Moises a pessoa mais humilde que já existiu.

Moises a pessoa mais humilde que já existiu.

Moises a pessoa mais humilde que já existiu.

(números 12:3)

Humildade e o desejo de aprender.

É quase um axioma da natureza humana que as pessoas são excessivamente orgulhosas ou arrogantes, e ainda muitos de nós ficaríamos ofendidos se alguém sugerisse que nós estamos sendo orgulhosos ou arrogantes…

Mas certamente estamos todos nós sujeitos a “falhas ocultas” (נִסְתָּרוֹת) e a ‘presunçosos erros’ (זֵדִים) que se escondem dentro do coração das pessoas (Salmo 19:13), e se há uma falha onipresente que se encaixa na humanidade, é que o Ser Humano tende a superestimar suas virtudes enquanto simultaneamente subestima seus vícios…

רָאִיתָ אִישׁ חָכָם בְּעֵינָיו

תִּקְוָה לִכְסִיל מִמֶּנּוּ

Raita Ish Chacham be’einaiv?

Tikivah li’kesil mimenu

Você conhece alguém que se julga sábio? Há mais esperança para o tolo do que para ele. (Provérbios 26:12)

Note que apalavra hebraica ‘Tolo (insensato)’ aqui (ou seja, Kesil: כְּסִיל) refere-se a um ‘estúpido’, ou uma pessoa grosseira e “cabeça dura”, ironicamente é uma pessoa ‘apaixonada’ com suas próprias opiniões.

Um Kesil é alguém que acredita em sua própria propaganda, que sempre se considera ‘estar certo’, e que se torna, obstinado ou defensivo quando desafiado…

Infelizmente, uma vez que quase todas as pessoas são tomadas em cativeiro por este pecado, nosso mundo é geralmente tolo e, portanto, sem esperança.

A pessoa humilde, por outro lado, reconhece que ela pode estar errada e está disposto a examinar seus pontos de vista… Ela é verdadeiramente aberta a ouvir e aprender e disposta a um auto-exame. Ele tem a coragem de dizer a D-us; Sonda-me, ó D-us, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos;… (Salmo 139:23- 24).

Os antigos sábios Rabinos retoricamente perguntavam: ‘Quem é sábio? E respondiam eles mesmos; Aquele que aprende com todas as pessoas’ (Talmud).

Na tradição judaica, humildade (ou seja, Anavah: עֲנָוָה) está entre as maiores das virtudes, como seu oposto, a arrogância – orgulho (i.e., Ga’avah): גַּאֲוָה), está entre os piores dos vícios.

Na verdade D-us odeia literalmente a atitude de arrogância (Provérbios 6:16-17).

Por conseguinte, Moisés é descrito como o mais humilde das pessoas: ‘Agora o homem Moisés era muito humilde, acima de todas as pessoas na face da terra’ (números 12:3) e da mesma forma o grande Patriarca Abraham confessou a D-us: ‘Mas Abraão tornou a falar: Sei que já fui muito ousado ao ponto de falar ao Senhor, eu que não passo de pó e cinza’. (עָפָר וָאֵפֶר)” (Gênesis 18:27).

Uma das marcas da nossa geração dos dias de hoje é porventura a incapacidade de sentir vergonha ou uma genuína vergonha (בּוּשָׁה) para a maldade…

Nós somos pessoas ‘sem vergonha’ que desafia descaradamente o D-us vivo por arrogantemente associar a nós mesmos supostas iluminações de sabedoria que certamente não possuímos… ‘Ai dos que chamam mal de bem e bem de mal,… Ai dos que são sábios aos seus próprios olhos e espertos em seus próprios olhos’ (Isaias 5:20-21).

Mas o uso correto da ‘vergonha’ é uma bênção para nós, como têm sido ensinado por nossos sábios de geração a geração:

‘venham meus alunos e eu lhes ensinarei sobre a ‘virtude da vergonha’ (isto é; Boshet: בּשֶׁת). Saibam meus alunos, que se ‘envergonhar’ é muito importante porque todos que exibem ‘vergonha na cara’ (isto é; Panim Boshet) é resgatado do mal e da ‘anomia’ (iniqüidade). Como está escrito: Não tenham medo! D-us veio prová-los, para que o temor de D-us esteja em seus rostos (תִּהְיֶה יִרְאָתוֹ עַל־פְּנֵיכֶם), e os livre de pecar ‘ (Êxodo 20:20)- (Ezequiel 16:62-63).

{Talmud baba metzia 58b} –

Sabiamente alguém afirmou que a humildade significa a ‘habilidade de se deixar aprender com as pessoas e com tudo’.

‘D-us só deixa uma pessoa ir pelo caminho da vida sem nada, somente quando ela está cheia de si mesma’.

Como ensinavam os nossos sábios; ‘Confessar que nós às vezes ou muitas vezes somos orgulhosos, arrogantes e insensatos é, portanto, o primeiro passo para encontrar a serenidade

e a paz interior.

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