בהעלותך Beha’alotchah – Parashá: Números 8:1- 12:
בהעלותך
Beha’alotchah (Quando Subires)
Parashá: Números 8:1- 12: 16
Haftará: Zacarias 2:14 – 4:7
Brit Hadashá: Apocalipse 11:1-19
Na Parashá da semana passada terminamos com o acampamento dos Israelitas organizados em torno do Mishkan (Tabernáculo), já na Parashá desta semana, Adonay dá instruções sobre como acender as luzes das sete hastes da Menorá dentro Santuário (câmara interior) do Mishkan (Tabernaculo)
Considere: Disse Adonay a Moisés: Fala a Aarão e dize-lhe: Quando colocares as lâmpadas, seja de tal maneira que venham as sete a alumiar defronte da Menorá. Números 8:1-2
A Menorá era o lugar do ‘fogo e da Luz sagrada’ dentro da Mishkan (Tabernáculo). Esta Menorah (Candelabro) foi elaborada e feita de uma única peça de ouro maciço. Cada um dos sete braços da Menorá foi primorosamente gravado com botões decorativos, copos, e as figuras de flor, e o puro azeite de oliva foi usado para acender suas chamas. De acordo com um antigo Midrash Rabínico, D-us fez a Menorá, com base na exegese de Números 8:4 ‘de acordo com o modelo que
D-us demonstrado Moises’, portanto ele (D-us) fez a Menorá’. Os pavios da Menorá foram dobrados em direção ao centro, como se para acentuar o Shamash (a haste central).
Algumas coisas que não tinham no 2° Templo – Beit HaMikadesh
A Arca da Aliança.
Kaporet – propiciatório (êxodo 25:21)
O fogo (dos Céus que acendia o Altar)
A Shechiná (Presença visível)
O Urim e o Tumim
A nuvem sobre a Mishkan (Tabernáculo) conduzia os filhos de Israel. Quando o Mishkan foi erguido e dedicado, a Shechiná – Presença “nuvem” de D-us abrangia-os durante o dia e durante a noite como uma coluna de fogo
(números 9:15). Os hebreus viajaram desta forma por 40 anos no deserto, nunca sabendo quando iam começar uma viagem ou quanto tempo duraria.
As duas letras ‘Nun’ invertidas no texto
Nesta porção de Torá (Beha’alotechá) inclui um texto de uma singularidade que merece um olhar mais atento, duas letras hebraicas ‘Nun’ invertidas (chamadas de Hafuchah Nun) aparecem antes e depois de números 10:35-36 no texto original em hebraico:
] Partindo a arca, Moisés dizia: Levanta-te, Adonay, e dissipados sejam os teus inimigos, e fujam diante de ti os que te odeiam. E, quando pousava, dizia: Volta, Adonay, para os milhares de milhares de Israel.[- Números 10:35-36
A explanação para este caso singular de letras invertidas formando um parêntese no Texto da Torá se dá; Por conta do ‘pecado dos espias’, Israel foi barrado de entrar na Terra Prometida naquele momento, e esta história se segue após Números 10:35-36 – a saber, a manifestação do juízo Divino e o subsequente exílio. O que deveria ter acontecido diferente, a Presença do S-nhor, simbolizado pela Arca da Aliança, entrando com os filhos de Israel na Terra Prometida ‘acabou por ser escrita’ e este texto será “complementado” quando o Messias vier.
Também de acordo com os sábios no Talmud; ‘As duas imagem dos dois keruvim (querubins), que estavam sobre o de Arca da Aliança. Ficavam em direções opostas quando o povo judeu estava em desobediência a D-us, no entanto, quando eles estavam em obediência a D-us eles ficavam na posição correta’.
‘O Pecado provoca um rasgo no tecido da realidade “espiritual”, fazendo com que os anjos de D-us (símbolos da presença Divina) se afastem de nós…. ’
Do ponto de vista messiânico, é fascinante ver que o que precede imediatamente este texto, é a historia de Jetro o sogro de Moises, o Gentio de Midiã ao qual foi oferecido participar das bênçãos de Israel.
Será que este texto entre parênteses também sugere um tempo onde D-us está oferecendo aos gentios de todas as nações as benções dadas aos filhos de Israel, enquanto eles ainda esperam entrar na Terra Prometida? (Romanos 11:25-26)
A mistura de povos-ha’safsuf reclama
Após a viagem de três dias do Sinai até a Terra Prometida, Israel, o povo começou a murmurar e queixaram-se de suas “dificuldades” e D-us enviou um fogo do céu que os consumiu “às bordas do acampamento”.
