Tazaria & Metzorá

Tazaria & Metzorá

תזריע־מצרע

Tazaria & Metzorá

Parashá: Levítico 12:1 à 15:33

אַחַת,דִּבֶּר אֱלֹהִים שְׁתַּיִם-זוּ שָׁמָעְתִּי:
כִּי עֹז לֵאלֹהִים

וּלְךָ-אֲדֹנָי חָסֶד כִּי-אַתָּה תְשַׁלֵּם לְאִישׁ כְּמַעֲשֵׂהוּ.

Salmo 62:11

Falou Elohim uma só palavra e duas eu ouvi:

Que o poder pertence à Elohim.

A ti também, Senhor,

Pertence à graça (chesed);

Pois retribuirá a cada um segundo as suas obras.

Salmo 62:11

Disse mais Adonay a Moisés: Fala aos filhos de Israel: Se uma mulher Tazriá (conceber) e tiver um menino, será imunda sete dias; como nos dias da sua menstruação, será imunda. E, no oitavo dia, se circuncidará ao menino a carne do seu prepúcio. Levitico 12:1-3

A Circuncisão- Brit Milá de Yeshua
Maria como uma boa mãe judia e observante da Torá, observa os mandamentos requeridos pela Torá para o nascimento de um menino.

Alguns estudiosos da Bíblia ensinam que Yeshua (Jesus) foi circuncidado no Templo. E este ensino não parece ser correto. Não há nenhum livro da Torá, ou da Mishná (lei oral), ou das escrituras que recomenda isto.

A maioria das pessoas cometem este erro nesta parte de Lucas 2:21-22:

E Quando se completaram os oito dias para sua brit Milá (ser circuncidado) o menino, foi-lhe dado o nome de Yeshua… Terminados os dias da purificação, segundo a Torá de Moshé, levaram-no a Yerushalayim, para apresentá-lo a Adonay

Tirando destes versos muitos acreditam que Yeshua foi circuncidado no Templo. Porem não é isto que os versículos dizem.

*‘dias da purificação’ significa ambos Yeshua E Miriyam (Maria), mãe de Yeshua (Jesus).

Um problema aparece aqui: Não seria permitido à Maria entrar no templo até ‘os dias de purificação estivessem terminados.’ Ela seria considerada impura ainda na época da brit milá (circuncisão) de Yeshua.

33 dias passaram entre (Lucas verso 2: 21 e o verso 22).

Considere:

É ordenado por D-us na Torá em Levitico 12:3–5

“E no dia oitavo se circuncidará ao menino a carne do seu prepúcio. Depois permanecerá ela 33 dias no sangue da sua purificação; nem entrará no santuário até que se cumpram os dias da sua purificação. Mas, se tiver uma menina, então será imunda duas semanas, como na sua impureza; depois permanecerá sessenta e seis dias no sangue da sua purificação”

De acordo com os ensinos dos sábios rabinos da antiguidade (uma geração antes de Yeshua), este é um total de 40 dias (sete dias antes da circuncisão, ENTÃO se começa a contar os dias ate o 33°). E se a criança for uma menina, a contagem seria 14 dias E 66 dias, fazendo no total de 80 dias.

obs.:no judaísmo dos dias de hoje ‘pós Templo’ as mulheres judias ao darem a luz passam por um processo de purificação que inclui imergir em uma Mikvê (“tanque batismal”)

Por que uma mulher era considerada ritualmente tamei (ritualmente “impura”) por ter tido um bebe do sexo feminino?

A Torá não diz que isto é uma benção, um presente de D-us? Por que a diferença no comprimento do tempo de purificação para um menino em comparação a uma menina?

É errado supor que o período mais longo de “impureza” significa que a menina tem a metade do valor de um menino. De fato, o oposto pode ser verdadeiro. Na tradição oral judaica a Mishnah: Yad. 4:6, mostra que a “impureza” pode resultar daquilo que se tem maior estima. Desde que a menina se transformará em um recipiente gerador de vidas, é tida em uma consideração mais elevada no que se diz respeito à procriação.

A mãe após seu período de tempo traz o sacrifício ao Cohen (sacerdote). É o mesmo sacrifício que se oferece pelo voto de Nazireu (números 6:8-11). A Olah (holocausto, oferta queimada) era um ato de adoração, mostrando sua devoção inteira a D-us. Miriyam (Maria), mãe de Yeshua (Jesus), seguiu este procedimento como esta escrito em Lucas 2:22–24

… E para oferecerem um sacrifício segundo o disposto na Torá de Adonay…

Um par de rolas ou dois pombinhos

Considere:

וְהִנֵּה אִישׁ הָיָה בִּירוּשָׁלַיִם וּשְׁמוֹ

שִׁמְעוֹן אִישׁ צַדִּיק וְחָסִיד וּמְחַכֶּה לְנֶחָמַת יִשְׁרָאֵל וְרוּחַ הַקֹּדֶשׁ נָחָה עָלָיו׃

Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão; homem Tzadik (justo) e Chasid (piedoso) que esperava a consolação de Israel; e a Ruach Hokodesh (Espírito Santo) estava sobre ele. Lucas 2:25

As profecias feitas por Shimeon e por Hannah bat P’nuel (Lucas 2:36) coincidem com a leitura da Haftará (porção dos profetas) que é somente lida numa semana do ano – ‘uma vez que a culpa dos pecados forem removidas’, ‘você está ordenado a ouvir a Torá (a orelha), cumprir a Torá (o polegar), e andar na Torá (o dedo do pé)’. Aprender a palavra de D-us, ser cheio com o Espírito Santo de D-us, e então andar na palavra dada por D-us.

Foram quarenta dias após o nascimento de Yeshua, quando Maria pode ir ao templo oferecer o sacrifício requerido. Que caiu no dia 26 do Mês de Cheshvan (de acordo com o calendário Judaico) segundo alguns cálculos.

A Haftará (Porção de leitura dos profetas) que caiu em 26 de Cheshvan, quarenta dias após o nascimento de Yeshua (Jesus), foi Isaías 49:5-6.

Onde encontramos, “E agora diz Adonay, que me formou desde o ventre para ser o seu servo, para tornar a trazer-lhe Jacó, e para reunir Israel a ele (pois aos olhos de Adonay sou glorificado, e o meu D-us se fez a minha força). Sim, diz ele: Pouco é que seja o meu servo para restaurares as tribos de Jacó, e tornares a trazer os preservados de Israel; também te porei para luz das nações, para seres a minha yeshu’ah (salvação) até a extremidade da terra.

Olhe agora o que Simeão diz:
então Simeão o tomou em seus braços, e louvou a D-us, e disse: Agora, Adonay, despedes em paz o teu servo, segundo a tua palavra; pois os meus olhos já viram a tua yeshu’ah (salvação), a qual tu preparaste ante a face de todos os goyim (gentios-povos); אוֹר לְהָאִיר לַגּוֹיִם וּכְבוֹד יִשְׁרָאֵל עַמֶּ luz para revelação aos goyim (gentios), e para glória do Teu povo Israel. Lucas 2:28-32

Simeão citava a Haftará (porção de leitura dos profetas) que tinha provavelmente ouvido de manhã em alguma Sinagoga ou arredores do Templo.

Tahor – “o que é aceitável” ou Tamei “o que é inaceitável”

A Torá de D-us nos ensina que devemos ter uma distinção entre o que é ‘tahor’ e o que é ‘tamei’. E infelizmente os tradutores das bíblias em português e na maioria das línguas em geral traduziram estas duas palavras como “puro” e “impuro”.

Estas definições implicam que se você lavar a sujeira de algo, então este algo estará limpo. Mas definições como esta não se aplicam para Tahor e Tamei.

‘Ex. Você pode lavar um porco, mas ele será ainda um porco, e ainda será impuro para o consumo. ’

‘Tahor’ e ‘Tamei’ são as descrições de duas realidades ou os ‘estados’ diante de D-us.

*Tahor, que é traduzido geralmente como ‘puro’ ou ‘limpo’ deveria ser traduzido mais exatamente como ‘permitido’ talvez, ou apropriado ou aceitável.

Tahor implica uma descrição de tudo o que é aceitável e útil para aqueles que estão na presença de D-us.

*Tamei, é traduzido geralmente como ‘impuro’, deveria ser traduzido mais exatamente como “não apropriado para o uso, ou não permitido” talvez.

Tamei implica uma descrição de tudo o que é inaceitável ou não útil para aqueles que estão na presença de D-us.

Metzorá

Parashá Tazaria e Parashá Metzorá tratam principalmente das leis a respeito do Metzorá, aquele que é afligido com a doença “espiritual” de Tzara’at.

A palavra hebraica Metzorá (“lepra”) é parecida com a palavra Motzirá (espalhar maledicências – falar mal – fofocas).

A causa principal da Tzara’at (“doenças de pele”) foi o pecado grave de lashon hará – Maledicências, fofocas, mexericos, falsidade e etc.

Note que Tzara’at não é para ser identificada como ‘lepra’, Pois pode ser vários tipos de sintomas que afetam a pele da pessoa ou suas roupas ao ate a sua casa.

שׂמר פיו ולשׂונו שׂמר מצרות נפשׂו

O Rei Salomão ensinou: ‘Shomer piv u’leshono shomer mi’tzarot nafsho’; ‘Aquele que vigia sua língua e a boca, protege a sua alma de aflições. ’ (Provérbios 21:23)

A palavra Tzará (aflições) é quase a mesma que Tzara’at.

Como dizem nossos sábios rabinos da antiguidade no Talmud: ‘quem dá ouvido a maledicências é tão culpado como aquele que falou’. Talmud Tratado Ta’anit 9a

Ou também: ‘a língua tem ferrão e mel’.

