עקב Ekev – Porque – Deuteronômio 7:12 – 11:25
עקב
Ekev Porque (“Calcanhar”)
Parashá: Deuteronômio 7:12 – 11:25
Haftará: Isaias 49:14 á 51:3
Brit Hadashá: Hebreus 8:11-13
Ekev vem da raiz Akav que significa “pegar pelo calcanhar”, assim como o nome Ya’akov (Jacó), que tinha ‘pego o calcanhar’ do seu irmão gêmeo Esaú ainda no útero de Rebeca.
Foi Ya’akov posteriormente apelidado de Isra’El por causa da sua luta com O Malach Adonay (O Anjo do S-nhor) em Peniel. Adonay então declarou a ele, “Seu nome não deve ser Ya’akov (Jacó), mas Israel, pois como um Príncipe (Sar) tem “lutado” (sarita) com D-us e com os homens e prevaleceu’ (Genesis 32:28).
A primeira ocorrência da raiz da palavra hebraica Ekev aparece em Gênesis 3:15, onde D-us disse que o Calcanhar (do Messias) iria esmagar a Rosh (cabeça) da Nachash (Satanás).
Shabat Va’tomer – A porção de leitura dos Profetas (Haftará) é geralmente conectada com a porção de leitura da Torá. No entanto, começando desde o
dia 17 do mês bíblico de Tamuz até o final do ano judaico, a conexão sobre alterações. As primeiras três porções (dos profetas) de leitura semanais de ‘Admoestação’ são lidas durante o período chamado “Semanas de lamento” (entre 17 de Tamuz e Tishah Be’Av), e em seguida, as sete porções de leitura semanais de ‘Conforto’ (Shiva D’Nechemta) vão até o final do ‘ano judaico civil’ (ou seja, até Rosh Hashaná – este ano 17/09/12).
Estas sete seleções de leitura dos profetas predizem o restabelecimento do povo de Israel na terra de Israel (o ajuntamento dos exilados), a redenção futura de Israel (como Nação) e a vinda da Era Messiânica (milênio).
Esta semana (a segunda das sete semanas de ‘Conforto’) é chamada de ‘Va’tomer Tzion – E Sião devera dizer’, que nos ordena a nunca considerar Sião (Israel) como abandonado…. ‘Será que uma mãe pode esquecer o seu bebê? Será que pode deixar de amar o seu próprio filho? Mesmo que isso acontecesse, eu nunca esqueceria vocês. (Jerusalém), o seu nome está escrito nas palmas das minhas mãos; eu nunca me esqueço das suas muralhas’ (Isaias 49:15-16).
Então a Haftará de Isaías conclui dizendo que D-us confortará o ‘Monte Sião’ o tornando como o jardim do Éden, com alegria e felicidade dentro de Jerusalém, junto com ação de graças e o som das canções alegres.
Nota que: O (bíblico) Mês de Elul começa em semanas (isto é, em 19 De agosto deste ano, e Rosh Hashaná ocorrerá em semanas 16 de setembro ao pôr do sol).
Estes sete Haftarot – Porções de Leitura de ‘conforto’ são destinadas a encorajar-nos a ficarmos pronto para as próximas Festas (Moadim) do S-nhor.
A Parashá desta semana – Ekev- menciona um dos preceitos mais difundidos da Torá. Nesta porção, D-us menciona na Torá, uma vez mais, o imperativo de amarmos o estrangeiro.
Faz justiça ao órfão e à viúva, e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e vestimenta. E amareis o estrangeiro, pois estrangeiros fostes na Terra do Egito (Deuteronômio 10:18-19).
Este preceito é recordado não somente aqui, mas isto aparece formulado de várias maneiras, trinta e seis vezes em todo o texto bíblico.