Alguns dos antigos sábios judeus ensinaram que aqueles que estavam envolvidos nesta murmuração eram o Rav Erev – ‘povo misturado’ que estavam entre os filhos de Israel (Êxodo 12:38) os quais aderiram ao êxodo de Israel do Egito, uma vez que estes seriam aqueles que habitavam na periferia do acampamento e não faziam aparentemente parte da formação dos shevatim (Tribos) do grande Machaneh (acampamento) de Israel.
No entanto, muitos dos israelitas também foram mortos, incluindo os 70 Zekanim (Anciãos) que comeram a refeição com Adonay na ratificação da Aliança no Sinai, Moisés foi apelou a D-us em nome de Israel. O nome do lugar foi chamado Tav’eirah, talvez um trocadilho sobre a palavra Rav Eirev. (multidão de povos)
Algum tempo depois, esta “mistura de gente” começou a reclamação, pois queriam comer carne.
A palavra usada para identificar esta ‘mistura de gente’ é a palavra hebraica ha’safsuf, que seria em bom português ‘plebe ou ralé’, este pessoal eram os sobreviventes daqueles que tinham sido mortos pelo fogo vindo da parte de D-us. Mas os Israelitas, dando ouvidos a eles, também se queixaram no mesmo sentido ‘Que nos dará carne para comer?’, que é um pouco estranho desde que eles tinham presumivelmente manadas de animais que poderiam ser abatidos para serem consumidos, estes animais saíram com eles do Egito, como todos os seus pertences.
Os estudiosos da bíblia acreditam que o ha’safsuf (“povão”) está relacionado a àquela multidão de povos misturados aos hebreus; os milhares dos não-hebreus que saíram e se juntaram a Israel após ou na saída do Egito.
A reclamação era algo injusto, talvez eles não estivessem dispostos a abater seus animais porque eles pretendiam usar-los na Terra Prometida, ou talvez eles estivessem com medo de falar… não sabemos…
De qualquer forma, há um Midrash (comentário) Rabínico que afirma que o maná era um alimento Sobrenatural que mudava seu sabor de acordo com a fé e gratidão daquele que o comia. Para os Tzadikim (os justos), maná tinha um gosto maravilhoso, mas para os Reshaim (maléficos) e os sem fé, o Maná tinha um gosto seco e enjoativo.
Estas primeiras duas rebeliões começaram devido aos estrangeiros (Gentios) que tinham se unido a Israel, mas agora já não compartilhavam mais da fé e missão dos filhos de Israel. Quiseram os benefícios e bênçãos de Israel, mas não as obrigações e deveres e o destino, também quiseram evitar as dificuldades.
Quando Moisés ouviu chorar o povo, ele ficou insatisfeito, e a ira do S-nhor abateu sobre eles. Moisés, em seguida, reclamou a D-us e perguntou-lhe como ele poderia fornecer carne para tanta gente.
D-us disse-lhe para encontrar 70 novos Zekanim (anciões) e convocá-los no Mishkan (Tabernáculo) para receber uma parte do ruach nevu’ah (espírito profético), de modo que Moisés não tivesse que suportar todo o encargo.
Então D-us enviou um vento forte que causou milhares de codornizes á serem espalhadas por todo o acampamento. As pessoas se reuniram avidamente para coletá-las o tanto quanto podiam. No entanto, após prepará-las ‘enquanto comiam a carne que ainda estava entre seus dentes’ tornou-se uma praga infecciosa – e muitos israelitas morreram. O lugar foi chamado de Hata’avah Kivrot (“as sepulturas dos que ansiavam”), em memória dos que morreram.
Considere 1°Corintos 10:5, Mas D-us não se agradou da maior parte deles, por isso foram prostrados no deserto. Paulo adverte aos corintos gentios em sua CARTA para que não façam igual aquela multidão de povos (Gentios).
