavações realizadas na era moderna, em Shushan, tem-se comprovado de forma substancial a exatidão do autor.

Em seu reino havia um judeu, benjamita, de nome Mordechai, (מרדכי) que tinha sido transportado de Jerusalém com os cativos de Judá (Esther 2:5-6). Mordechai foi o primeiro homem na história a ser chamado de ‘judeu’, antes disso, os judeus eram chamados de hebreus ou israelitas.

Ele criara a prima ou sobrinha (Esther 2:7), chamada Hadássa הדסה que significa mirto ou murta (הדס).

Curioso é que Benjamin um dos patriarcas foi o único dos filhos de Jacó que não se curvou a Esav (Esaú) o pai dos amalekitas e agagitas, e Mordechai descendente da tribo de Benjamin foi o único que não se curvou a Haman o agagita descendente dos amalekitas.

Hadássa הדסה Também chamada de Esther – אסתר, que significa: escondida, (נסתר) o nome que não é babilônico, como alguns afirmam, mas sim hebraico advindo da raiz hebraica hester, ( סתר-  הסתיר) que significa: ocultar, esconder.

(להסתיר)

(Por outro lado dizem ser babilônico/Persa por causa da semelhança com o nome Ishtar (אישתר) de uma deusa babilônica – cognata da deusa Asterote dos filisteus, de Isis dos egípcios, Inanna dos sumérios e da Astarte dos gregos, Diana dos Assírios. Mais tarde esta deusa foi assumida também na Mitologia Nórdica como Easter – a deusa da fertilidade e da primavera).

Seu nome Esther, (אסתר) encaixou-se perfeitamente com sua atitude de ter ocultado a identidade judaica a Hegai, guarda das mulheres (Ester 2:10), e ao rei Achashversosh – אחשוורוש (Esther 2:20).

O nome Esther (אסתר) também é altamente significativo.

Os nossos sábios no Talmud ligaram o versículo seguinte da Torá com os eventos de Purim: “(D’us declara) … אנכי הסתר אסתיר פני E eu certamente esconderei (hester) o Meu rosto naquele dia… (Deuteronômio 31:18). Aos eventos ligados ao livro de Esther.

Outra peculiaridade extraordinária da festa de Purim é que a Megilá (livro de Esther) não menciona D-us nem uma única vez. Todos os outros livros das Escrituras mencionam D-us inúmeras vezes.  Isto também parece sugerir um profundo encobrimento Divino.

D-us está sempre realizando milagres para nós, de uma forma natural, oculta, disfarçada nos acontecimentos de nosso cotidiano.

Esther com sua atitude nos mostrou o verso:  כל כבודה בת מלך פנימה ‘Kol kevudá bat melech penimá,’ – ‘A verdadeira honra da princesa está no seu íntimo’. (salmo 45:14)

A palavra hebraica para ‘íntimo’ que é פנימה ‘penimá’, é a mesma raiz para פנימיות ‘penimiuto interior’, aquilo que está nos porões do coração de uma pessoa.

Através do entendimento do verdadeiro significado de estar escondida/Oculta – ‘hester’, (סתר-  הסתיר) ela revelou uma mensagem ao povo judeu que permanecerá para sempre.

Todos os nossos devem ser Le’Shem Shamayim (em nome dos céus)” – Talmud – Pirkei Avot 2:12. pois ‘devemos reconhecer D-us em todos os nossos caminhos’ Provérbios 3:6.

O Rabino Baal Shem Tov (1698-1760 Ucrânia) fundador do movimento chassídico e mestre da Cabalá, Ele ensinava que; ‘nas questões sobre a Torá, um nome é tudo. Basta decifrar o nome de uma pessoa, de um objeto ou de um evento e a essência do mesmo estará desvendada. ’

A festividade de Purim é envolta em mistério. Seu nome advém da palavra ‘pur’ palavra persa, não hebraica, que significa ‘tirar sortes’.