E na ‘Guemará’ os sábios fazem a seguinte pergunta: ‘Por que razão a Torá nos adverte trinta e seis vezes acerca deste preceito?’. ‘O Rabino Natan responde-nos da seguinte forma a esta pergunta’: “Não apontes tu próprio os defeitos do teu semelhante”. ‘O Rabino Natan ensina-nos que’; ‘se um judeu escarnece, maltrata ou humilha um estrangeiro está, de fato, a transformar-se no próprio destinatário dos seus próprios atos’. O “defeito” do qual escarnece é, ao fim, o seu próprio “defeito”. Também o judeu soube ser estrangeiro em terra alheia’. Talmud Baba Metzia 59b – (Tiago 4:11-12, Mateus 7:1, Lucas 6:37, 1°Coríntios 4:5, 1°Samuel 2:3)
Quando uma pessoa chega à conclusão de que o seu próprio antepassado sofreu humilhações, o seu grau de simpatia relativamente aos que passam pelo mesmo problema aumenta potencialmente, ou deveria. Se alguém compreende que o seu próprio pai enfrentou a sociedade para encontrar refúgio e abrigo, então o seu modo de encarar o mundo acaba por mudar drasticamente.
Considere: Terra de trigo e cevada, de vides, figueiras e romeiras; terra de oliveiras, de azeite e mel; terra em que comerás o pão sem escassez, e nada te faltará nela; terra cujas pedras são ferro e de cujos montes cavarás o cobre. Deuteronômio 8:9
Estas são as 7 espécies alimentícias do qual Israel foi abençoado
*Cevada
*Vinha
*Figos
*Romãs
*Olivas
*Mel
*Trigo
Considere: mas a terra que passais a possuir é terra de montes e de vales; da chuva dos céus beberá as águas; Deuteronômio 11:11
A ‘Chuva’ aqui também pode aludir a relação de reciprocidade entre os Céus e a Terra. ‘Um vapor sobe da terra’ para os céus e os céus retornam a ele em forma de chuva, a qual “sacia a face da terra’ (Gênesis 2:6). Isso representa o principio “espiritual” de que “uma elevação de abaixo invoca uma elevação de acima”, que D-us responde aos esforços das pessoas, dando reciprocidade à nossas orações, pedidos e atitudes com o sustento que vem das Esferas Celestiais.
Somente após este princípio da verdadeira fonte da vida, é que os filhos de Israel puderam entrar na terra que ‘da chuva do céu, ela bebe água’ – aonde os esforços das pessoas são cruciais e significativos, (2°Tessalonicenses 3:10) ainda sendo permeados com reconhecimento destes, e dependendo da verdadeira Fonte de Tudo, o D-us de Abraão Isaque e Jacó. (filosofia Chassídica Judaica). (Deuteronômio 8:3, Mateus 4:4)
E agora a Terra Prometida diante do povo, uma terra famosa por seus frutos se refere as sete espécies das culturas nativas; (Deuteronômio 8:8-9).
Observe que a obrigação de abençoar ao comer o pão vem do verso, ‘quando você comer e estiver satisfeito, você deve abençoar a Adonay teu D-us… (Deuteronômio 8:10).
Por esta razão também temos o Birkat Hamazon (benção após as refeições) que é recitada após as refeições. Também abençoamos o vinho e bebidas, e alimentos para sempre santificar as ocasiões.
Esta Parashat (porção de leitura da Torá), Israel é chamado a estudar as Mitzvot (Mandamentos) para realizá-las de forma diligente, para que eles próprios sejam mantidos na Terra Prometida.
A Parashá começa com um chamado a ‘guardar’ – manter os mandamentos proferidos na Torá. Como recompensa, D-us vai também guardar sua aliança e graça (Chesed) que ele fez a nossos pais, Abraão, Isaque e Jacó. Obediência
aos mandamentos (Mitzvot) produzirá vários tipos de bênçãos. Com efeito, os filhos de Israel seriam ‘abençoados sobre todos os povos’, livres de todo tipos de doenças, vivendo em vitória na Terra Prometida. Sem medo de nada, pois estaria no meio deles Adonay El Gadol v’nora – Adonay Deus forte e poderoso
O aviso contra o Orgulho
Moisés em seguida lembrou a Israel que; ‘para eles estava sendo dada a terra, não
porque eles foram melhores do que outras nações ou mais justos.
