Yahrzeit e o Nascimento (Natal)

Yahrzeit e o Nascimento (Natal)

Yahrzeit
Independentemente de sua convicção especial relativa à data do nascimento de Yeshua (Jesus) o Messias para comemorar “natal” ou querer de uma forma ‘espiritualista’ ligar o nascimento ao dia 25 de Dezembro, a coisa mais importante a lembrar é que ele nasceu para morrer (Hebreus 10:5-7).
A história de seu nascimento só é significativa em relação à sua ‘morte sacrificial’ como o Cordeiro Pascal e o Korban Tamid de D-us (Marcos 8:27-33).
A cena de “presépio” leva diretamente para a Cruz (צלב) no Monte Moriá.
Com efeito, na tradição judaica, o dia de sua morte é mais importante do que o dia de seu nascimento, desde de que a morte resume o significado e a importância da vida de uma pessoa neste mundo. O Nascimento representa o nosso potencial, enquanto a morte representa a nossa herança… Por conseguinte, o costume judaico é para lembrar a data da morte de uma pessoa amada (em Iídiche Yahrzeit: יארצייט) e não a data de seu nascimento. Este costume é derivado da própria Bíblia em si: ‘… O dia da morte é melhor do que o dia do nascimento. ’ (Eclesiastes 7:1): – (Lucas 22:19)… Por conseguinte é por isto que no Novo testamento não há nenhuma menção direta do dia do nascimento de Yeshua (Jesus) ou da uma importância celebrativa para tal.
Tradicionalmente no Yahrzeit para parentes próximos falecidos recita-se o Kadish (oração encontrada no Sidur) para os pais, cônjuges, irmãos e filhos nas Sinagogas.

Já o costume de comemorar aniversários vem desde o Egito antigo, ou seja, a moda surgiu por volta de 3000 A/C. Tanto os egípcios quanto os gregos e Romanos, que adotaram o costume, mas restringiam as comemorações apenas a “seres superiores”: faraós, Césares, reis e deuses.
Com o tempo, o hábito foi se estendendo aos mortais e contaminou também os romanos, que davam o privilégio ao imperador, a sua família e aos senadores.
Nos primórdios do cristianismo, o costume foi abolido por causa das suas origens pagãs. Foi só no século 4 que a Igreja Cristã começou a celebrar o nascimento de Cristo, o Natal.
Daí ressurgiu o hábito de festejar aniversários e pouco a pouco, foram surgindo as peças simbólicas: o bolo, as velinhas, o “Parabéns a Você”… Etc. Isto ate os dias de hoje.
Já o simbolismo de ‘Soprar as velinhas’ e o bolo foram herdados dos gregos. Todo dia 6, eles faziam festas à deusa Artemis (Isis para os egípcios, Ashterot para os Babilônicos, Diana para assírios e etc) nas quais colocavam velas sobre uma torta, simbolizando a lua cheia, que, segundo a crença, era a forma com que a deusa se expressava (uma aureola por traz da cabeça, como uma lua cheia).
Na Idade Média, por razões desconhecidas, os alemães retomaram o hábito em festas de criança.

(Obs: informações históricas ,antropológicas e arqueológicas podem ser encontradas nas melhores bibliotecas)

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