E nos salmos; ‘Aquele que difama ao próximo as escondidas, a esse EU destruirei;… ’ Salmo 101:5

‘Toda minha vida, eu cresci entre os Sábios, e jamais encontrei algo melhor para uma pessoa que o silêncio’ ensinou Shimeon ben Gamliel – Talmud Pirkei Avot 1:17. Ou seja, se você não tem nada de bom a dizer fique calado.

Palavras são como flechas, diz o Salmista, e como carvões fumegantes. Como flechas, explica um Midrash (comentário) rabínico, pois um homem está em um lugar e suas palavras trazem confusão para a vida de outro homem a quilômetros de distância. E como um carvão cuja superfície externa se extinguiu, mas cujo interior continua ardendo, assim também palavras malévolas continuam a produzir seu dano muito depois de seu efeito externo ter acabado

Um Midrash rabínico (comentário) bem antigo nos ensina através de uma parábola sobre um Mascate judeu que estava vendendo um elixir que prometia o usuário dele ter uma vida longa, feliz e prospera.

‘Um certo Rabino chamado Yanai ouviu sobre este Mascate judeu e seu tal elixir da prosperidade e felicidade, e então o Rabi dirigiu-se ao encontro do Mascate para comprar o tal elixir fantástico. Chegando lá o Mascate recusou-se a vender o elixir, pois tal Rabino não necessitaria dele, mas depois de muita insistência do Rabino, o Mascate judeu lhe vendeu a formula do elixir tão maravilho. E a formula era;

‘Quem quer ter uma vida longa e ver dias bons, guarde sua língua de maledicências e sua boca de palavras enganosas. ’

(vide salmos 34:12-13)

‘הוא אמר…’

‘… Porque, pelas tuas palavras, serás justificado e, pelas tuas palavras, serás condenado’ Mateus 12:37

Vide Tiago 3:10, provérbios 18:21, salmos 141:3, provérbios 13:3 e 18:7, Provérbios 16:28 e etc.

Tzara’at – “uma doença espiritual”
A palavra Metzorá, de acordo com nossos sábios, liga a doença ao pecado da difamação, sugerindo que a Tzara’at é a punição pela maledicência. A gravidade da ofensa nota-se pela severidade do castigo.

Os antigos israelitas não consideraram ‘Tzara’at’ contagiosas. As leis não se aplicaram aos não-judeus e a suas casas, nem a nenhuma casa fora da terra. Se tivessem considerado teriam dado a lei de quarentena para judeus ou não judeus da época.

A definição de hoje da lepra não é o que está nas escrituras. Então Tzara’at não é a lepra descrita na Torá ou na bíblia inteira. Tzara’at era um estado ‘espiritual’ da pessoa, pois era O Sumo Sacerdote quem julgava se a pessoa tinha ‘Tzara’at. ’ ou não, não era o ancião, não era o rei, não era o profeta ou um medico. Por quê?

Porque o Cohen haGadol (Sumo Sacerdote) é que ficava em pé de costas para o povo e com a face voltada para D-us, é ele que restaura de novo o relacionamento entre o Pecador e D-us através dos sacrifícios.

A única cura vem através do oficio do Sumo Sacerdote – o serviço que ele faz e a expiação e a reconciliação.

Tzara’at é essencialmente uma “doença espiritual”, os nossos Sábios no Talmude nos ensinaram que há sete causas para a Tzara’at; assassinato, adultério, arrogância, mesquinharia, não cumprimento de uma promessa, e acima de tudo Lashon HaRá (maledicências). Talmud balavi Erachin 15b,16b

Os sábios rabinos do Talmude ensinaram também que um dos nomes do Messias era “leproso”. “Ele é esse quem carrega a nossa “tzara’at.”

No tratado Sanhedrin 98b,no Talmude lê se:

‘Os Rabinos dizem, seu nome é “o leproso da casa de estudo,” porque está escrito: Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e carregou com as nossas dores; e nós o reputávamos por aflito, ferido de D-us, e oprimido (Isaias 53:4)

E ele. o Messias, é o sacrifício puro e santo, que tira a nossa “tzara’at,” e leva sobre si de modo que você fique limpo, e não fique impuro na vista de Adonay.

Na época do Messias, para aqueles que ressuscitarão no Messias, não haverá nenhuma declaração de “impuro”, somente “limpo”

Por quê? Paulo explica dentro 1° Corintos 15:50 ao terminar sua defesa da ressurreição de Yeshua, e sua ressurreição na fé Nele, Paulo escreve, “Eu declaro irmãos que a “carne” (Pecado) e o “sangue” (Morte) não podem herdar o mundo vindouro.”

A palavra ‘carne’ aqui no ensino de Paulo alude ao Pecado, ao Ietzer HaRá a inclinação para o mal, já a palavra Sangue alude a Morte, pois a vida da alma está no sangue, e a alma que pecar morrerá. Com base nisto nem o Pecado (carne) e a Morte (Sangue) poderão coexistir com a eternidade.