Mas porque O S-nhor estava usando os Israelitas como uma forma de juízo sobre as sete nações perversas Cananeias que moravam lá, e porque o S-nhor tinha anteriormente prometido dar a terra para os descendentes de Avraham Avinu (Abraão Nosso Pai)’. Pra mostrar que tinha razão, Moisés, em seguida, contou ao povo toda uma lista de seus pecados recentes. Mesmo após diretamente de ouvir a voz de D-us no Sinai.
A Luz de tudo isto é – ‘a Chesed – Graça de D-us e Sua misericórdia sobre Israel’, Moisés apela para o povo, fazendo uma pergunta retórica: ‘E agora, Israel, o que Adonay teu Deus quer de vocês; é que tenham Temor do S-nhor (Yirat Adonay), e que caminhem no caminho do S-nhor que amem o S-nhor de todo coração para que pratiquem os seus Mandamentos (Mitzvot), para o seu próprio bem?
O Temor do S-nhor – Yirat Adonay significa ‘estar na presença de D-us em todos os momentos da nossa vida’. É a percepção consciente de que D-us nos vê e está profundamente preocupado com as nossas vidas. ‘Há um olho que tudo vê e uma orelha que ouve e todas as nossas ações são escritos em um livro’ (Talmud Pirkei Avot 2: 1).
Por conseguinte, somos chamados a “circuncidar nossos corações” remover a dureza dos nossos corações e não ser teimoso (ou pessoas de dura cerviz), a fim de praticar os Mandamentos (Mitzvot) de D-us na Torá.
Segundo o Rabino Maimônides (1135 – 1204 Espanha), isso é o que significa a ‘circuncisão do coração’ ou seja, que toda rebeldia contra os mandamentos e cobiças constantes do coração sejam cortados.
Assim, portanto, retornarmos ao tempo antes do pecado do primeiro Adão quando ‘fazer o bem’ era algo da natureza humana e não tínhamos a vontade de fazer o oposto (Rambam, comentário sobre A Torá, Rabino Dr. Charles b. Chavel; volume 5, p. 341).
O Emissário Paulo ensinava que o ato da circuncisão foi concebido para ser o sinal externo do que não é visível, aparentemente, ou seja, um profundo compromisso com os mandamentos e com D-us (Romanos 2:28-29). Ou seja, a ‘circuncisão do Coração’ leva uma vida inteira.
Os três verbos
Considere Deuteronômio 7:12. Sucederá, pois, que, SE ouvirdes estes preceitos, e SE os guardardes e SE cumprirdes, Adonay teu Deus te guardará a aliança e a graça (Chesed) que com juramento prometeu a teus antepassados;
Nesta Parashá, Ekev, D-us faz exigências de nós. Existem três verbos concentrados em uma frase, ligada a regulamentos ou sentenças: ouvir ou preste atenção; obedecer ou guardar; fazer ou cumprir.
Eis as três etapas que são necessárias de obedecer a D-us:
1° temos de estar preparados para ouvir, para realmente ouvir a D-us. Se nós não prestamos atenção, não vamos ouvir. E se não ouvirmos, em seguida, não saberemos o que se espera de nós, nem como o que fazer, portanto, é impossível agradar a D-us se não ouvirmos a ELE (na sua palavra – nas Escrituras, nçao em supostas revelações).
2° tendo ouvido os mandamentos (Mitzvot) de D-us, há a importância que nós colocamos sobre eles. Para que eles fiquem conosco, temos de manter ou guardá-los, reconhecendo o que Yeshua (Jesus) disse a certos dirigentes da Judéia em João 5:39 – Estudam as Escrituras, porque sabeis ter nelas a vida eterna; e são elas que dão testemunho de mim;
Toda vez que lemos a Torah publicamente na Sinagoga, nós agradecemos à D-us por ter ‘plantado vida eterna no nosso meio’. Não é suficiente apenas ouvir
D-us falar para nós, temos de reconhecer o valor do que D-us diz: ‘isto é, os Seus Mandamentos (Mitzvot)’. Mantê-los fresco nas nossas mentes e guardá-los de serem perdidos ou corrompidos.