Sabemos pela historia que já no 2° século os gentios (os estrangeiros) que se ajuntaram a fé de Israel através do Messias Yeshua (Jesus) fizeram a mesma coisa que estes gentios (estrangeiros) fizeram na época de Moises, por assim dizer. Rebelaram-se contra D-us e seu Messias, voltando a idolatria, as doutrinas pagãs e aos costumes pagãos que tinham antes, criando suas próprias idéias sobre D-us e interpretações da palavra fora da sua raiz judaica, voltando-se contra a Torá de D-us, contra o Sábado e as festas, distorcendo as palavras dos apóstolos e por fim perseguindo os judeus e durante toda a historia os obrigando a converterem a religião (cristianismo) que haviam criado. (Mateus 7:21-23, Provérbios 14:12)
Mirian e Aarão praticam Maledicência – Lashon Hará
Considere números 12:1-2,
Moisés havia casado com uma mulher Cushita, e Míriam e Arão começaram a criticá-lo por causa disso. Eles disseram: – Será que Adonay tem falado somente por meio de Moisés? Será que não tem falado também por meio de nós? E Adonay ouviu o que eles disseram
Moises toma por mulher uma jovem Cushita, Miriam não só questionou a decisão de Moisés de tomá-la por “esposa”, mas também questionou seu papel exclusivo como o mediador da Aliança no Sinai. Eles disseram; ‘tem Adonay só falado por Moisés? Não também falado por nós?’
‘E Adonay os ouviu’. Curiosamente, mesmo sendo Miriam a autora destas palavras, o Pronome plural ‘eles’ é usado, isto implica o consentimento de Aarão na Lashon Hará (maledicências).
Mas considere isto: Está escrito em Números 12:11, ‘Aí Arão disse a Moisés: – Por favor, senhor, eu lhe peço que não nos faça sofrer o castigo por causa desse pecado que cometemos num momento de estupidez..’
A Lashon HaRá é a maledicência que neste caso queria destruir o caráter de uma pessoa.
Aarão aqui confessou que ambos ele e Miriam tinham agido estupidamente e pecado, mostrando que o pecado de Lashon HaRá (maledicências) está implicado tanto na pessoa que fala quanto a pessoa que dá (consente) ouvidos a este tipo de falatório.
Miriam achava que estava certa em seu falatório usando o pretexto da união de Moises com uma tal mulher Cushita. Só que a avaliação dela não estava de acordo com o que D-us pensava sobre o assunto.
As escrituras não são bem claras do porque Miriam estava se queixando, mas nos dá uma idéia da motivação por traz de sua queixa, esta em números 12:2, ‘Será que não tem falado também por meio de nós?’
Miriam e Aarão quiseram uma parte na liderança que D-us tinham dado a Moises. Quiseram o controle. Pareciam estar incomodados com o fato de que D-us tinha escolhido falar somente através de Moises, e se consideraram como seu igual.
Então D-us chamou a Moises, Aarão e Miriam para o Mishkan (Tabernaculo) e a Presença de D-us apareceu no meio deles. D-us então lhes disse que; outros em Israel podem ter visões ocasionais ou sonhos, mas apenas com Moisés, ‘D-us fala diretamente (Peh’ al’Peh – boca a boca), claramente e não por enigmas; pois ele vê a forma de Adonay; então D-us perguntou então; por que eles eram tão descarados para criticar a quem Adonay escolheu.’
Moises ouvia a voz de D-us, diretamente e claramente, audível. Moises não recebia através de profecias ou oráculos, visões, simbologias e parábolas, Ele ouvia diretamente da boca de D-us, face a face, e o que ele ouviu ele passou para Israel e está contido na Torá.
Mas os outros profetas D-us falava através de visões ou simbologia ou sonhos e revelações proféticas e oráculos.
É por isto que a Torá é a fundação para todo o resto das escrituras da bíblia. Se algum livro da bíblia não estiver de acordo com a Torá, tal livro ou passagem deve ser descartado.
E isto tem implicações serias do modo de como você compreende e interpreta o Novo Testamento. Se você estiver distorcendo as Escrituras e o Novo testamento para anular a Torá, é melhor você rever seus caminhos. (Mateus 7:21-23)
A Presença de D-us (Pilar de Nuvem) saiu do meio deles e Miriam ficou com Tzara’at (“lepra”), o castigo pelo Lashon Hará.
Desde que o Metzorá (a pessoa com Tza’arat) devia ficar fora do acampamento, Miriam foi colocada por sete dias fora do acampamento.
No fim deste episodio, Só Miriam foi punida, os sábios do Talmud ensinaram que ela foi o pivô da murmuração. Esta opinião é enfatizada também pelo fato de que o nome Miriam está alistado na frente de Aarão, visto que é a única vez que isto acontece quando os nomes dos dois estão escritos juntos na bíblia.
