שלח לך Sh’lach Le’chá Parashá: Números 13:1- 15:41
שלח לך
Sh’lach Le’chá (Envia ‘por ti’)
Parashá: Números 13:1- 15:41
Haftará: Josué 2:1-24
Brit Hadashá: Hebreus 3:7 – 4:11
Nossa Parashá começa com a Shechiná (Presença Divina) liderando os hebreus para perto da terra de Canaã e com Moises enviando os 12 espias, ou melhor, exploradores, um Nassi – Líder de cada uma das doze tribos ate a terra de Canaã para trazer de volta um relatório:
Um Midrash (comentário rabínico) sobre os espiões sugere que os filhos de Israel – B’nei Israel subitamente ficaram temerosos com a perspectiva de deixar o Sinai para a conquista da Terra Prometida. Afinal, as sete nações Canaanitas que viviam lá tinham uma reputação de serem violentas e maléficas e extremamente depravadas.
Portanto foram eles que pediram Moises para enviar os expias, para avaliar a terra e a resistência do inimigo. Daí a palavra hebraica Sh’lach Lechá – Envia por ti ou pela ‘sua própria conta’, em outras palavras, ‘façam o que Vocês querem’.
Ainda alguns outros sábios judeus observam que ‘enviar para si mesmo’ significava ‘enviá-los para seu próprio benefício. ’
Moisés muda o nome de Hoshea – Oséias הושׁע (‘Salvação’) antes de enviar-lo a sua missão. O novo nome agora era Yehoshua – Josué יהושׁע (Yah Salva) anexando a Letra hebraica Yud no seu nome, para fazer com que seu nome comece com o nome de D-us, Yah.
No Talmud nossos Rabinos ensinaram que; Moisés previa a infidelidade e falta de fé dos expias e mudou o nome de Oséias para Josué para lembrar-lhe que Adonay deve vir sempre primeiro. (Talmud Sotah 34b)
O nome Yeshua (Yah Salva) é uma, por assim dizer, contração do nome Yehoshua (Yah Salva), está contração do nome ocorreu após o exílio babilônico, segundo alguns.
Considere Números 13:1 – 2, Disse Adonay a Moises; Envia homens que (Le’Tur) observem a terra de Canaã, que eu hei de dar aos filhos de Israel.
De cada tribo de seus pais enviarás um homem. Sendo cada qual chefe entre eles…
A Torah usa o verbo, L’TUR [Números 13:2, 17, 25]. Significando “para excursionar,” – ‘para observar, ’ – ‘para viajar com uma finalidade, ’ e ‘para explorar. ’ Este verbo, L’Tur, ocorre 12 vezes neste capítulo e mais 10 vezes em todo o Tanach (escrituras sagradas). Daí a origem da palavra portuguesa Turismo ou fazer ‘um Tur’.
A palavra Hebraica para Espião [מרגל] Miragel, não é encontrada em toda esta Parashá (porção), a palavra “Tur” é encontrada 10 vezes. Então os homens enviados por Moises devem ser chamados de Exploradores, e não de espiões; os dois termos não são idênticos.
A primeira vez que a palavra Hebraica Le’Ragel (“לרגל”) Espionar foi usada, foi 40 anos mais tarde na história de Josué e na preparação da batalha de Jerico. Quando estes espiões são enviados. Josué 2:1
Os doze exploradores:
Antes que Israel entrasse na terra, houve dois tipos de informações:
* A natureza da terra.
* A Praticabilidade da conquista militar.
Este não era um trabalho para espiões militares; os espiões são enviados somente depois que uma nação decidiu iniciar a guerra. Os espiões são enviados para dar informações de como atacar o inimigo. Estes ‘Observadores’ eram para relatar somente a Moises, o comandante militar, não à nação inteira. Se fossem espiões militares, não haveria nenhuma razão para publicar seus nomes e pela razão Moises não enviaria líderes tribais. Isto explica números 13:1-3, quando diz, ‘Líderes de cada Tribo…. ’
A missão:
Sua missão era recolher a informação em seis categorias:
* Como o lugar era?
* Como eram os povos do lugar?
* A terra era apropriada para a agricultura?
* Que tipo de vegetação está no lugar?
* Quais os fatos sobre as cidades?
* Trazer algumas amostras dos produtos.
Isto explica porque era necessário enviar representantes superiores de cada tribo, e porque relataram tudo para a nação inteira em vez se Moises.
As instruções de Moises aos exploradores envolviam um número de coisas:
* Era para entrar no Negev, região sul do deserto, e então nos montes fora do deserto como quem vai para o norte.
* Era para avaliar a força dos povos, incluindo suas forças militares e número.
* Era para descobrir se as cidades eram vilas não muradas, ou cidades fortificadas.
* Era para ver se a terra era arável, e se era apropriado para colheitas, incluindo os pomares.