3° Não importa quão bem nós ouvimos e estudamos a palavra de D-us na Torá, não valerá de nada, sem se pôr em prática e fazer o que D-us diz na sua Torá. Como Sh’liach Ya’akov ach Yeshua (apostolo Tiago irmão de Yeshua) ensinava; Não se enganem; não sejam apenas ouvintes da palavra, mas a ponham em prática. (Tiago 1:22).
Considere 1°João 2:3-4 E nisto sabemos que o conhecemos; se guardamos os seus mandamentos (Mitzvot). Aquele que diz: Eu O (D-us) conheço, e não guarda os seus mandamentos (Mitzvot), é mentiroso, e nele não está à verdade; (Yeshua é a verdade).
Isso força a pergunta: como Yeshua andou? Ele seguia a Torá de seu D-us! Não é só por ouvir e guardar a palavra de D-us, mas também por fazê-la e obedecê-la, que podemos avançar em obediência e relacionamento com D-us.
Nenhum relacionamento pode basear-se em ignorar ou não dar ouvidos aos desejos do outra pessoa. Yeshua informa a seus Talmidim (discípulos) em João 15:10 Se obedecerem aos meus mandamentos, eu continuarei amando vocês, assim como eu obedeço aos mandamentos (Mitzvot) do meu PAI e ele continua a me amar. (João 15:10)
A forma de melhorar nosso relacionamento com D-us é ouvir cuidadosamente sua voz, guardar cuidadosamente o que ELE nos diz e depois se Certifique que façamos tudo que ELE diz. Se, ouvirmos, mantermos e cumprirmos seus Mandamentos (Mitzvot), então nos ELE manterá na sua Aliança (Brit) e a sua graça (Chesed). (Deuteronômio 7:12)
Lembre-se
Se está escrito em Deuteronômio 8:1-2 Todos os mandamentos que hoje eu vos ordeno cuidareis de observar, para que vivais, e vos multipliqueis, e entreis, e possuais a terra que o S-nhor, com juramento, prometeu a vossos pais. E te lembrarás de todo o caminho pelo qual o S-nhor teu D-us tem te conduzido durante estes quarenta anos no deserto, a fim de te humilhar e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias ou não os seus mandamentos.
Por que temos que recordar? Há três razões:
*Lembrar nos ajuda a compreender o passado. Apenas quando você olha para o passado você pode compreender o que D-us estava fazendo e como ele trabalhou em seu nome. Se você realmente deseja amar a D-us, pense como ele trabalhou na sua vida. (obs: isto não é ficar preso ao passado ou viver no passado)
*Lembrar nos ajuda a ser gratos. Quando você se lembrar do que D-us tem feito para você na sua vida, você pode fazer alguma coisa para dar-LHE graças.
Os filhos de Israel murmuraram e queixaram-se constantemente, mas se esqueceram foram escravos no Egito. Só recordaram as cebolas, alho e peixe,
mas esqueceram de como tinham um trabalho árduo e escravo todos os dias. Sem liberdade.
*Lembrar ajuda a nos manter longe de sermos orgulhosos. Quando você se lembrar de D-us, e como ele trabalhou no passado, você deve se lembrar de dar a ELE, o crédito.
Não era para Israel Escolher entre os Mandamentos que deviam seguir. Os Mandamentos são uma única entidade, tecida em conjunto em um único pano.
A palavra mandamento é freqüentemente encontrada no singular (Mitzvá) quando se refere à unidade do todo corpo de mandamentos constantes da Torá.
Por exemplo, está escrito em Mateus 15:3, Ele, porém, respondendo, disse-lhes: E vós, por que transgredis o Mandamento (Mitzvá) de D-us por causa da vossa tradição?
Paulo também escreve em Romanos 7:12. … A Torá é santa e o Mandamento (Mitzvá) é sagrado é justo é bom.