Alguns comentários tentam ligar a mulher Cushita como sendo Tziporá a Medianita (a primeira mulher de Moises), mas isto não é o caso. Os Cushitas eram gente da região da atual Etiópia segundo alguns pesquisadores ou uma região no Norte da África.
E no período de 40 anos, Moisés viveu em Midiã, tomando conta dos rebanhos de Jetro. Os Medianitas eram descendentes da concubina de Abraão, Ketura. A palavra Tzipora em hebraico significa pássaro. É relativa à palavra semítica que significa piar, gorjear e assoviar. Ela até soa como um chamado de pássaro.
Palavras … palavras
‘É bastante provável que os grandes sofrimentos de nossas vidas tenham sido provocados por PALAVRAS, PALAVRAS proferidas com crueldade, para humilhar, criticar com aspereza, revelar segredos pessoais e profissionais em público, fazer uso de apelidos pejorativos, espalharem rumores, intrigas e fofocas, com raiva, sarcasmo e ironia cortantes. ’ Rabino Joseph Telushkin (1948 – EUA)
Eu afirmo a vocês que, no Dia do Juízo, cada pessoa vai prestar contas de toda palavra inútil que falou. Mateus 12:36
Adonay Tzadikeinu um titulo do Messias
O nome Adonay Tzadikeinu – Adonay é a nossa Justiça, aparece na profecia de Jeremias sobre o צַדִּיק צֶמַח – Tzemach Tzadik – Renovo Justo o grande Rei da dinastia Davídica que foi prometido (Jeremias 23:5-6). Este Tzemach Tzadik é também mencionado no Livro de Zacarias como aquele que finalmente iria unir a autoridade do sacerdócio com a do reinado de D-us em favor da redenção de Israel. No que se segue, vamos explorar a conexão entre Tzemach Tzadik e o nome do Divino, Adonay Tzadikeinu.
A palavra hebraica Tzadikeinu provém da palavra Tzedek – צדק , uma palavra que significa ‘Justiça’ e implica a fidelidade à verdade moral e ética (“Justiça”). Dizer que Adonay é justo significa que “Ele é moralmente perfeito e, de fato, o próprio autor da verdade moral e ética (Deuteronômio 32:4, 2°Crônicas. 12:6, Salmo 11:7; Jeremias. 12:1; Lamentações 1:18).
D-us adere perfeitamente a toda a verdade moral e ética no Universo, pois ELE, somente, é sua fonte. O S-nhor não pode mentir (número 23:19) e uma vez que ELE é o criador assim ELE é a Fonte de toda a verdade, então ELE é aquele que define a maneira na qual os Seres Humanos vão se relacionar com ELE e com uns aos outros.
Ao contrário de objetos físicos que funcionam apenas em conformidade com a lei natural das coisas, D-us deu ao Ser Humano a capacidade de tomar decisões que podem aderir ou desviar da verdade moral e ética. Isso é incorporado no nosso uso cotidiano da língua e do pensamento. Nós regularmente distinguimos entre o que é ‘o caso’ e o que deveria ser.
Uma vez que os Seres Humanos são criados b’tzelem Elohim – a imagem de D-us, nós somos dotados de um dever intuitivo para promover a justiça e a retidão. Com efeito, a voz interior da consciência fornece provas para um ‘imperativo categórico’ fazer aquilo que sempre sabemos (intuitivamente) estar certo. Como Immanuel Kant o coloca ‘o age de tal maneira que a máxima da tua vontade possa valer sempre’, ou como Rabino Hillel (60 a/c) ensinava; ‘o que você não gosta que façam com você, então não faça aos outros’, ou como Yeshua (Jesus) disse; ‘Façam aos outros, o que querem que eles façam a vocês; pois isso é a base da Torá (Lei) e os ensinamentos dos Profetas. ’ (Mateus 7:12).
Uma vez que D-us é o provedor da Torá (e Lei), seu conceito moral e ético revela-se tanto na consciência das pessoas e mais plenamente na Torá, e na Torá está o padrão da finalidade dos Seres Humanos criados na Sua imagem e semelhança (Salmo 19:7, Salmo 58:11).
Além disso, uma vez que é uma necessidade Divina aderir à verdade (número 23: 19, Hebreus 6:18), ‘O Olho que tudo vê’ de D-us deve julgar o pecado ou seja,os desvios da verdade moral e ética (Provérbios 15:3), e, por conseguinte, D-us é chamado, com razão de O Juiz de toda a Terra (Genesis 18:25, Deuteronômio. 32:4, salmos 9:8, 96:10; 98:9; 119:137). D-us ‘odeia o Pecado e ama a Justiça’ (Salmo 45:7) e a justiça e o juízo, como é dito são à base do Seu Trono: Salmos 89:14.