O livro de Esther que relata a história da festa, explica: ‘Por isso, àqueles dias chamam Purim (‘sortes’) por causa da ‘sorte’ que Haman havia lançado, determinando o dia em que os judeus seriam aniquilados.

O nome da festividade aparentemente refere-se ao perigo com o qual os judeus se defrontaram e não à sua subsequente libertação.

Conta também no livro de Esther que quando Haman acercou-se ao Rei Assueros, pedindo-lhe permissão para exterminar os judeus, disse: Há uma nação dispersa entre as demais nações que compõem seu reino.

Nossos Sábios rabinos da antiguidade nos ensinam que a palavra: ‘Yeshno’ ישׂנו – ‘’ (uma nação) pode também ser lida como a palavra ‘Yashnu’ – dormia (a nação); ou seja, “adormecido” (ישן) estava o povo judeu sem perceber os perigos e adormecido “espiritualmente”.

Foi por isto que Haman teve condições de atingir os judeus – para vender ao Rei seu plano de genocídio – apenas porque detectara que o povo judeu estava espiritualmente adormecido.

Quando uma pessoa está nesse estado de dormência “espiritual”, torna-se completamente vulnerável.

Haman viu que os judeus estavam com o espírito entorpecido – distanciavam-se de D-us e abandonavam a Sua Torá. (Efésios. 5:14)

Podemos ler também sobre o enforcamento dos dez filhos de Haman que muito estranhamente foi após a morte deles.

Se tiver oportunidade de ver dentro da Meguilá (Livro de Esther) original escrita por um sofêr סופר (escriba) em hebraico ou nas bíblias em hebraico, perceberá três letras minúsculas entre os nomes deles.

Lembrando que estes pergaminhos são passados de geração em geração com copias escritas exatas. Estas letras minúsculas são as letras hebraicas Tav (ת) Shim (ש) e Zayin (ז) e o valor numérico delas é 5707. Bem, adivinha o que aconteceu durante o ano 5707?

O ano judaico 5707 corresponde a 19461947 no calendário secular

Nesta data Dez nazistas foram enforcados! E isso não é tudo – um desses nazistas, um terrível assassino chamado Julius Streicher, teve de ser arrastado à força para o cadafalso.  Finalmente, quando ele estava para morrer, ele disse suas últimas palavras: Sabem quais foram? “Purim-fest!”

Possuímos inúmeros motivos para celebrar Purim. Fazê-lo é proclamar a fidelidade de D-us às suas promessas feitas a Abarão, quando disse:

em ti serão benditas todas as famílias da Terra… Genesis 12.

Esta promessa estava e está conectada à sua descendência. Como na época de Esther, a Casa de Israel estava na Diáspora, a destruição do Reino de Judá cativo no domínio persa, poderia promover a completa desintegração do povo judeu, impedindo a realização da promessa.

Mas D-us protegeu seu remanescente, livrando-o do aniquilamento. Yeshua ישוע (Jesus), como descrito no primeiro capítulo do Evangelho segundo Mateus, é fisicamente descendente de judeus que passaram pelo Cativeiro Babilônico. Caso o milagre de Purim não tivesse ocorrido, Simplesmente Yeshua de Nazaré (Jesus) não teria nascido e não haveria O Messias.

A batalha física e a batalha espiritual entre o bem e o mal não perdurarão para sempre.

Na Torá, D’us, Ele mesmo, promete:

Escreve isto… pois extinguirei totalmente a memória de Amalek debaixo dos céus (Êxodo 17:14).

E quando isto ocorrer, todos os dias serão como Purim, uma época em que ‘para os judeus houve felicidade, alegria, regozijo e honra’ (Esther 8:16).

Nossos votos para que se concretizem as palavras da Meguilá:

ליהודים היתה אורה ושׁמחה ושׁשׁן ויקר

La’Yehudim Hayeta Orah Vesimcha Vesason Vikar!

Para os judeus, houve luz, alegria, regozijo e honra!

D-us abençoou o Seu povo, que prevaleceu sobre os seus inimigos (Esther 9:1-2,5).

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