* Desde que era a época do ano quando as uvas estavam maduras (que seria provavelmente final de julho, a agosto), foram instruídos para trazer os produtos que encontraram como prova de que a terra estivesse, de fato, capaz de sustentar colheitas abundantes.
No dia 9 do mês de Av, após 40 dias de observação da Terra Prometida, os espias retornaram para o acampamento de Israel em Kadesh Barnea carregando um enorme aglomerado de uvas, uma romã gigante no tamanho e um enorme figo. Segundo um Midrash Rabínico (comentário) os frutos eram tão grandes que necessitava de um homem para carregar uma romã, outra para levar o figo, e oito pra levar o cacho de uvas.
O erro:
Os filhos de Israel cometeram dois erros muito comuns:
1* Não conseguiram ver que possuir a terra era um ato de fé (fidelidade, confiança em D-us). Os 10 espias foram pessimistas (realistas). E o pessimismo deles contagiou todo o povo, cegando-os para a realidade da aliança, e os mantendo na realidade dos comentários dos 10 espias.
2* Não apreciaram as bênçãos que D-us tinha prometido se obedecessem a seus mandamentos (Mitzvot).
Não havia nenhuma dúvida que a terra estava possuída por nações com exércitos formidáveis, e cidades fortificadas, e alguns de seus guerreiros e habitantes eram descendentes dos ‘Nefilins’ (Caídos; comumente traduzida por Gigantes por causa da palavra grega Titãs na Septuaginta) que estavam lá, mesmo séculos depois do dilúvio. (Gênesis 6:1-4, salmo 82, Judas 6, 2°Reis 3:19; 19:7, 1°Crônicas 20:4-8, Josué 12:4, Deuteronômio 3:11-13, livro de Enoch e etc.)
Os problemas e as dificuldades eram reais, os 10 espias eram realistas, porem os mesmos não eram realistas em relação a D-us, não olharam para a realidade do que D-us já havia feito por eles e o que já havia prometido fazer por eles.
Cometeram Lashon HaRá ao reportar todo o pessimismo em relação a Terra, na verdade contra o próprio D-us, pois era como se tivessem reportado que o povo da terra era maior do que as promessas de D-us.
O pessimismo é uma das grandes barreiras construídas por nós mesmos que nos impendem de caminhar nas benções e nas promessas de D-us. (Números 14:2)
A fé move-se adiante na base da fidelidade de D-us, não em nossas próprias forças e habilidades, ou na ‘realidade’.
A fé descansa na habilidade de D-us em fazer aquilo que prometeu, não obstante olhando para os enormes e intranspassáveis problemas que estão no caminho.
A realidade depende do ponto de vista do observador, então a Fé do observador muda a perspectiva da realidade ou a realidade em si.
Alem disso; Nós nunca podemos dizer que nós acreditamos ou temos fé em D-us, se nós não nos submetemos a Sua Torá. A Torá reflete nossa condição interna, para que possamos fazer os reajustes – Teshuvá – Arrependimento. (Mateus 7:24, João 14:21, Mateus 5:19-20)
E a Torá aponta para o Messias, é por isto que; a rejeição do Messias é considerada a mais alta traição, para todos os mandamentos de D-us. Rejeitar Sua Torá é rejeitar o Seu Messias, que por fim é rejeitar a D-us aquele que o enviou. (Lucas 10:16)
O espírito de Kalev
Considere Números 13:6 ‘… da tribo de Judá, Kalev o filho de Jefuneh’.
kalev foi um dos doze espias que entraram em Canaã.
Kalev, cujo nome em hebraico pode significar ‘cachorro’ (Mateus 15:26-27, Marcos 7:27-28) ou alude a “do coração” (Romanos 2:28-29) foi líder da tribo de Judá. Note que ele não era um israelita. Ele era um… Por assim dizer, um “Ex GOY” (um gentio) converso ao D-us de Israel, era líder da tribo de Judá!
‘Jefuneh’ não é um nome propriamente hebreu. De que tribo o seu pai veio?
O Tanach (escrituras) dá a resposta. Está em Josué 14:6,
Chegaram os filhos de Judá a Josué em Gilgal; e Calebe, filho de Jefoné, o Quenezeu, lhe disse: Tu sabes o que o Adonay falou a Moisés, homem de D-us, em Cades-Barnéia, a respeito de mim e de ti.
De onde a tribo Quenezeu veio? Novamente, as Sagradas Escrituras dão a resposta: das tribos do Canaanitas.