A razão disto é que para que você viva na Eternidade, isto requererá um tipo diferente de corpo. Isto é requerido porque no mundo vindouro, na eternidade, não haverá Pecado e Morte.

É com a expiação plena feita por Yeshua o Cordeiro de D-us, ratificado pela sua ressurreição é que você pode ser declarado, ‘limpo’ (tahor) para a Eternidade.

Uma boa Shei’lá (pergunta) nós podemos fazer ao lermos na Brit Hadashá (Novo Testamento) que o Messias Yeshua (Jesus) curava vários “leprosos” ate mesmo tocando neles (Mateus 8:2-3, Marcos 1:40-41). E a pergunta é; como o Messias poderia fazer isto sem se tornar Tamei (impuro)?

A resposta está diretamente relacionada no que aprendemos sobre o Messias sendo a Memrá (Palavra) de D-us que se fez carne. Devemos nos lembrar que era a prerrogativa do D-us de Israel “tocar” as pessoas afligidas com Tzara’at e curá-las de acordo com a Teshuvá (arrependimento) delas, na mesma medida a Memrá (Palavra) de D-us, o Messias, entrou na “colônia dos leprosos”, a humanidade, para curar aqueles que clamavam pela salvação do D-us de Israel.

D-us é o mesmo de ontem de hoje e de sempre, e o Seu amor (Messias) alcança aqueles que estão afligidos e opressos por conta de suas impurezas.

E se você clamar pelo Messias, Ele virá e tocará você então você ficará Tahor (Limpo) e seu relacionamento com D-us será restaurado no Messias.

Baruch Shemô le’olam vaed!!!! Bendito sejas o Seu Nome pela eternidade.

Lashon HaRá – Maledicências – fofocas – chocarrices – calunia e etc.

D-us criou o homem e o fez uma ‘alma vivente’, ao que o Targum de Onkelos traduz (Genesis 2:7) como ruach mimalela, um “espírito” falante.

Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo; não estejas por sobre o sangue do teu próximo. Eu sou o S-NHOR. Levitico 19:16

Qual é o sentido da declaração do texto hebraico no inicio do comentário Lo Taamud Al Dam Reeichah – Literalmente significa ‘não estejas por sobre o sangue do teu próximo’ ?

Os nossos sábios nos ensinaram que: esta declaração é a obrigação de resgatar uma pessoa em perigo eminente, e a proibição de ‘omitir evidências num Tribunal’, (ou ocultar e omitir um fato que livrará a pessoa do perigo). Talmud Sanhedrin 73ª

לשון הרע – Lashon HaRá – Em termos Gerais significa ‘maledicências’ e ‘qualquer uso indevido das palavras’, mas também significa calúnia, fofoca, “falar pelas costas”, espalhar palavras negativas. Todos estes comportamentos são inaceitáveis (vide levitico 19:16 – vide Mateus 5:22).

Assim também a pratica de Motzi’rá (espalhar maledicências) ou Motzi shem rá está diretamente relacionada ao status de Metzorá, ou seja, a pessoa que esta afligida com Tzara’at. Entendendo também que; Lashon HaRá é falar mal de alguém citando também verdades.

A maledicência corresponde a ‘assassinar’ alguém – ‘… Quem maldizer a seu próximo estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe dizer: você não vale nada, estará sujeito ao fogo do Geihinon…’ (vide Mateus 5:22)

Isso pode parecer um exagero, mas quando estudamos a Torá em um nível mais profundo (Cabalá) compreendemos que as palavras têm poder e devem ser usadas adequadamente.

Os nossos sábios declararam que “a língua detém o poder da vida e da morte”; ou seja, o Lashon HaRá pode destruir vidas, e geralmente o faz. Logo, aquele que se torna instrumento do Lashon Hará quer destruir alguém, quer destruir seu semelhante.

No pensamento judaico e biblico, o Lashon HaRá (maledicências, fofocas, calunias e etc.) é um dos piores e mais graves pecados, e é dito que D-us puni os quais o praticam com midah – keneged – midah (medida por medida) – (Mateus 12:36-37), pois deste que espalhar maledicências, fofocas, calunias … causam divisões, destruições de sonhos e objetivos alheios, destruição de uma vida, uma família e etc. Muitos chegam a ensinar que o fato da palavra Metzorá (“lepra”) está conectada com a frase Motzi’rá (espalhar maledicências) a causa de muitas doenças (da alma ou não) está ligada ao Lashon HaRá, tais como nossas ‘Tsuris’ (aflições – depressões) ( vide efésios 4:15-25)

Onde há Lashon HaRá (maledicências…) não há possibilidade de ter Brachot (bênçãos) (vide Tiago 3:2-10)