A Torá sempre foi entendida como sendo uma unidade plena. Foi mais tarde que Teólogos cristãos, começando com Tertuliano em 160-225 D/C, sem base bíblica, que desmembraram a Torá nas categorias de lei moral, civil, e cerimonial.
E esta teologia e dogma é usada em todo cristianismo ate os dias de hoje
Nem Moisés, nem os profetas, nem Yeshua o Messias, nem seus apóstolos nunca consideram tal categorização da Torá.
Como guardar [cada mandamento] em função de cumpri-los?
1° Saiba o que D-us ordenou. Isso significa que você deve estudar sempre a palavra de D-us para saber o que ELE instruiu. Você não pode cumprir os mandamentos de se não souber nada sobre eles.
2°Disciplina sua vida a obedecer aos mandamentos de D-us. Isto significa coordene sua vida para que tenha o tempo e os meios para obedecer a D-us.
3° Incorporar em seu cotidiano essas coisas que promovem o seu crescimento na fé. Obedecer a D-us requer a fidelidade. Quanto mais você definir andar nos aspectos de D-us, mais exigirá sua dependência completa sobre ELE.
Moisés lembrou ao povo de Israel as provisões de D-us durante os anos de sua viagem pelo deserto vieram como um teste. D-us levou-os no propósito de: humilhar e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardaria ou não os seus Mandamentos.
Isto é uma valiosa lição: as dificuldades que você pode ter ou passar pode ser para provar a realidade da sua fé e fidelidade, seu amor por D-us. Para aceitar tempos difíceis requer confiar em D-us.
A confiança em D-us começa com a confissão fundamental que D-us é bom.
E que Gam zú le’Tová (tudo coopera para o nosso bem) está escrito em Romanos 8:28,
וְכָל־הַמַּעֲשִׂים יָדַעְנוּ כִּי יַעְזְרוּ יַחְדָּו לְטוֹבָה לְאֹהֲבֵי אֱהִים הַקְּרֻאִים בְּסוֹד עֲצָתוֹ׃
E sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a D-us, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.
Está escrito
Deuteronômio 8:1-3 Todos os mandamentos que hoje eu vos ordeno cuidareis de observar, para que vivais, e vos multipliqueis, e entreis, e possuais a terra que Adonay, com juramento, prometeu a vossos pais. E te lembrarás de todo o caminho pelo qual Adonay teu Deus tem te conduzido durante estes quarenta anos no deserto, a fim de te humilhar e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias ou não os seus mandamentos. Sim, ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que nem tu nem teus pais conhecíeis; para te dar a entender que o homem não vive só de pão, mas de tudo o que sai da boca de Adonay, disso vive o homem.
O Maná era um alimento advindo de um milagre, um lembrete diário para os hebreus que D-us era sua fonte de vida, de sustento e de proteção. O Maná não era de parte da ordem natural das coisas. Era uma “nova criação” todos os dias, provenientes da boca do S-nhor diariamente.
Todas as coisas que vieram da “boca” de D-us, virem a existência por sua Palavra. Quando Moisés afirmou, em Deuteronômio 8:3, que o ser humano vive por tudo que procede da boca de Adonay, ele lembra a todos nós e que todo Os Universos foram criados pela Palavra que procede de D-us.
O Maná, que diariamente descia dos céus, simboliza a Palavra Divina de D-us (Memra/Logos) entrando no mundo (João 1:1). Eis porque Yeshua (Jesus) referiu-se como o Pão que desceu dos céus. Ele é a Memra (Palavra) de D-us, e está Memra (Palavra) se tornou Humano (carne).
Considere João 6:32-35 Yeshua disse: – Eu afirmo a vocês que isto é verdade: não foi Moisés quem deu a vocês o pão do céu, pois quem dá o verdadeiro pão do céu é o meu Pai… Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais terá fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede
Esses versos conectam com os de Deuteronômio 8: 3, no sentido messiânico, Yeshua, o Maná vindo dos céus, o Verbo Divino que produto de D-us o Pai. Não vivemos pelo sustento deste mundo sozinho, mas pelo Messias, o pão da vida.