Está escrito em Gênese 15:18-21,
Nessa mesma ocasião o S-NHOR D-us fez uma aliança com Abrão. Ele disse: – Prometo dar aos seus descendentes esta terra, desde a fronteira com o Egito até o rio Eufrates, Gênesis 15:19 incluindo as terras dos Queneus, dos Quenezeus, dos Cadmoneus, Gênesis 15:20 dos Heteus, dos Perizeus, dos Refains,
Gênesis 15:21 dos Amorreus, dos Cananeus, dos Girgaseus e dos Jebuseus.
Yefuneh (Jefuneh) que também pode significar “virou-se”, sugerindo que Kalev filho de Jefuneh se afastou dos esquemas pessimistas dos outros espias.
Pode ser que a família de Kalev vivia no Egito há anos, e se juntaram aos filhos de Israel.
Um espírito diferente:
Mas o meu servo Kalev, porque nele houve outro espírito, e porque ele perseverou em seguir-me, eu o introduzirei na terra em que entrou, e a sua posteridade a possuirá
Se houve alguma vez um caráter de um ‘ex-gentio’ na Bíblia que expôs uma atitude direita ou ‘inspiração diferente’ em direção a HASHEM D-us e a Sua Palavra, teria de ser Kalev.
Na Torah inteira, só há duas pessoas chamados desta maneira – Servo de D-us Moisés e Kalev.
Josué e Kalev, ao alertar o povo a tomar coragem e lutar para obter a Terra Prometida, colocaram a sua apelação nessas palavras:
‘só não se rebelem contra Adonay…’
Considere Números 13:30, Então, Kalev fez calar o povo perante Moisés e disse: Eia! Subamos e possuamos a terra, porque, certamente, prevaleceremos contra ela.
As palavras de Kalev são importantes. Ele disse, ‘somos bem capazes’.
Isto não significa que a sua confiança estava nele mesmo ou no povo. Ele não teve a idéia errada sobre si mesmo ou sobre o poder militar dos Israelitas. Kalev mostrava nestas palavras da onde sua perspectiva da realidade vinha, ela vinha da confiança firme na Aliança de D-us, Kalev não evitou os problemas, não fez de conta que eles não existiam e isto foi o diferencial entre os outros. Os outros homens viram só as dificuldades da Terra Prometida. Eles foram vencidos pelos problemas, pelo pessimismo.
Mas Kalev informou sobre as boas coisas também. Ele acima de tudo lembrou o povo do poder de D-us.
Kalev atuou de um modo definido e rápido para derrotar o medo. Ele não fingiu que os “gigantes” não existiam. Mas ele foi diferente da maior parte dos homens que foram com ele. Ele tentou informar as boas coisas também.
Mesmo nos seus anos de crepúsculo, Kalev ainda possuía ‘um espírito diferente’ – um ‘espírito de seguir’ à D-us de todo coração, ‘totalmente’.
Ele não se queixou ou fugiu da sua tarefa. Durante quarenta anos que vaguearam no deserto, ele via que um dia voltariam às bordas da terra Prometida quando D-us e ele expulsariam os obstáculos que estavam na terra Prometida.
A vida de Kalev ilustra isto: Não há nenhum plano de retirada ou de aposentadoria na realização da obra do Reino de D-us.
Na idade da velhice e madura de oitenta e cinco (muitos anos passados da ‘aposentadoria’ normal), Kalev volta às bordas do que seria logo a terra do povo de Israel. Quando o desafio do S-nhor lhe foi oferecido na sua velhice, este crente de D-us alegremente aceitou-o.
Três filhos de Anak são nomeados (Josué 15:14; Juízes 1:20) os quais Kalev derrotou eventualmente na conquista da Terra.
Hebron foi concedido a Kalev como a sua “pilhagem” da guerra. Em Deuteronômio 1:28; & 9:2, os filhos de Anak são chamados também os filhos de Anakim, significado que eram pessoas descendentes dos Nefilim (filhos dos caídos), aqueles que eram descendentes dos filhos de D-us e das filhas dos homens (Gênesis 6:4). Eles estavam bem ali séculos após o dilúvio da época de Noé, foram os primeiros povos que os exploradores de Israel viram na terra e os 10 dos exploradores acharam impossível de derrotá-los na guerra.
Kalev herdou o que o D-us lhe tinha prometido porque sua fé nunca falhou. Quando a situação mudou dramàticamente por causa da recusa do povo entrar na terra, Kalev não perdeu sua confiança em D-us e na habilidade de D-us cumprir o que tinha prometido. Por causa de sua fé, Kalev foi abençoado.
Considere números 16:10, Mas toda a congregação disse apedreja-os . Então a gloria de Adonay apareceu na tenta da reunião diante a todos os filhos de Israel
Enquanto o povo se levantou e declarou apedrejamento para Josué e Kalev, D-us apareceu e declarou suas defesas e seus destinos.