Ligado ao Lashon Hará está o Halbanat Panim que seria algo como fazer alguém ficar humilhado publicamente, humilhar uma pessoa publicamente, seja esta pessoa seu subordinado, parentes, amigos…, mesmo que seja de brincadeira, isto é um dos mais terríveis pecados sujeito a punição do fogo do Geihinon (vide Mateus 5:22). Uma má língua pode ser uma flecha para ‘assassinar uma alma’, o que nós conhecemos como ‘homicídio emocional’ (vide provérbios 18:21)

Muitas pessoas tentam se desculpar do pecado de Lashon HaRá (maledicências) ou “Halbanat Panim” (humilhar alguém em publico) dizendo que; ‘eu só apenas falei a “verdade” ou só apenas falei algo (brincando ou não)’ ‘eu não fiz nada de mal’ …

Mas para revelar a conexão do ‘falar e fazer’, a palavra de D-us na Torá instruiu que a pessoa (Meztorá) devia ser trazida diante do Cohen – Sacerdote e é ele somente ele que determinava seu destino com uma simples palavra; Tahor – Limpo ou Tamei – impuro.

O porquê disto é que; D-us através de Sua Torá queria mostrar um principio bíblico ou por assim dizer uma “lei espiritual” que é; ‘Mavet v’Chayim b’yad lashon – A morte e a vida estão nas mãos da língua.’. Sim, é conhecido que a “língua tem uma mão” que pode puxar o gatilho de uma arma assim como as mãos em seus braços. Então por isto o Messias nos avisou que cada palavra que proferimos entrará em juízo (Mateus 12:36)

Mas note; É importante entender que o Lashon HaRá não é uma questão só sobre o próximo ou a vida alheia, também é proibido fazer Lashon HaRá sobre nós mesmos, tais como alto piedade, que é uma forma de falsa humildade, não perder o respeito próprio.

Lashon HaRá também está ligada ao Orgulho – Altivez – Arrogante – presunçoso

Há uma bela parábola rabínica que ensina o seguinte;

O Rabino Naftali di Barshad disse; ‘No Olam HaBá (“Eternidade”), eu serei capaz de encontrar todo tipo de desculpas pelos meus erros neste Olam HaZê (neste mundo), menos o erro de Altivez (orgulho, arrogância).’

‘Quando o Juiz celestial me perguntar; ‘você aprendeu da minha Torá?’ Eu responderei; eu era muito inculto e eu não pude saber como aprender coisas da Sua Torá. Então Eles me perguntaram; ‘você pelo menos serviu a Hashem (D-us) com Jejum e abstinências?’ Eu responderei; Eu era fraco e não podia suportar. Então Eles perguntaram; ‘você pelo menos fez Tzedaká (“Caridade”)?’ Eu então responderei; Infelizmente eu era muito pobre e sempre necessitado. ’

‘Então a corte celestial dirá; ‘Se este é o caso; você era inculto, fraco e pobre’. ‘Então por que você era Altivo (Orgulhoso arrogante e presunçoso)?’

‘Então eu respondi: para esta pergunta eu não tenho resposta… ’ (Iturei Torah)

O Rabino Levi Isaque de Berditchev (1740-1809 Ucrânia) ensinava; ‘por que a questão sobre da Altivez e arrogância não está escrita em quase todas as escrituras?’ ‘porque seria impossível de pensar que uma pessoa feita de pó e cinzas, tão frágil que hoje está viva e amanha pode estar morta, poderia ser tão Altiva e arrogante!

O toque da fé
A história de uma mulher que toca na santidade de D-us que estava em Yeshua (Jesus) e é curada, podemos ver em Mateus 9:20-22; Marcos 5:25-34;e Lucas 7:42-48. E nos conta que:

Ela tinha uma hemorragia por doze anos. A palavra grega que é traduzida por ‘hemorragia’ ou ‘fluxo de sangue’ e a mesma usada também na Septuaginta (as escrituras em grego) em Levitico 15:25 – 27

E Se uma mulher tiver um fluxo de sangue por muitos dias fora do tempo da sua impureza, ou quando tiver fluxo de sangue por mais tempo do que a sua impureza, por todos os dias do fluxo da sua imundícia será como nos dias da sua impureza; imunda será Toda cama sobre que ela se deitar durante todos os dias do seu fluxo ser-lhe-á como a cama da sua impureza; e toda coisa sobre que se sentar será imunda, conforme a imundícia da sua impureza. E qualquer que tocar nessas coisas será imundo; portanto lavará as suas vestes, e se banhará em água, e será imundo até a tarde.

Considere:

Esta mulher, de acordo com as escrituras, era considerada impura. Imagine sua vida.

Qualquer coisa que ela tocava ou em contato com ela se tornava impuro. Ela não poderia ir a qualquer lugar ou fazer qualquer coisa. Se qualquer um se sentasse em sua cadeira, ficavam impuros até a tarde.

Isto existiu por doze anos na vida daquela mulher. Esta mulher quis ser curada. E para receber sua cura, esta mulher atravessou um processo de 4 etapas.