Imputar Justiça
Nas Escrituras Sagradas, a Torá de D-us – Torat Adonay se refere à revelação da vontade de D-us para os Seres Humanos para viverem corretamente diante dELE na luz da realidade e da santidade dELE. ‘A Torá de Adonay é perfeita, e restaura alma’ – Salmo 19:7. ‘Por conseguinte, a Torá (lei) é santa; e o mandamento, santo, e justo, e bom’ – Romanos 7:12
Por funcionar como um “refletor” da nossa condição interna, a Torá de D-us revela tanto a norma divina de vida requerida de um Tzadik (“justo”) e a verdade da nossa necessidade de libertação interna.
No entanto, a fim se justificar perante o S-nhor, a Torá pela Torá exige que vivamos como agentes moralmente perfeitos, independentemente da nossa hereditariedade, enfermidades, status social, educação e assim por diante. ‘Portanto santificai-vos, e sedes santos, pois eu sou Adonay vosso D-us.’ (Levítico 20:7). Como Yeshua (Jesus), Ele próprio disse em Mateus 5:48: ‘Portanto, sejam perfeitos, assim como é perfeito o Pai de vocês, que está no céu.’
O ensinamento moral e ético na Torá é a verdade permanente das exigências de D-us para a alma humana, para a pessoa ser irrepreensível diante dELE.
E se nós não percebemos este principio, é porque estamos ‘alienados’ ou moralmente moribundos; No entanto, no momento em que nós acordamos e nos tornamos vivos, a “vida se torna dramática” (Romanos 7:24).
Considere o que o apóstolo Paulo disse, ‘Pois houve um tempo em que eu estava vivo sem a lei. Mas, quando o mandamento veio, o pecado viveu e eu morri’ (Romanos 7:9).
O que ele está querendo dizer é que ‘esta é a convicção de nossa condição pecadora, e ela própria é um dom dos Céus, pois sem ela não teríamos como atender a necessidade dos nossos corações para uma esperança inabalável de que podemos superar o veredicto da alienação e da morte que paira sobre todos nós… Nós nunca iríamos prosseguir na Teshuvá (arrependimento – retorno à D-us). ’
Uma vez que D-us não pode mentir, julgará o Pecado, e, portanto, todos nós nos encontramos na necessidade de Seu perdão. Nossos esforços para influenciar a auto-justiça são considerados como ‘trapo de imundícias’ diante Do Santo de Israel (Isaias 64:6).
Estaremos todos um dia diante do Juiz do Universo como culpados pecadores e na necessidade de reconciliação e de perdão. Estamos precisando de libertação, para que possamos fazer as pazes com a Fonte da verdade moral e da ética.
A idéia de que Adonay é nossa justiça implica Sua salvação יְשׁוּעָה de nossa condição do Pecado, desde que ELE vindica aqueles a quem ama (Isaias 46:13).
Na verdade, a idéia de que o Senhor é o Redentor (Go’el) inclui a idéia de vindicação por meio de resgate.
Para dizer, então, que Adonay é a nossa justiça (Adonay Tzadikeinu) sugere
uma justiça imputada dada para aqueles que depositam sua confiança NEle. Porque essa defesa contra a culpa do Pecado é a própria obra e o fazer de D-us, ELE recebe toda a glória e louvor.
A primeira ocorrência da palavra ‘justiça’ nas Escrituras
(concernente a – צדקה Tzedaká), diz respeito a Abraão e à questão da fé:
Ele creu em Adonay, e isso lhe foi imputado para justiça. Genesis 15:6, Foi a Emuná – fé – (fidelidade) de Abraão na promessa de D-us, que resultou no veredicto Divino fazendo-o Justo.
O Emissário Paulo mais tarde fez uma analogia sobre esta declaração em Genesis para indicar que uma pessoa que confia no mérito Divino do Messias como agente reconciliador de D-us para ‘juridicamente e legalmente’ ser declarado justo diante de D-us (Gálatas 3:6, Efésios 2:8-9, Romanos. 4:1-4 e etc.).