Legalismo & obras da Lei?
Considere Filipenses 2:12-13, …desenvolvei a vossa salvação com temor e tremor…
Como você pode desenvolver sua própria salvação? Este é princípio primordial da obediência aos Mandamentos (Mitzvot) de D-us, como expressão de amor a D-us; você procura guardar e cumprir os mandamentos de D-us porque você é uma pessoa ‘salva’ e não em ordem de obter uma salvação.
‘Obedecer e guardar os mandamentos de D-us no meio dos círculos cristãos seja lá qual for, tem o rótulo de legalismo, e por conseqüente é obras, e obras é legalismo, portanto obras devem ser evitadas. (este tipo de pensamento é um erro)’
Muitos crentes agarram, consciente ou inconscientemente, na convicção de que aceitar Yeshua (Jesus) como senhor e Salvador é a última coisa ou ato de obediência que necessitam de fazer. Isto é verdadeiro quando aplicado a nossa salvação. E não é verdadeiro Quando se trata de como vamos viver nossa vida como uma pessoa salva.
Como discípulos do Messias, nossa herança é D-us. Estamos vinculados a cumprir os Mandamentos (Mitzvot) de D-us ou perder a nossa herança. Yeshua fez uma declaração sobre isto:
Considere Mateus 7:21-23 ” Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.’ Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitos milagres? Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade (anomos – sem Lei ou Sem Torá).
Qual a iniqüidade que Yeshua fala aqui? Ele fala da única lei universal e eterna que é a Torá, as leis de Adonay nosso Deus.
(Iniqüidade no grego é anomos ou anomia que significa sem Lei ou Sem Torá)
Quando a Bíblia fala de obediência a D-us, o que realmente significa é obediência as Mitzvot (mandamentos-leis) de D-us. O que mais existe para ser obediente do que isto?
Algumas pessoas em certos círculos religiosos principalmente “pentecostais” desenvolveram uma doutrina de acreditar que tudo que devem obedecer são diretamente transmitidos de D-us para eles de alguma forma Sobrenatural, revelação, ou não é para eles.
Tem a doutrina perigosíssima de acreditar que a palavra escrita de D-us é submissa a um pensamento ou a instrução que o S-nhor coloca em suas mentes por meio do Seu Espírito Santo (Ruach Hakodesh). O S-nhor coloca pensamentos nas nossas mentes desta forma? Sim. Mas ele fala através de seu espírito para anular e modificar as próprias leis que firmou? Absolutamente não!
Grandes evangelistas, Pregadores e professores de Bíblia tiveram grades quedas e o cristianismo tem fracassado quando eles deram ouvidos às supostas palavras do senhor através de um suposto “espírito santo” ou através das “famosas revelações” que doutrinava ao contrario da palavra escrita de D-us. Eles acreditam que o que estava nos seus corações era superior aos mandamentos escritos de D-us.
Se D-us diz na sua palavra que o sétimo dia é um dia separado pra santificá-lo e guardá-lo, Pode uma pessoa cheia do Espírito Santo de D-us falar diferente disto? Claro que não!
Considere o que está em 2°Timóteo 3:16-17, Toda Escritura é inspirada por D-us e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra.
A única Escritura que o Aposto Paulo esta se referindo aqui é definitivamente o Tanach – chamado “velho testamento” pelos cristãos. Quando Paulo escreveu este CARTA a Timóteo a Torá e os profetas e etc. eram tudo que existia. Não existia o “novo testamento” como conhecemos hoje, que só veio a existir mais de 300 anos depois de Cristo.
Qual é a fonte de ensino, reprovação, correção e aprendizagem do que é a justiça? É a palavra escrita de D-us. Porque precisamos desta aprendizagem?
O Apostolo Paulo nós diz que necessitamos aprender os Mandamentos (Mitzvot) de D-us na Torá (escrituras) com a finalidade de fazer as boas obras.
