כי תבוא Ki Tavo (quando você entrar)
כי תבוא
Ki Tavo (quando você entrar)
PARASHÁ: Deuteronômio 26:1 – 29:8 (* 9)
Haftará: Isaias 60:1-26
Brit Hadashá: Lucas 24:44-53
Yerushalayim – Jerusalém
Jerusalém é mencionada pelo nome mais de 600 vezes nos livros do Tanach -(“velho testamento”) e varias na Brit Hadashá (“novo testamento”), mas nenhumas dessas menções podem ser encontradas na Torá, os cinco livros de Moisés, propriamente dito.
Em vez disso, Jerusalém é conhecida por outros nomes.
E Malki-Tzedek rei de Shalem, levou pão e vinho, era Sacerdote de El Elion… (Gênesis 14:18).
Como sabemos que Shalem (Salem), que ‘significa’ paz e plenitude, refere-se à futura cidade de Jerusalém? Bem, O Rei David anunciou que o Templo seria construído lá: E seu Tabernáculo esta em Shalem e sua morada em Tzion… (Salmos 76:2)
Outro ‘nome’ para Jerusalém é Moriah, como podemos ver esses dois versos:
E D-us disse: leva seu filho, seu único filho, a quem você ama, Isaque para a região de Moriah… (Gênesis 22:2)
E Salomão começou a construir a ‘casa de D-us’ em Jerusalém, no Monte Moriah onde D-us aparecera a Davi, seu pai… (II crônicas 3:1)
A primeira vez que Jerusalém é mencionado pelo nome com o qual estamos familiarizados, está no livro de Josué: E foi quando Adoni-Tzedek, rei de Jerusalém, ouvi que Josué tinha conquistado Ai… (Josué 10:1)
Você notou que ambas os reis de Jerusalém que nós encontramos até agora têm a palavra Tzedek, ou seja, justiça, em seus nomes? Malki-Tzedek e Adoni-Tzedek. Outra pessoa identificada como um rei de Jerusalém também tem Tzedek, em seu nome. Tzedek-Yah e tinha vinte e um anos de idade quando começou a reinar; Ele reinou onze anos em Jerusalém… (II Reis 24:18)
Jerusalém pronunciado em Hebraico é Yerushalayim, implica um lugar de paz divina e plenitude.
Paz e Plenitude são baseadas em uma visão correta da Justiça e da verdade Moral de D-us.
A Paz verdadeira (Shalom) raramente chega através de covardia e ou “apaziguamento”.
A Paz verdadeira (Shalom) é o resultado de fazer a coisa certa e garantir uma conclusão justa.
Às vezes o único caminho para uma verdadeira paz ou plenitude (Shalom) passa pela dor do conflito, porque uma paz sem justiça (ou retidão) não há paz. É simplesmente um “cessar-fogo” temporário.
O nome de Jerusalém não podia ser derramado sobre esse lugar especial até que os filhos de Israel chegassem à terra Prometida na liderança de Yehoshua – Josué sob comando de D-us.
Porque de Sião sairá a Torá (lei), e a Palavra do S-nhor, de Jerusalém.
Isaias 2:3 – Miquéias 4:2
A Leitura da porção da Torá para esta semana inclui estas palavras: ‘porque se vocês não servirem ao S-nhor seu D-us com agrado e alegria de coração, devido à abundância de todas as coisas, portanto [todas estas maldições virão sobre vocês]… ’ (Deuteronômio 28:47-48).
A Alegria é um pré-requisito para servir a Adonay e a verdadeira felicidade é encontrada na graça (Chesed) que ELE nos fornece através da Sua vontade.
Na verdade, a palavra grega para alegria usada no Novo Testamento está relacionada com a palavra Graça, então há uma ligação profunda entre receber Chesed – graça e experimentar alegria – Simchá (Filipenses 4:4).
Às vezes, é claro, é difícil expressar alegria, especialmente quando nos sentimos oprimidos ou tristes devido às varias circunstâncias na vida. As escrituras nunca desprezam ou omitem os nossos estados emocionais (leia Salmos 13 ou Salmo 88, por exemplo), ‘mas uma nota subjacente da Chesed – graça é sempre soada’, mesmo em dolorosos momentos e épocas. “Esta é a nossa consolação no momento de sofrimento… triste ainda, mas ainda alegre”.