MalkiTzedek (Melquisedeque) é uma figuração de Adonay Tzadikeinu. Ele é chamado o ‘O Rei da Justiça e O Sacerdote do D-us Altíssimo’ Genesis 14:18-20; Salmo 110:4; Hebreus 5:6).
Um antigo Midrash rabínico ensina; ‘O nome correto do Messias é Adonay Tzadikeinu – Adonay a Nossa Justiça’ (Midrash Eichah) (Jeremias 23:6)
Observe que a primeira ocorrência da palavra sacerdote nas Escrituras ocorre em referência ao Rei e Sacerdote MalkiTzedek – uma imagem do Tzemach Tzedaká, (o Renovo Justo) – Yeshua (Jesus) O Ungido.
No “Novo Testamento” também encontramos a referência de Yeshua (Jesus) como Adonay Tzadikeinu e declara Ele como o único verdadeiro Tzadik – O Justo (1°Corintos 1:30) desde que só o Messias verdadeiramente viveu a Torá de D-us e se deu como um sacrifício oferecendo a D-us para salvar, todos aqueles que tomam deste sacrifício, do julgamento de D-us (2°Corintos 5:21, João 3:36). E aqueles que confiam no Messias também são justificados, são chamados de Tzadikim – Justos uma vez que ‘O Tzadik pela fidelidade e fé será’ (Habacuque 2:4, Romanos 1:17, Gálatas 3:11).
Em última análise, Adonay Tzadikeinu é Yeshua (Jesus) o Mashiach (Messias). e este atributo do Messias refere-se ao mérito da sua obra salvadora compartilhada conosco através da fidelidade Dele a D-us.
Uma pessoa que rotineiramente tem práticas de Justiça é chamada de um Tzadik, um “Homem justo” – (Tzedeket é uma ‘mulher Justa’).
Na Tradição judaica, Tzedaká é ‘fazer a coisa justa ou fazer justiça’ promovendo Justiça e equidade na vida (isto inclui também ajudar os necessitados, como fazendo caridade financeira, visitado doentes, se doando a causas humanitárias e etc.).
Há um mandamento de D-us nas Escrituras que diz: Tzedek, tirdof tzedek: Justiça, somente justiça você deve exercer (Deuteronômio 16:20) e, portanto, ajudar os outros que estão oprimidos ou em necessidade é um imperativo Divino.
Tzedaká (praticar justiça) é declarada como sendo uma ‘dádiva de vida’: ‘No caminho da Tzedaká há vida, mas a falta de Tzedaká é a estrada para a morte. ’ (Provérbios 12:28).
Ser generoso é um modo de vida para aqueles que vivem de acordo com a verdade. Os seguidores de Yeshua (Jesus) são chamados de Tzadikim (Mateus 5:16; 1°João 2:29, 3:7,10) porque eles são justificados, legalmente declarados “não culpado”, pela graça e salvação de D-us e porque eles demonstram isto através do amor deles sendo generosos e caridosos com os outros. (João 13:35, 1°João 5:2).
Em suma, Adonay Tzadikeinu – צִדְקֵנוּ יְהוָה é o atributo do Messias, aquele que ‘salva seu povo de seus pecados’ (Mateus. 1:21). A Justiça de Yeshua o Messias é também a mensagem das boas novas, isto é também, o poder de D-us para salvar-nos do veredicto da nossa condição do Pecado e para restaurar a nossa relação com o D-us Santíssimo, Criador do Universo.
D-us não só apaga a Culpa, mas D-us faz algo infinitamente melhor: Ele remove a ‘A Maldição’ do veredicto da lei que nos sentenciava para o ‘corredor da Morte’ através do sacrifício perfeito de Seu Cordeiro, O Messias. (Gálatas 3:13; 2°Corintos 5:21).
D-us coloca nosso pecado mediante Yeshua e nos dá em troca a justiça dele (o Messias).
Para aqueles que tomam deste sacrifício (cruz) são declarados ‘legalmente justificados’ perante O Juiz do Universo, D-us. Além disso, através de nossa União com O Messias Yeshua, nós compartilhamos da sua ressurreição e da paz com D-us (Romanos 5:1).