Moises intercede pelo povo
Moisés, então, apelou para os Shelosh Esrei Midot Shel Rachamim – os treze atributos de misericórdia que D-us revelou-lhe depois do Pecado do bezerro de ouro: ‘Adonay, Adonay D-us misericordioso, amoroso e longânime e grande em Graça e Verdade… ’ Êxodos 34:6-7
De acordo com interpretações tradicionais, os treze atributos se articulam da seguinte forma:
1*Adonay – Eu, Adonay, sou fonte de toda a vida.
2*Adonay – D-us é Misericordioso para com uma pessoa pecadora, se esta pessoa mostra uma Teshuvá (Arrependimento) verdadeira.
3*El – D-us Todo-Poderoso: D-us é o Juiz justo
4*Rachum: D-us compassivo, misericordioso para com os pobres e os
Oprimidos.
5*Vechanun: D-us é Amoroso e Generoso, mesmo a quem não merece
6*Erech Apayim: D-us é Longânime e Paciente na espera pelo nosso arrependimento;
7*Verav Chesed: D-us é abundante em graça para ambos, os justos e os ímpios;
8*Ve’emet: D-us é Verdadeiro e Fiel no cumprimento das promessas;
9*Notzer Chesed La’alafim: D-us estende a Graça por mil gerações, tendo em conta o mérito dos nossos antepassados (Avot Zechut);
10*Nosei Avon: D-us perdoa a iniqüidade – Avon. (Definido como pecados cometidos com premeditação)
11*Vafesha: D-us perdoa a transgressão (Definidas como ações injustiças cometidas em um espírito rebelde)
12*Vechata’ah: D-us perdoa os pecados, as ações de injustiças que foram intempestivas.
13*Venakeh: D-us cancela todas as punições para aqueles que estão verdadeiramente arrependidos.
E, passando Adonay (katan) (veja: João 1:17) por diante dele (Moises), clamou: ADONAY, ADONAY, D-us compassivo, misericordioso e longânime e grande em graça e verdade ; Êxodos 34:6-7 – Está passagem é entoada no Serviço religioso (culto) de Yom Kipur ate os dias de hoje nas Sinagogas.
Adonay é El Rachum – D-us Misericordioso. A palavra hebraica Rachum (lê-se rarrum) compartilha a mesma raiz da palavra Rechem que significa Útero (deuteronômio 4:31, Isaias 49:15).
Praticar compaixão é, portanto umas das Midot HaLev – ‘Qualidades do Coração’ (isto é; frutos do espírito Gálatas 5:19-21) que deveria marcar nossas vidas, especialmente através da luz da Rachamanut (Misericórdia) dada a nós através do Messias. (Colossenses 3:13, efésios 5:2).
Considere provérbios 11:27; ‘Quem procura o bem (dos outros) alcança favor de D-us, mas o que procura o mal (para os outros), este mal lhe sobrevirá.’
Nossos antigos sábios rabinos costumavam a ensinar; ‘quem ora pelas necessidades dos outros na qual também está necessitado, ele receberá primeiro.’ Talmud Bava Kamah.
Um bom exemplo é; quando Jó orou por seus amigos, D-us restaurou as fortunas de Jó primeiro. (Jó 42:10).
Há sempre um compartilhar nas bênçãos quando nós intercedemos e oramos uns pelos outros, como disse o Rei David no salmo 35:13 – ‘que literalmente significa; Possa isto voltar para o meu próprio peito’
Esta verdade tem as duas faces da mesma moeda, quando nós buscamos o bem para os outros, encontramos o favor de D-us, mas quando nós mostramos indiferença e apatia aos problemas do nosso próximo, da mesma forma ‘retornará para o nosso próprio peito’.
Na verdade um dos ensinamentos do Messias – Torat Mashiach é ‘ajudar nos problemas (cargas) uns dos outros’ (gálatas 6:2). A palavra grega para carga neste versículo em gálatas é a mesma usada na palavra ‘barômetro’, e significa Peso, que também é a mesma palavra grega usada em 2°corintos 4:17 para referir ao ‘Peso da Gloria’ que nós experimentaremos no Olam HaBá – Mundo Vindouro (e Eternidade).
Em suma, ajudando uns aos outros a ‘levar suas cargas’, tomando para nós um pouco da pressão que está sobre eles, revela a Gloria daquele que tomou nossas cargas e vergonha no Monte Moriá (1°Pedro 2:24)
Um novo homem
Em 1°Corintos 12:13, Pois por um espírito nós todos somos batizados em um corpo, seja Judeus ou gentios, se os escravos ou livres, e nós fomos levados a tomar de um mesmo espírito.
Em Gálatas 3:28, Não há Judeu nem gentio, nem escravo nem livre, nem mulher ou homem; pois todos são um no Messias Yeshua.
Da onde o Sh’liach Shaul (Apostolo Paulo) tirou este conceito de “um novo ser humano?”