1* Desejou.
Considere Marcos 5:25-26, E Ora, certa mulher, que havia doze anos padecia de uma hemorragia, e que tinha sofrido bastante às mãos de muitos médicos, e despendido tudo quanto possuía sem nada aproveitar, antes indo a pior,

A aflição desta mulher era mais do que apenas uma coisa física. Sofreu dos costumes sociais de sua época, e do tormento psicológico de nenhuma cura à vista. O pior ainda era o peso na alma por causa da indicação na Torá de D-us sobre a condição dela.

Não poderia nem tocar em qualquer um sem fazê-lo também impuro, e impedia também de ir ao Templo adorar a D-us, nem permitida entrar no templo para oferecer sacrifícios pelos seus pecados e etc.

Nesta época por causa desta situação de impureza ela nem poderia estar no meio da multidão por causa de sua condição, contudo desejou uma mudança em sua vida. Seu desejo para ser curada era mais forte, era de todo o coração e mente a fez disposta a ir contra as normas sociais e “religiosas” da sua sociedade para ser curada.

2* Ouviu
Considere Marcos 5:27, tendo ouvido falar a respeito de Yeshua, veio por detrás, entre a multidão, e tocou-lhe o Talid (manto, nos Tzitzit)

Neste momento em sua vida, ela tinha ouvido algo sobre Yeshua (Jesus). Nós não sabemos o que era. Nós sabemos que Yeshua demonstrou sua autoridade como o agente do reino de D-us curando varias pessoas antes dela. Ao ouvir que Yeshua era um homem de D-us que curava, então a fé lhe veio.

3* Acreditou
“havia uma crença naquela época pelos habitantes daquelas regiões que ate as roupas ou os utensílios do curandeiro compartilhava o poder da cura ate mesmo sua” (The Broadman Bible Commentary”, Vol. 8, p. 310)

Esta indicação pode ser verdadeira, mas poderia ter havido outra razão.

Considere Marcos 5:28, ‘porque dizia: Se tão, somente tocar (hapto) suas vestes, ficarei curada.’

A palavra ‘tocar’ em grego há duas formas. A palavra, ‘hapto’ significando, “para unir-se”. A segunda palavra, ‘prospsauo, ’ significando, “tocar levemente.”

Esta mulher estava indo unir-se a roupa dele. Por que?

Estava tentando tocar em uma parte específica de seu manto (Talid). Na borda de seu manto seria o Tzitzit, (as franjas) a parte a mais “santa” da roupa de Yeshua.

Considere números 15:38 – 41-

“Fale Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes que façam para si franjas [Tzitzit] nas bordas das suas vestes, pelas suas gerações; e que ponham nas franjas [Tzitzit] das bordas um cordão azul. Tê-lo-eis nas franjas [Tzitzit], para que o vejais, e vos lembreis de todos os mandamentos de Adonay, e os observeis; e para que não vos deixeis arrastar à infidelidade pelo vosso coração ou pela vossa vista, como antes o fazíeis; para que vos lembreis de todos os meus mandamentos, e os observeis, e sejais santos para com o vosso D-us.

Em Malaquias 4:2, o profeta disse, Mas para os que temeis o meu nome, nascerá o Sol da justiça, trazendo curas nas Suas asas… A palavra Hebraica Bíblica para ‘asas’ e ‘bordas’ é kanafim. D-us na Torá ordena os filhos de Israel colocarem Tzitzit (franjas) nos Kanafim (bordas – “asas”) de seus mantos ou vestimentas.

Ela pela sua fidelidade (Fé) a D-us, entendeu que Yeshua (Jesus) era esse profetizado nas escrituras como “O Sol da justiça”, então estava certa que agarrando a suas “asas” (os cantos de seu Talid onde os Tzitzit estavam) seria plena (curada).

Sua fé ou fidelidade era mais do que apenas palavras. Acreditou fortemente, arriscou quebrar todas as regras sociais e rituais sobre a purificação para seguir o que acreditou por ser verdadeiro. (Malaquias 4:2)

Isto explica porque, quando foi curada e foi descoberta, ela teve medo.

Plena -: “Pagar”, em hebraico, é l’shelem; “paz” é Shalom – e todas vêm da raiz sh’lem que significa Plenitude – Pleno – Inteiro. O que muda de uma expressão para outra, é tão somente a pontuação que designa as vogais. Por isso um dos sentidos de cumprimentar alguém com Shalom, desejar que a pessoa esteja completa em plenitude e sem dívidas. Pagar alguém o que lhe é devido e estar pleno.

3* Agiu – Atitude – Pró Atividade
Qualquer que fosse as duvidas e incertezas desta mulher, deixou-as todas e seguiu em frente na sua fé.

Uma imperfeita ou pouca fé, conectada com ação e atos, é melhor do que a uma fé grande sem acompanhamento de atos e ações.