E isso funciona também a maneira oposta, pois mesmo nas nossas mais alegres ocasiões, como a grande Simchá – Alegria de um casamento, a ‘Taça é quebrada’ para lembrar-nos que a nossa alegria eterna não está ainda completa… ‘
Vivemos em uma realidade de “já, mais não ainda” de existência. ‘Nossos melhores momentos encontram-se sujeitos feixes de sombras; nossas horas mais escuras são iluminadas com feixes de esperança de um novo dia e na Eternidade por vir’.
Como Paulo disse, ‘os sofrimentos neste momento não valem a pena comparar com a glória que está para ser revelada a nós’ (Romanos 8:18).
O Alvorecer de uma nova era e de uma nova existência para nós está às portas, haverim (Amigos)…
A Haftará para Ki Tavo
A Haftará (porção de leitura dos profetas) para esta semana descreve a salvação futura do povo judeu e de Israel em geral.
D-us promete brilhar sua gloriosa luz sobre o povo judeu, apesar da hora de trevas e da tribulação que está vindo sobre a Terra:
Considere; Dispõe-te, resplandece, porque vem a tua luz, e a glória do S-nhor nasce sobre ti… As nações se encaminham para a tua luz, e os reis, para o resplendor que te nasceu… Isaias 60:1-4.
Depois da grande tribulação, Yeshua (Jesus) o Rei Messias estabelecerá o Reino Milenar sobre a terra e todos os filhos de Israel exilados irão ser reunidos na terra de Israel. (Apocalipse 20:7-9)
Além disso, todas as Nações sobreviventes fluirão para terra de Israel trazendo presentes em louvor ao D-us de Israel, o D-us do Universo (Isaias 60:6-9).
Os muros da cidade de Jerusalém serão reconstruídos pelos estrangeiros e os seus Governantes virão servir o povo de D-us (Isaias 60:10).
Os portões da cidade de Jerusalém serão estarão abertos para as riquezas das Nações para serem derramadas em Tzion (Sião) e todos os povos do Planeta estarão sujeitos ao reinado do Messias (Isaias 60:11-12). (Apocalipse 20:7-9)
A Haftará (porção de leitura dos profetas) termina com a visão dos ‘Novos Céus e nova Terra’, um lugar onde a glória de D-us irá iluminar Tzion (Sião) para sempre:
Em Jerusalém – Nunca mais te servirá o sol para luz do dia, nem com o seu resplendor a lua te alumiará; mas o S-NHOR será a tua luz perpétua, e o teu D-us, a tua glória. (Isaias 60:19-20).
Esta mesma visão é descrita no livro de Apocalipse 21: 23 – 22:5. A CIDADE não precisa nem do sol, nem da lua, para lhe darem claridade, pois a glória de D-us a iluminou, e o Cordeiro é a sua lâmpada…
Esta é a imagem de conforto eterno, onde Tzion (Sião) será estabelecida na Terra, assim como D-us ‘tinha planejado’.
Todos os do teu povo serão justos, para sempre herdarão a terra; serão renovos por mim plantados, obra das minhas mãos, para que eu seja glorificado… Isaias 60:21-22.
Em suma, esta parte descreve a salvação dos Filhos de Israel, e do povo Judeu
(veja Romanos 11:26; Isaias 59:20-21; Jeremias 3:17; Ezequiel 37:21; 39:25, Ósseas 3:5; Joel 3: 16, Amos 9:14-15, Miquéias 7:15, Zacarias 10:12, apocalipse e etc.).
Até lá não pode ter nenhum; ‘novos céus e nova terra’ até que; ‘Todo o Israel será salvo’.
D-us prometeu a Tzion (Sião) que tornarão um louvor em toda a terra e
D-us vai cumprir sua palavra para os Filhos de Israel e o povo judeu…
Quando Entrares….
Deuteronômio 26:1-2, E será que; quando entrares na terra que o S-NHOR teu D-us te der por herança, e a possuíres, e nela habitares, Então tomará das primícias de todos os frutos do solo, que recolheres da terra, que te dá o S-NHOR teu D-us, e as porás num cesto, e irás ao lugar que escolher o S-NHOR teu D-us, para ali fazer habitar o seu nome.”