Os estudiosos dizem que é uma alegoria da história de Josué e de Kalev. Estes dois homens, um judeu e um “gentio”, andaram por quarenta anos em sua fé no D-us de Abraão, Isaque é Jacó. Foram recompensados sendo os únicos do povo de sua geração que receberam sua recompensa e entraram na tão sonhada Terra Prometida, a Terra de Israel.
As Potestades e Principados.
Nesta Parashá vemos uma “estranha” declaração;
Considere Números 14:9 ‘… retirou-se deles o sua proteção;…’
Segundo os comentários do Rabino Rashi (1040-1105 “frança” artscroll-chumash), esta proteção se refere às Potestades e Principados dos sete povos Canaanitas. (Vide; Daniel 10:13, Efésios 6:12, Efésios 1:21, Romanos 8:38 e etc.)
Um dia de “mau agouro”
Considere o que está em números 14:34-35, 40 anos vocês vão sofrer por causa dos seus pecados, conforme os 40 dias que vocês excursionaram na terra, um ano para cada dia. Vocês vão saber o que é ficar contra mim. É isto o que vou fazer com todo este povo mau que se revoltou contra mim: todos vocês morrerão e serão destruídos neste deserto. Eu Adonay falei!
Começando deste dia, a geração inteira do povo de Israel, à exceção de Josué e de Kalev todos os outros morreram no Deserto. Neste momento os filhos de Israel com sua rebeldia trouxeram um incidente que iria marcar toda historia de suas vidas e a do mundo.
Os antigos sábios Rabinos ensinavam que este dia, quando o mau relatório dos observadores foi dado ao povo, ficou conhecido durante a história como um dia de grande destruição.
Este dia tornou-se conhecido como Tishá B’Av (9 do mês de AV)
Neste dia, os 10 dos exploradores deram um mau relatório para os filhos de Israel, morreram no mesmo dia. Números 14:36 – 37, Os homens que Moisés havia mandado para observar a terra trouxeram más informações a respeito dela. E, quando voltaram, fizeram com que o povo reclamasse contra Moisés. Por isso Adonay fez com que fossem atacados por uma praga, e eles morreram…
Este dia, Tishá Be’Av – 9 do mês de Av continuou a marcar a seqüência da história judaica ate os dias de hoje:
* Em 587 A/C, os Babilônios destruíram o primeiro Templo em Jerusalém.
* Em 70 D/C, o segundo Templo em Jerusalém foi destruído por Roma;
* Em 132-5 D/C, a revolta do falso Messias Kochba nomeado pelo Rabi Akiva findou-se neste tempo, na batalha de Betar contra Adriano, com Jerusalém completamente destruída e milhares de Judeus mortos pela espada romana, e também começa a grande cisma entre os Judeus crentes em Yeshua e os Judeus não crentes. Também começa a separação dos gentios crentes (cristãos) dos judeus crentes por causa da forte perquisição romana em todo o império aos judeus.
* Em 1290 D/C, A Grã Bretanha foi o primeiro pais a expulsar os judeus de seu império;
* Em 1492 D/C, A Espanha expulsou todos os Judeus. Os Judeus foram expulsos da Espanha em 2 de agosto, 1492. A maioria fugiu para as terras de Portugal que mais tarde acabariam mortos na fogueira da inquisição e milhares conversos a força ao cristianismo, a inquisição portuguesa duraria quase 400 anos, uma grande destruição para o povo Judeu.
No dia seguinte da expulsão da Espanha em 2 de agosto de 1492, Um homem chamado Cristovão Colombo saiu da Espanha “para as Américas”. Colombo menciona o “êxodo” da Espanha em seu diário, e conecta-o com “Tishá Be’Av.” (9 do mês de Av)
* Em 1914 D/C , A segunda guerra mundial começou. E os problemas não resolvidos da primeira guerra culminaram com a segunda guerra mundial, levando extrema perseguição aos judeus pelos nazistas, ajudados pelo forte sentimento anti-semita cristão, o final disto é o que conhecemos pelo holocausto.
Um anti-semitismo que fora enraizado tão bem pela inquisição da igreja cristã que frutificou tanto no mundo cristão católico como no mundo cristão protestante europeu.
* Em 1990 D/C, a primeira guerra do golfo (tempestade do deserto) começou, lá no Iraque (babilônia) trazendo conseqüências que sabemos ate os dias de hoje. E ainda não sabemos o que mais está por vir.
(Este ano Tishá Be’Av, ou seja 9 do mês de Av cairá em um domingo dia 29 de julho 2012. Neste dia fazemos jejum em temor a D-us.)