A Bíblia nunca diz que buscar “obras” é ser legalista, nem nunca diz aos crentes ou aos Filhos da Aliança para abandonar a obediência os Mandamentos de D-us e “obras”.
Os filhos de Israel não foram redimidos, pelos mandamentos dados por D-us e também depois que estavam prestes a entrar na Terra prometida, não lhes foi dito para abandonar e descartar as leis e mandamentos de D-us e seguirem suas próprias mentes.
Isto também se aplica a nós hoje. Nós não fomos redimidos por Yeshua o filho de D-us, para depois descartar e desobedecer aos mandamentos de D-us.
Necessitamos aprender e viver por esses Mandamentos (Mitzvot) agora, durante nossa vida aqui na terra. Por qual razão? Vamos viver por essas mesmas leis e mandamentos em toda a eternidade. Pode ter uma expressão diferente na eternidade em comparação com agora? Sim, até certo ponto.
A Torá, praticada na época, se expressa diferentemente hoje.
Na verdade, parte da missão de Paulo foi explicar algumas das maneiras que a Torá foi “se transformando” na chegada do Messias.
Obediência e benção
Deuteronômio 11:22-25 Porque, se diligentemente guardardes todos estes mandamentos que eu vos ordeno, se amardes ao S-nhor vosso D-us, e andardes em todos os seus caminhos, e a ele vos apegardes, também o Senhor lançará fora de diante de vós todas estas nações, e possuireis nações maiores e mais poderosas do que vós. Todo lugar que pisar a planta do vosso pé será vosso; o vosso termo se estenderá do deserto ao Líbano, e do rio, o rio Eufrates, até o mar ocidental. Ninguém vos poderá resistir; o S-nhor vosso D-us porá o medo e o terror de vós sobre toda a terra que pisardes, assim como vos disse.
Para quem confia nas promessas de Adonay, não há uma ordem correta de confiança. Confiança deve preceder a fé e confiança deve preceder obediência, mas qual o tipo de fé aceita por Adonay? É aquela que flui naturalmente em obediência. Obediência na verdade nunca vem depois da fé, nem é uma emenda da fé. É sempre o resultado da verdadeira fé bíblica. A Fidelidade a D-us
Cumprir os Mandamentos (Mitzvot) de D-us é um “estado de espírito” e uma função diária! Nunca é uma regra sistemática, fria e obrigatória!
*Legalismo- é guardar a Torá por razões para obter justificação e salvação, ou para melhorar o nosso ‘status Quo’ com Adonay, para receber um favor especial. Isto é um desvio da Torá. A Observância da Torá é de coração!
É a nossa ação natural, exortada e habilitada pela Ruach Hakodesh (Espírito Santo de D-us) dentro de nós! É o resultado de ter A Torá colocada em nosso coração, como novas criaturas no Messias. Não é algo que fazemos para nos tornarmos salvo, mas algo que fazemos porque nós somos salvos!
No cristianismo, a opinião predominante da Torá é: que a lei foi dada para demonstrar a nosso estado pecaminoso e que precisávamos de um salvador. O pressuposto foi que a impossibilidade de “cumprir a lei” foi à razão principal pela qual ela foi dada.
Este ensino alem de muito difundido no cristianismo ate hoje, está totalmente errado! E contrario ao que D-us falou em Deuteronômio.
Considere Deuteronômio 30:11-14, Os mandamentos que hoje estou dando a vocês não são difíceis de entender, nem de cumprir. Não estão lá em cima, no céu, de modo que vocês perguntem: “Quem subirá até o céu a fim de nos trazer os mandamentos, para os ouvirmos e cumprirmos? Nem estão do outro lado do mar, de modo que perguntem: “Quem atravessará o mar a fim de nos trazer os mandamentos, para os ouvirmos e cumprirmos?” Pelo contrário, as palavras muito perto com vocês; no coração e na boca para cumpri-las.
A resposta é porque a pessoas que ainda necessitam da lei de D-us como um guia para vida, mesmo se eles imperfeitamente a cumpram. A Torá manteve os critérios para Israel, a Aliança e fidelidade a D-us.