As primícias (bikurim) são os produtos listados em deuteronômio 8:8; as Shevat haminim: trigo e cevada, uvas, figos e romãs; oliveiras, tâmaras. Assim que o agricultor hebreu via os primeiros frutos a brotarem ele marcava estes frutos com uma fita vermelha para indicar que aqueles seriam os bikurim (os primeiros frutos), após a colheita destes primeiros frutos eram colocados em uma cesta e levados a Jerusalém em grande alegria para serem levados ao Templo.
No Talmud na Mishná Zeraim – Peah 1:1, nossos rabinos falam sobre coisas que são incalculáveis, ou seja, que tem grande valor nesta ‘Presente Era’ (Olam haZê) e também na ‘Era por vir’ (Olam HaBá) dentre tais coisas há os atos de bondade – Gemilut Hasadim ou seja, tais como honrar o pai e a mãe, buscar a paz, ser generoso, buscar a justiça e etc.
Porem segundo a Mishná o maior de todos estes atos de bondade é; Talmud Torah keneged kulam que significa o estudo da Torah se iguala a todos (a estes atos de bondade).
Cada palavra da Torá que você estuda é equivalente aos 613 mandamentos juntos. No ‘Orchrot Tzadikim’ (um popular código de ética judaica) nós acrescenta que uma recompensa por cumprir algo com alegria (Mitzvá be’Shimchá) é muito maior do que aquele que cumpre um mandamento com tristeza. Há um dever, mas há de haver alegria amigos…
Gemilut Chassidim – o Desempenho do Amor & Bondade (Gálatas 5:22-23)
Os escritos bíblicos e rabínicos estão repletos de referências ao significado, necessidade e qualidades redentoras desta Mitzvá.
Gemilut Chassidim é o próprio alicerce e pilar do universo.
Sem justiça social e verdade moral, integridade e compaixão encerradas no conceito de Gemilut Chassadim, (vide Gálatas 5:22-23) não pode haver sociedade; a humanidade não pode existir. Bereshit Rabba 3 8:7; Baba Metzi’a 30b
‘Aceite sobre si o jugo do Reino dos Céus para se excederem no temor dos Céus, e para conduzir uns aos outros com atos de bondade e amor’. Sifre, Ha’azinu, par. 323,
Orientar outras pessoas e ensinar-lhes Torá, então, é parte da Mitzvá de Gemilut Chassidim. Tendo isso em vista, assim como fazer alguém se afastar do caminho da Torá é pior que feri-lo fisicamente, assim também, cuidar do bem-estar “espiritual” daqueles que necessitam é melhor que a provisão das necessidades físicas. Sobre isso é declarado:
Eles que são sábios reluzirão como o brilho do firmamento, e aqueles que levam muitos à integridade serão para sempre como as estrelas (Daniel 12:3).
‘Seja como os discípulos de Aaron, amando a paz e promovendo a paz, amando a humanidade e aproximando-a da Torá. ’ (Talmud. Pirkei Avot 1:12)
‘Aproximando-os da Torá’ significa que deve-se influenciar as pessoas e levá-las sob as asas da Shechiná (a Divina Presença). Todo aquele que está sujeito à ordem de estudar a Torá é também ordenado a ensinar a Torá.
É nossa obrigação estudar e estudar, pesquisar aprofundar as escrituras sagradas, mas não é nossa obrigação chegar a uma conclusão final.
‘Com que se parece aquele cuja sabedoria excede suas boas ações?
Com uma árvore de muitos ramos e raízes poucas, e assim, quando sopra o vento, ele a arranca e derruba, pois foi dito:… ‚’ Porque será como o arbusto no deserto, não verá a chegada do bom tempo, viverá em lugares áridos do deserto, em terra estéril e inóspita. (Jeremias, 17:6)
Mas, com que se parece aquele cujas boas ações excedem sua sabedoria?
Com uma árvore de poucos ramos e raízes muitas, de modo que, embora todos os ventos do mundo soprem e a fustiguem, não a moverão do lugar, pois foi dito: Porque será como a árvore plantada à beira da água, que estende as suas raízes para o ribeiro, não receia quando vem o calor, a sua folha fica sempre fresca; e no ano de secas não se afadiga nem deixa de dar frutos (Jeremias, 17:8)
A Torá, entretanto, também se descreve como uma ‘aquisição’ de Israel (Provérbios 4:2), bem como a herança da congregação de Ya’akov (Deuteronômio 33:4).