Há também outro Midrash (Comentário) Rabínico que nos ensina outros nomes do Messias. No Midrash Mishlei, o Rabino Huna fala dos “sete” nomes do Messias, tirados também de Isaias 9:5:
O Rabino Huna disse: ‘O Messias é chamado por sete nomes e eles são Yinon, Tzadikeinu [‘nossa justiça’], Tzemach [‘renovo’], Menachem [‘Consolador’], (filho de) David, Shiloh (enviado), e Eliyah.(Meu D-us é Yah)’
O Messias é chamado por oito nomes também: Yinon, Tzemach, Peleh [‘Maravilhoso’], Yo’etz [‘Conselheiro – advogado’], Mashiach [‘Ungido’], El [‘D-us’], Gibor [‘Forte’], e Avi ’Ad Shalom [‘Pai da Eternidade’].’ – Midrash Mishlei ed. Solomon Buber (Vilna: 1893):
O Som do Shofar
Considere números 10:2:7 Faça 2 trombetas de prata batida. Com elas você chamará o povo para se reunir e dará o sinal de partida do acampamento.
O Shofar (Berrante de chifre de carneiro) era usado pra chamar o povo a se consagrarem. Considere Joel 2:15-17, Toquem o shofar em Tzion (Sião)! Anunciem um dia santo de jejum e convoquem o povo para se reunir no Templo! Reúnam todo o povo e mandem que eles se purifiquem. Que venham todos, velhos e crianças e até as criancinhas de peito! Que os recém-casados saiam de casa e venham ao Templo também! E vocês, sacerdotes, que no pátio do Templo servem a D-us, Adonay, chorem e façam esta oração: ‘Ó D-us, não castigues o teu povo! Não nos humilhes diante dos outros povos para que eles não caçoem de nós e perguntem: Onde está o D-us de vocês?’’
O Shofar era usado para a batalha.
Em números 10:9, Quando vocês estiverem em guerra no seu próprio país, defendendo-se de um inimigo que os atacou, toquem o sinal para a batalha com essas trombetas. Eu, Adonay, o D-us de vocês, os ajudarei e os livrarei dos seus inimigos.
Os Essênios, uma seita judaica que vivia aos redores do mar morto, tiveram muito a dizer sobre o uso do Shofar como um dispositivo de adoração e de guerra. Falam de ‘Shofar do dia da vingança do nosso D-us’.
Em 1°Corintos 14:8, temos Se quem toca o shofar não der um som certo, quem se preparará para a batalha?
Nós todos temos as batalhas que necessitam da ajuda e da intervenção de D-us.
Os Shofarim e as Trombetas de prata têm seus usos diferenciados na bíblia, o povo em geral podia usar o shofar (berrante de chifre de carneiro), mas as trombetas de prata podiam somente ser usadas pelos Sacerdotes.
Mostra de alguns exemplos em que os ‘Shofares’ (berrante de cifre de carneiro) foram usados:
* Para afugentar um inimigo (juízes 7),
* Para advertir que um inimigo está vindo (Ósseas 5),
* Para chamar o exército para batalha (juízes 6),
* Para chamar iniciar a luta (2 Samuel),
* Para chamar as pessoas rebeldes a ir de encontro a justiça (2 Samuel)
* Para proclamar a coroação de um Rei (reis 9), e
* Para derrubar os muros de Jerico; ainda, na mesma história dos muros de Jerico as trombetas de prata foram tocadas também.
O shofar e a Trombeta de Prata anunciam a vinda do senhor e o julgamento de D-us.
Em Joel 2:1 ‘Tocai o Shofar em Tzion (Sião), e dai o alarme no meu santo monte. Tremam todos os moradores da terra, porque vem vindo o dia de Adonay; já está perto; ’
O Shofar informa a segunda vinda do senhor Messias Yeshua, como em 1° Tessalonicenses 4:16-18. Porque haverá o grande som, e a voz do arcanjo, e o som do Shofar de D-us, e então o próprio Senhor descerá do céu. Aqueles que morreram fiéis ao Messias ressuscitarão primeiro.
João descreve o som dos Sheva Shofarim (Os Sete Shofares) em apocalipse.
Apocalipse 8:6 -10:7.
No livro de Daniel, o Messias e descrito como um que vem ‘com as nuvens, um como o ben Adam (ser humano)’ (Daniel 7:13) por essa razão, o Sábios Rabinos no Talmud intitularam o Messias como o ‘bar Nafle,’ um “filho das nuvens”
No Targum Yonatahn para 1° Crônicas 3:24; usa o nome Anani como um título para o Messias. Anani significa “que vem nas nuvens”; e é baseado na palavra Hebraica para nuvem, (anan).
No Targum Yonathan explica que Anani é um título para o Rei Messias que se revelará no futuro.