Sua fé e confiança cresceram ao ponto que ela ficou disposta a agir no desejo e pelo poder da palavra que se ouviu. Pensou, “Se eu tocar… (nos seus Tzitzit)… Eu ficarei curada (plena).”

Toda a dúvida se foi. Qual foi sua recompensa? Em Marcos 5:29, E imediatamente cessou a sua hemorragia; e sentiu no corpo estar já curada do seu mal.

Considere:

Em Mateus 9:20, está escrito: ‘tocou no “hem” de seu vestido.’ O ‘hem’, no grego significa ‘cordas entrelaçadas.’ Estas cortinhas entrelaças ou seja ‘Tzitzit’ “soletram” o nome de D-us. Ela agarrou o nome de D-us, יהוה.

Ela tocou nessa parte da vestimenta que para um judeu é algo muito sagrado (as franjas – Tzitzit), e que, de acordo com números 15:37, cada Judeu foi ordenado a colocar nos quatro cantos de seu manto para o lembrar das mitzvot (mandamentos) de D-us. Ela Compreendeu a autoridade de D-us em Yeshua (Jesus).

4* O Testemunho
Se Yeshua não tivesse parado e tivesse dito: ‘Quem tocou em minha roupa?’ (Marcos 5:30), ninguém saberia do milagre exceto Yeshua (Jesus) e a mulher. Quando ela percebeu que Yeshua soube o que ela fez, ela disse-lhe a verdade inteira, dizendo como Yeshua tinha feito o que ciência médica, naquele tempo, não tinha conseguido.

Yeshua deixou claro que tinha sido a fé dela que a tinha a curado e não mágica em sua roupa.

A fé tinha feito o que habilidade médica tinha falhado por doze anos.

E o testemunho dela se espalhou vide; Mateus 14:34-36

D-us é o D-us da vida, e não da morte. Nenhuma mistura dos dois é tolerada

O Rabino Levi Isaque de Berditchev (1740-1809 Ucrânia) ensinava; ‘por que a questão sobre da Altivez e arrogância não está escrita em quase todas as escrituras?’ ‘porque seria impossível de pensar que uma pessoa feita de pó e cinzas, tão frágil que hoje está viva e amanha pode estar morta, poderia ser tão Altiva e arrogante!

O Papel do Ser Humano
O papel do ser humano como agente no processo do Tikun Olam (restauração de todas as coisas) veremos que o ser humano (nascido de novo) não tem somente um papel continuo na restauração do reino físico, mas também nas esferas celestiais.

O Rabino Pinchas Winston, em um comentário recente da Torá, apresenta a seguinte compreensão de como a criação, incluindo os níveis existenciais mineral, vegetal, animal e dos Seres Humanos, foram todos afetados pelo Pecado de Adão e Eva e na necessidade do Tikun Olam (restauração de todas as coisas):

‘Um dos efeitos do princípio da interação entre Adam e Chava com a Nachash (“serpente”) foi que se tornaram em num receptor de um tipo da impureza “espiritual” insolvível chamada ‘zuhama’ (Talmud – Trat.Shabat 146a). A impureza “espiritual” é um conceito complicado de entender, a começar com; desde que pertence a esfera espiritual, embora se manifeste eventualmente fisicamente. No mundo físico. Pois ambos são uma coisa só.’

… Agora, a primeira coisa, a saber, é que a criação consiste em quatro níveis da existência por assim dizer, que no Hebraico, é: Domaim, Tzomayach, Chai, e Medaber (“Silencio”, vegetação, animal e Palavras – Fala).

Os dois do meio da lista são evidentes, e o primeiro da lista Domaim se refere ao reino mineral e o ultimo da lista Medaber refere se ao nível dos seres humanos.
… Isto é o que a ‘Zuhama’ fez, uma infiltração da impureza “espiritual” das forças “espirituais” negativas, as chamadas Chitzoniot ou K’lipot que estavam incorporadas na antiga Nachash (serpente). E que ofuscou a maneira em que nós nos relacionamos com as esferas celestiais, e estendendo também a maneira que nós nos relacionamos com o mundo físico.

Isto foi o começo da morte parcial de nossos “sentidos espirituais”, e conseqüentemente, com a habilidade de relacionar-se com o Eterno D-us. Assim, a ‘zuhama’ (impureza “espiritual”) é a fonte verdadeira do pecado, por assim dizer.

… a “infecção” da Zuhamá (impureza “espiritual”) no começo estava somente nos primeiros três níveis da existência. Entretanto, isto afetou os Seres Humanos, desde que eles, em demasiado, possui todos os quatros aspectos da criação dentro deles, diretamente neles ou com a interação com eles (tais como comer vegetais ou animais). E, afeta certamente o mundo dos animais, desde é o que são feitos e de que os sustenta. 1

Como o Rabi Winston indica mais tarde neste mesmo ensino, o sistema sacrifical oferece uma eficácia limitada. A vinda do Mashiach (Messias) fornecerá uma retificação permanente.