No calendário judaico, estes eventos estão todos no mês de Av, o dia quando os Judeus lamentam a destruição dos seus Templos. Como a história conta, Moisés pegou o povo que adorava o Bezerro de Ouro em 17 de Tamuz (8/7/12) Por isso, as três semanas do mês de 17 de Tamuz até 9 de Av são chamados “tempo de trevas” e “entre os estreitos.” (este ano em: 8/7/12 a 29/07/12) É o tempo mais triste do ano Judaico.
De 1 a 9 do mês Av são dias de tristeza, os judeus ultra ortodoxos tiram os seus sapatos; sentam-se em uma cadeira derrubada e lêem o livro de Lamentações.
O exílio é a marca maior desta data do nono dia do mês de Av. Contudo, ainda virá um tempo quando D-us os converterá em dias de festa.
Considere. Zacarias disse:
Assim diz Adonay Tzevaot; o jejum do quarto mês [17 de Tamuz], e os jejum do quinto mês [9 de Av], e o jejum do sétimo mês [1 de Tshrei ou 3 de Tshrei – jejum de Gedalia] , e o jejum do décimo mês [10 de Tevet – cerco de Jerusalém], se convertera em gozo e alegria e festas solenes para a casa de Judá; por isso, ame a verdade e a paz Zacarias. 8-19. (note que; esta profecia ainda não se cumpriu)
A geração inteira dos filhos de Israel dos que saíram do Egito foram condenados à morrer no deserto. Todos os anos, até o 40° ano, na véspera de 9 do mês de Av, Moisés ordenava os filhos de Israel, “Vão para fora do acampamento e comecem a cavar!” Os homens, então, saiam, e cavavam sepulturas, e dormiam nelas durante a noite. Na manhã seguinte, um mensageiro proclamava: “Deixe os vivos separarem dos mortos!”. Muitas pessoas tinham morrido durante aquela noite, mas os sobreviventes voltariam para o acampamento por mais um ano, e no outro ano seria mesma coisa ate o 40° ano.
No 40° ano, ninguém morreu. Uma vez que eles pensaram que poderiam ter contado os dias incorretamente, eles dormiam em suas covas mais uma noite adicional. Isso durou até o 15° dia do mês de Av, quando finalmente perceberam que ninguém iria mais morrer, então posteriormente declaram Tu B’Av (15° de Av) como um dia de alegria (Talmud Yerushalmi, Ta’anit 4:6).
Uma parábola sobre o poder da língua
Sobre a potência da língua (palavras)… Uma história conta sobre um Rei cujo seu filho estava muito doente.
Os médicos disseram ao Rei que só o leite de uma leoa poderia salvar o Príncipe, mas como isso era possível? Certo homem ligado ao Rei disse-lhe que, se o Rei lhe fornecesse dez cabras, ele receberia o leite desejado. O Rei concordou e prometeu ao homem grande honra e riquezas se ele fosse bem-sucedido no intento.
Posteriormente, a cada dia o homem dava uma cabra para uma leoa comer. Passando-se os dias, a leoa começou a confiar na presença do homem, e no décimo dia, a leoa adquiriu suficiente confiança nele para permitir que ele tirasse o leite.
Mais tarde naquela noite, o homem teve um sonho estranho: Os seus órgãos começaram a argumentar quem foi o responsável por este grande sucesso. A mão alegou ter o credito, e, em seguida, os olhos, e assim por diante. Finalmente, a língua disse; ‘eu sou a causadora deste grande sucesso’. As outras partes do corpo desprezaram a afirmação da língua, mas ela respondeu; ‘vocês em breve vão aprender que tudo depende de mim’
No dia seguinte, entre grande pompa e cerimônia, o homem apresentou o leite para o Rei. Quando ele dirigiu ao trono, no entanto as palavras da língua do Homem saíram como; ‘vim apresentar a você, O Majestade, leite do cão que você solicitou!’ Isto enfureceu o Rei de tal maneira que sentenciou o homem a morte e o colocou-o na prisão.
Naquela noite ele mais uma vez teve o estranho sonho.
A língua disse aos órgãos do Homem; ‘vocês viram agora que sou mais importante do que o resto de vocês? Por causa de mim vocês todos serão castigados, levados a morte’.
Todos os outros órgãos admitiram que na verdade a Língua era a maior e a nomearam líder deles. ‘Apenas nos poupe da morte!’ eles imploraram.
No dia seguinte, como o homem estava sendo levado para fora para ser enforcado, ele insistiu que poderia curar, efetivamente, o filho do Rei. Levaram-no novamente ao Rei, quando ele explicou para o Rei que ele tinha sido mal interpretado, o Rei deu o leite ao seu filho, que, em seguida, imediatamente recuperou-se da doença. O Homem foi poupado e se tornou um grande nobre. (adaptado de Midrash Shochar Tov).