Agora considere:
Então o sinal do ben Adam (ser humano, Filho do Homem) aparecerá no céu. Todos os povos da terra chorarão e verão o ben Adam (ser humano-Filho do Homem) descendo nas nuvens, com poder e grande Kavod ( glória)
Mateus 24:30
Yeshua respondeu: – Quem está dizendo isso é você. Mas eu afirmo a vocês que de agora em diante vocês verão o ben Adam (ser humano, Filho do Homem) sentado do lado direito de El Elyon (D-us Altíssimo) e descendo nas nuvens do céu! Mateus 26:64
O livro Apócrifo de ‘Ezra IV’ ‘foi escrito antes do tempo de Yeshua (Jesus).
Ele contém a referência ‘de um mar’, que é entendido como sendo o ‘Mar Divino’, que se associa com o reino celestial.
A língua em ‘Ezra IV’ lembra a do Novo Testamento, com a semelhança ao Armagedon; “e alguém chamou ‘Meu Filho’, foi oculto ao longe durante algum tempo por D-us (isto é, Isaías 49), derrotando aqueles que vêm contra Ele com a palavra da sua boca. Este homem voa com as nuvens do céu.” Ezra IV 13:1-9; 25,26,35,36
‘…este Homem voou com as nuvens do céu…’
As referências Talmúdicas ‘para o filho das nuvens’ (Bar Nafle), afirmam que esta pessoa é o Messias, e que isto será precedido aos tempos da grande aflição (Mat. 24).
A menção também é feita sobre o Messias que vem no fim de um ciclo de sete anos, que seria o ciclo de 70 anos (Shemitah) da profecia de Daniel:
Talmud. Sinhedrin 98a – R. Alexandri disse: “R. Joshua b. Levi apontou uma contradição. é escrito, no seu tempo [ O Messias virá], enquanto também está escrito, eu [O S-nhor] o apressará! — se eles forem dignos, o apressarei: se não, [ele virá] no tempo devido. R. Alexandri disse: R. Joshua opôs dois versos: está escrito, observar, um como o filho do homem veio com as nuvens do céu enquanto, [em outro lugar] está escrito, [observam, teu rei vem para ti…] humilde, e montando sobre um asno! — se eles forem meritórios, [ele virá] com as nuvens do céu; se não, humilde e montado sobre um asno. O Messias virá mesmo que seu povo o mereça ou não. Contudo, um cenário muito menos desejável sucede se é o último.”
Como afirmado por Rabino Pinchas Winston (Toronto Canadá):
‘Daqui, se o povo judeu não garantir a chegada de Mashiach (Messias) e redenção de um modo positivo, eles serão forcados cruzar um limiar histórico a Yemos HaMashiach de uma natureza muito mais destrutiva. Em termos Bíblicos, é chamado de ‘a Guerra de Gog e Magog.’
No Zohar diretamente associa Daniel 7:13 com o Messias que estabelecerá o Reino de D-us:
Soncino Italia Zohar, Bereshit, Seção 1, Página 145b – “R. O Hiya então seguiu com um discurso no verso: eu a sabedoria vivo com a prudência, e descubro o conhecimento nos conselhos (Prov. VIII, 12). ‘Sabedoria aqui’, ele disse, ‘alude à Comunidade de Israel; “a prudência” significa Jacó, o homem prudente; e ‘o conhecimento dos conselhos” alude a Isaac, que usou conselhos para o objetivo de abençoar Esaú’. Mas desde que a sabedoria aliou se mesmo com Jacó, que foi possuído de prudência, foi ele que foi abençoado pelo seu pai, para que todas aquelas bênçãos colocadas nele e sejam cumpridas nele e nos seus descendentes por toda a eternidade. Alguns foram cumpridos neste mundo, e o resto será cumprido no advento do Messias, quando Israel será uma só nação na terra e um só povo do Hakadosh baruch HU (D-us). Portanto a Sagrada Escritura diz: ‘e os farei uma nação na terra’ (Ez. XXXVII, 22).
E eles exercerão o domínio tanto no alto como aqui na terra, como está escrito:
E, observe, lá veio com as nuvens do céu um como o filho do homem (Dan. VII, 13), aludindo ao Messias, acerca que também está escrito: ‘e nos dias daqueles reis, O D-us dos céu fundara uma reino, etc.’ (Neste Mesmo Lugar. II, 44). Daqui Jacó desejou que as bênçãos devessem ser reservadas durante aquele tempo futuro, e não as tomou imediatamente

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