“O novo testamento” indica que Yeshua (Jesus) veio mostrar esta entrada do Pecado causada por Adão, e para nos reconciliamos com D-us, nos fazendo limpos novamente:

Em Romanos 5:11-17 – E não somente isso, mas também nos gloriamos em D-us por Yeshua HaMashiach Adoneinu, pelo qual agora temos recebido a reconciliação…

Porque, se pela ofensa de um só, a morte veio a reinar por esse, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por um só, Yeshua HaMashiach.

O papel da humanidade- O SISTEMA SACRIFICIAL
O Rabino Winston oferece a seguinte introspecção no sistema sacrifical em consideração ao processo de Tikun (restauração), que foi tanto para a criação e o para os Seres Humanos:

Diz assim ‘através da Cabalá’ que: quando um animal é queimado no altar, ‘um Tikun (restauração) tremendo ocorre’.

A madeira que é queimada é o representante “espiritual” do mundo da vegetal, quanto ao sal, que é imperativo para todos os sacrifícios de animais, é para o mundo mineral de ‘Domaim’. O animal, naturalmente, é para o ‘Chai’ (vida) e quando todos os três são consumidos no altar, então, a ‘zuhamá’ (impureza “espiritual”) na criação são enfraquecidas, que se culminará e terá completa obliteração na época de Mashiach (Messias).

… Assim, uma segunda razão para sacrifícios é que eles vêm “apaziguar”, isto é, retificar e elevar o julgamento, e mudar de um julgamento duro para um de misericórdia. Para, Domaim e Tzomayach, as essências da criação física são o resultado “de um forte julgamento” e a materialidade, Isto é, o mundo físico é uma “projeção” da realidade dos distanciamentos das esferas celestiais inferiores da luz de D-us, e é por isto que são ‘tão’ assim “materiais” e escondem a “mão” de D-us ‘tão’ bem.

Então, quando eles, a madeira, o sal, e o animal são oferecidos a D-us. Se tornam “apaziguáveis” e de “suave fragrância” (isto é, satisfazendo a D-us) quando são consumidos pelo fogo no altar, porque acendem aos céus e isto não significa simplesmente que é somente o animal em particular, e a madeira, e o sal que sobem, mas todas as categorias inteiras da criação.

Nos escritos no Zohar, mostram como os sacrifícios terrestres efetuaram também um Tikun do reino Celestial.

A seguinte passagem comenta sobre um sacrifício particular na época da dedicação do Tabernaculo (que mostra como unificou o nome de D-us), ligando este significado ao sacrifício de Yom Kipur.
A passagem conclui associando ‘HaKadosh Baruch HÚ’ (Tiferet), diretamente com o nome inefável nome יהוה:

Soncino Itália: Zohar, Shemot, seção 2, página 219b – Similarmente nós lemos:

‘Toma um bezerro tenro para oferta pelo pecado’ (Lev.9:2), um ordenança significando que Aaron pessoalmente deveria fazer a expiação pelos pecados que ele trouxe sobre Israel por causa de ter feito o bezerro de ouro. Assim aqui Moshé foi convidado ‘toma para ti’, isto é, “toma para o seu próprio beneficio e usa” o incenso (ketoret), que é potente para ligar (katar), iluminar e remover o que foi afetado pelo mal.

A letra Dalet é ligada a letra Hei ate a letra Vav. A letra Vav ascende e adorna com Hei, e Hei é iluminada pela letra Yud, e o tudo se eleva, alcançando ao Ein Sof (Eterno), de modo que resulte um inteiro, relacionado sob um princípio, exaltado sobre tudo.

E o todo é adornado com uma coroa pela inefabilidade do Ein Sof;

E o Nome Divino em seu mistério é adornado e iluminado em todos os lados, e os mundos são todo envolvidos em regozijo, as lâmpadas radiam suas luzes, e a sustentação e as benções são derramadas em todos os mundos.

Todo isto segue da virtude escondida do incenso, sem o qual o mal não poderia ser removido. Tudo depende assim dele. Observe que a oferta do incenso costumava preceder todos os serviços restantes, desde então seu recital deve ser um prelúdio á nosso serviço dos cânticos e dos louvores, porque estes últimos não ascendem, nem são reajustados a unidade requerida até que o a influencia do mal seja removida.
Assim a escritura diz: ‘Assim também fará pela tenda da revelação…’ (Lev. 16.16), primeiramente “expiação para o lugar santo” e então para “suas transgressões”.

Assim nós também devemos agir primeiramente para remover a influencia do mal do lugar santo, e então fazermos louvores e orações, ‘como já dito’. Feliz é Israel neste mundo e no mundo vindouro, visto que sabem efetuar o ajuste em cima e abaixo; para conseguir para o alto o ajuste do mundo mais baixo até que o todo estiver limitado junto na união do sublime…

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