Os 10 testes
Considere números 14:22-23, nenhum desses homens viverá para entrar naquela terra. Eles viram a minha glória e os milagres que fiz no Egito e no deserto. No entanto 10 vezes puseram à prova a minha paciência e não quiseram me obedecer. Eles nunca entrarão na terra que jurei dar aos seus antepassados. Nenhum daqueles que me abandonaram verá aquela terra..
O número dez é o número que representa “prova ou teste”. D-us “tolerou” ate 10; ‘dez vezes puseram à prova a minha paciência’
1. Egito no mar vermelho [Êxodo 14:11].
2. As águas amargas de Marah [Êxodo 15:24].
3. Quando reclamaram por comida [Êxodo 16:3].
4. Quando guardaram maná [Êxodo 16:20].
5. Quando saíram para colher maná no Shabat [Êxodo 16:27].
6. Quando reclamaram por água [Êxodo 17:2].
7. Quando adoraram o bezerro de ouro [Êxodo 32:4].
8. Quando rebelaram aos mandamentos de D-us [números 11:1].
9. Quando se queixaram que o maná não era bom [números 11:4].
10. Quando acreditaram no que os dez lideres relataram sobre a terra prometida de Israel [números 14:22].
O impacto do relatório dos 10 lideres bateu nas escalas da “paciência” de D-us. Isto é muito importante sabermos, pois mostra que há um lugar onde a “paciência” de D-us “termina”. “Daí Você não pode contar com a graça de D-us.”
Considere o que está em números 14:40, De manhã bem cedo, começaram a entrar na região montanhosa. Eles diziam: – Agora estamos prontos para ir até o lugar que o S-NHOR nos havia prometido. De fato, nós pecamos.
Guarde este princípio: A descrença em uma promessa de D-us faz com que haja a perda do benefício dessa promessa. Para cada de suas ações há uma conseqüência. Mesmo que as palavras deles exponham uma atitude de arrependimento de coração, agora já era tarde demais! Pois sofreram as conseqüências de suas atitudes. ‘Não sejam teimosos, como os seus antepassados foram em Meribá’ [salmo 95:8 – 11; Êxodo 6:9 – 12; Ezequiel 20:5 – 9].
Qual foi o resultado? Números 14:44-45, Mesmo assim os israelitas teimaram em querer entrar na região montanhosa, mas nem a arca da aliança de
D-us, Adonay, nem Moisés saíram do acampamento Então os Amalequitas e os Cananeus que moravam naquela região montanhosa atacaram, e derrotaram os israelitas, e os perseguiram até Horma…
Quando D-us disser Não, NENHUM PODER no universo pode mudá-lo. O que isto nos ensina? Muita coisa!
Um Midrash rabínico (comentário) ensina que; ‘uma pessoa deve fazer o máximo possível pelos seus objetivos (no âmbito do esforço humano), mas o seu coração deve confiar inteiramente em D-us para o desfecho’. (Provérbios 16:9).
Quase inexplicavelmente, a Torá desloca da narrativa dramática destes acontecimentos para uma discussão sobre as ofertas feitas no Mishkan (Tabernaculo). As leis do Menachot (ofertas de grãos, do vinho e do azeite) são dadas, bem como o mandamento de consagrar uma parte da massa de pão (chalá), para o S-nhor ao fazer o pão. Leis e sacrifícios sobre os pecados não intencionais são também dadas.
Tzitzit
‘O Talit – Tzitzit é uma Zehut Iehudit (identidade judaica)’
Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Que nas bordas das suas vestes façam franjas por todas as suas gerações; e nas franjas das bordas ponham um cordão de azul. Números 15:38
Esta porção da Torá também dá o mandamento sobre os Tzitzit ou ‘franjas’ (Números 15:38; Deuterionomio 22:12, 16:3; Mateus. 9:20; 14:36. 23:5), por todas as nossas gerações.
Tzitzit (no hebraico ציצת ou ציצית) é o nome dado à franjas do Talit, que servem como meio de lembrança dos mandamentos de D-us. A palavra hebraica hetzitz, relacionada a Tzitzit, quer dizer olhar, observar algo intencionalmente. O tsitsit exorta aquele que o usa a olhar atentamente para as franjas a fim de se lembrar de todos os mandamentos de D-us.
E serás para vós por franjas, e as vereis e lembrareis todos os mandamentos do Eterno, e os fareis; NÃO ERRAREI indo atrás de vosso coração e atrás de vossos olhos, atrás dos quais vós andais errando. ’
Raabe
A Haftará (Porção dos Profetas) da Parashá Shelach lechá é um estudo de contraste com a leitura desta Porção. Aqui podemos avançar alguns anos no tempo, uns 40 anos quando segunda geração dos filhos de Israel estavam prestes a entrar na Terra Prometida, agora sob a liderança de Yehoshua ben Nun (Josué), sucessor de Moisés.