Mas se, na verdade, ouvires a sua voz, e se fizeres tudo o que eu disser, então EU serei inimigo dos teus inimigos, e adversário dos teus adversários. Êxodo 23:22
Curiosidades
Tu b’av: o 15°dia do Mês de Av – 25 de julho no nosso calendário é um dia anual da celebração do amor e carinho, ou seja, hag haAhavah: “dia do Amor” e no Israel moderno é comemorado como um tipo de ‘Dia dos Namorados’ (embora esta data hebraica seja muito mais antiga do que o moderno Dia dos Namorados).
A primeira menção de Tu B’Av (15 de Av) consta na Mishná (Talmud), onde o Rabino Shimon Ben Gamliel ensina dizendo: ‘não há melhores dias (ou seja
dias felizes) para o povo de Israel do que o 15° de Av ate o dia de Yom Kipur, uma vez que entre estes dias as filhas de Israel saem de vestido branco para dançar entre os vinhedos’. ‘Onde elas saem dizendo: Jovem, considere quem você optará por ser sua esposa’… (Taanit, Cap. 4).
Uma vez que é a “última” comemoração judaica do ano, profeticamente 15° de Av – Tu B’Av fala muito do nosso Kedushim (casamento) com o Cordeiro de D-us, O Messias. (Apocalipse 19:6-9).
Em Gênesis 13, lemos como Abraham (Abraão) e seu sobrinho Lot (Ló) tinham rebanhos consideráveis, mas infelizmente, seus servos começaram a discutir.
Os pastores que cuidavam do rebanho de Abrão começaram Riv – contenda com os que tomavam conta do rebanho de Ló…
Gênesis 13:7
Disse Abrão a Ló: Não haja Merivah – contenda entre mim e ti e entre os meus pastores e os teus pastores…
Gênesis 13:8
Por que no verso seguinte Abraham sugere para Lot mudar para outra cidade? ‘Peço-te que te apartes de mim Gênesis 13:9’. Não é esta uma solução desnecessariamente dramática para uma pequena discussão entre alguns pastores de rebanho?
Errado! Há muito mais nesta história, uma das pequenas coisas é; A palavra hebraica usada para contenda (briga, discussão, rixa) no versículo 7 é diferente da palavra hebraica geralmente mais usada para contenda (briga, discussão, rixa) no versículo 8.
Dê uma olhada neles aqui:
ריב מריבה
Gen. 13:7 Gen. 13:8
A palavra hebraica mais curta Riv é a palavra mais simples para contenda (rixas, brigas, discussão). Isso significa que é apenas isso – uma contenda (brigas, discussão, rixas). No entanto, a palavra hebraica, MeRiVaH tem 2 letras extras. Uma letra ‘Mem’ na frente e uma letra ‘Hei’ na final.
A letra hebraica ‘Hei’ muda o gênero de para substantivo feminino. Podemos fazer uma alusão que; isso significa que a coisa ou a idéia descrita pelo substantivo “tem a capacidade feminina para dar gerar”. A letra hebraica ‘Mem’, em forma como um útero também transmite a idéia de transformar um conceito (concepção) em uma realidade (“bebê”).
Um argumento masculino RiV não pode dar nascimento. Mas um argumento feminino MeRiVaH tem a capacidade de dar à luz para futuras gerações de argumentos e contendas (rixas, brigas e etc.).
A antiga sabedoria judaica nos ensina que esta não era uma briga sem importância. Os Pastores de cada rebanho agiram de maneira que refletiam os valores dos ensinamentos e visão do seu chefe.
Abraham entendeu que ele e seu sobrinho Lot discordavam sobre os princípios básicos do “negócio”, a “visão” de cada um estava em focos diferentes.
Esta é uma madura orientação para pessoas e seus negócios. Abraão aqui nos ensina que contendas ou argumentos pequenos podem ter o potencial para se tornarem grande complicações futuras se não tomarmos uma ação drástica, pois algumas vezes é necessário ser drástico para preservar os relacionamentos e proteger a harmonia entre as pessoas.

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