Desta vez, a delegação de espiões consistia de apenas dois membros: Kalev e Pineas, enviados em segredo para coletar informações sobre a cidade de Jericó. O mesmo Kalev, Homem que (juntamente com Josué) fizera parte da primeira averiguação da terra, e cerca de 40 anos antes e Pineas foi o Sacerdote que tinha salvado o povo de uma Praga desastrosa (números 25:7-8).
No início da leitura, os dois espiões chegam a casa de Rachav (Raabe), situada nos muros da cidade. Raabe era uma Ishah Zonah – prostituta, e talvez, sua casa fosse uma espécie de pousada para viajantes.
Descreve-se no Talmud que Raabe era uma das quatro mulheres mais bonitas da história no Mundo: As quatro eram Sarah, Raabe, Abigail e Esther.
Visto que Raabe ajudou aos dois espiões, quando mais tarde veio a cair os muros da cidade de Jericó (números 6:17-25), Raabe e toda a sua família foram salvas de acordo com a promessa dos Espiões e foram incorporados entre o povo judeu (Atos 16:31, Gênesis 7:1, Gênesis 19:15). Ela depois de se converter ao
D-us de Israel tornou-se a esposa de Salmom, um dos príncipes da tribo de Judá (Ruth 4:21; 1°Crônicas 2:11; Mateus 1:5), De acordo com a genealogia de Mateus, Raabe foi a mãe de Boaz (que se casou com Ruth na genealogia de Lucas ela era a Avó de Boaz) e foi por conseguinte, a bisavó do Rei David. Portanto Raabe está na linhagem do próprio Messias, Raabe era uma Eshet Chayil (mulher de valor). notável (Provérbios 31)
Devemos falar para o coração
Falar no Coração (b’Lev) ou falar para o coração (el Lev), a escolha é nossa.
Uma pessoa incapaz de ser fortemente agitada pelas emoções não é uma pessoa completa. Mas uma pessoa, cujas emoções tomam as rédeas e orientam suas decisões, freqüentemente farão más escolhas e se darão mal.
As Escrituras Sagradas não empregam o uso comum da forma; ‘A pessoa disse para si mesma… ’ Em vez disso, podemos encontrar frases como o seguinte verso:
Quando, pois, disseres no teu coração: Por que me sobrevieram estas coisas?… ‘ Jeremias 13:22.
No entanto, nas Escrituras, há uma especificidade meticulosa sobre preposições.
No texto original em Hebraico algumas vezes lê-se, ‘… disse no seu coração’, enquanto outros vezes lê-ser, ‘…disse para o seu coração.’
Qual é a diferença?
‘NO coração’ significa que a seu “Celebro” desceu ate seu coração e sua razão se rendeu a suas emoções. E emoções não possuem direção.
‘PARA coração’ significa que seu “Celebro” exerce controle, abordando o coração de uma posição forte e independente.
Notavelmente, a Torá dá dicas desta ferramenta vital para uma compreensão completa, já lá no Gênesis temos; ‘… e Adonay disse PARA o seu coração:…’ Genesis 8:21
D-us está nos dando uma orientação para emular. Devemos escolher imitá-lo e aqueles que seguem O Seu caminho..
Com consistência incompreensível, cada vez que lemos, ‘E disse no seu coração, ’ uma figura bíblica estará prestes a cometer um erro e ate prejudicar a sua vida. Cada vez que lemos, ‘E disse para o seu coração’, vemos alguém fazendo uma coisa sensata e muitas vezes correta.
Devo assinalar que, infelizmente, as traduções em português falham ao não fazer esta distinção vital, em traduzir o significado da palavra hebraica ‘EL’ – Para e também o significado da palavra hebraica ‘BE’ – No, da mesma forma idêntica.
Aqui estão dois exemplos de homens que tinham potencial de grandeza, mas tomaram a direção errada: ‘… e disse Esaú no seu coração….’ Genesis 27:41
‘Disse Jeroboão NO seu coração’ 1°Reis 12:26
Não surpreendentemente, nos Salmos 14:1 declaram: Diz o insensato NO seu coração: Não há D-us. Corrompem-se e praticam abominação; já não há quem faça o bem.
Pelo contrário, aproveite esses exemplos de pessoas na direção certa. ‘porquanto Ana só PARA o coração falava… ’ 1°Samuel 1:13, ‘David disse PARA o seu coração…’ 1°Samuel 27:1
D-us nas Escrituras está capacitando-nos com uma mensagem sutil, mas poderosa. Podemos permitir que nossas emoções nos dominem e, em seguida, teremos que usar nossas cabeças para racionalizar as más decisões. Ou podemos cuidadosamente tomar decisões e, usando a cabeça, e em seguida, convidar nosso coração para fornecer a necessária emoção e entusiasmo para seguir o nosso intento.
Assim diz Adonay: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas; Jeremias 6:16

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