כִּי כַמָּה אֲלָפִים מִן־הַיְּהוּדִים הָיוּ לְמַאֲמִינִים וְכֻלָּם מַחֲזִיקִים בַּתּוֹרָה
Bem vês, irmão, quantas dezenas de milhares há entre os judeus que creram, e todos são zelosos da Torá (atos 21:20)
Na Parashá desta semana inclui estas palavras: Por não haveres servido ao
S-nhor teu D-us com gosto e alegria de coração, por causa da abundância de tudo. Servirás aos teus inimigos, que o S-nhor enviará contra ti, em fome e sede, e em nudez, e em falta de tudo; e ele porá sobre o teu pescoço um jugo de ferro, até que te haja destruído. Deuteronômio 28:47-48
A alegria é um pré-requisito para servir ao S-nhor e a verdadeira felicidade é encontrada na graça DEle que nos permite continuar vivendo para cumprir seus mandamentos prescritos na Torah que é a vontade DEle.
E na verdade a palavra alegria em grego na Brit Hadashá (NT) e relacionada com a palavra grega para graça, então há uma profunda conexão em receber a graça (Chesed) de D-us e experimentar alegria. Filipenses 4:4
Algumas vezes ou em muitas vezes é difícil expressar alegria e felicidade principalmente quando nós nos sentimos depressivos e tristes por causa de diversas reações.
Lembre se as escrituras nunca descartam nossas emoções leia o salmo 13 ou o salmo 88, por exemplo. Mas note que uma indicação da Chesed (graça) de D-us é sempre relatada mesmo em momentos de profunda dor e depressão.
Esta é a nossa consolação na tristeza e na dor, sim buscando o regozijo e a alegria. Mas também em tempos de alegria, tais como em um casamento onde quebramos uma taça de vidro para lembrar-nos que ainda estamos tristes pela destruição do Templo, a Casa de D-us para todas as nações.
Também nos lembra que vivemos num mundo do ‘ainda não chegamos lá’ no nosso estado de existência, neste mundo de trevas nossa esperança está no mundo por vir e na eternidade. Pois tenho para mim que as aflições desta era presente (Olam hazê) não se podem comparar com a glória que em nós há de ser revelada. Romanos 8:18.
Nossos sábios Rabinos da antiguidade conectam a oferta da alegria dos primeiros frutos (bikurim) com o estudo da Torá, pois está escrito: tomarás dos primeiros de todos os frutos do solo deuteronômio 26:2. Isto alude a Torá a primeira parte da nossa sabedoria; O temor do S-NHOR é o princípio da sabedoria salmo 111:10.
Pois nos temos que buscar a sabedoria e a verdade na Torah de D-us como está escrito: antes tem seu prazer na Torá (lei) do S-nhor, e na sua Torá (lei) medita de dia e noite. Salmo 1:1-2
Josué (Yehoshua) realmente é uma alusão a Jesus (Yeshua), e até seus nomes são respectivamente iguais no hebraico derivam da mesma raiz hebraica Yashá da onde vem a palavra Yeshuah (salvação). Josué (Yehoshua) foi fiel ao S-nhor e amava a Torah, assim foi Jesus (Yeshua). Josué (Yehoshua) foi escolhido para atravessar o rio Jordão e introduzir o povo de Israel a terra prometida. Josué ordenou a circuncisão de todo o povo que no deserto não havia sido circuncidado antes de entrar na terra prometida, derrubou os muros de Jerico, destruiu os inimigos do S-nhor e ate proporcionou milagres na natureza. Há muitos paralelos entre Josué (Yehoshua) e Jesus (Yeshua) como nós podemos ver.
Há um Midrash Rabínico muito interessante que diz: quando Yehoshua (Josué) nasceu quase ninguém tomou conhecimento, mas quando ele morreu todo Israel tomou conhecimento. Mas de qualquer forma Israel não ficou de luto por sua morte como devia ter ficado, um estava trabalhando no campo nos vinhedos outro estava cuidando de seus afazeres e etc.
Então o Hakadosh Baruch Hú (D-us) fez com que houvesse um grande terremoto para chacoalhar o mundo. (Midrash Shmuel 23:7).
Isto também nós podemos tomar como uma alusão ao Messias Yeshua ben Yosef o servo sofredor no qual o nascimento poucos tomaram noticia e na sua morte todo o Israel o viu na cruz mas não ficaram de luto como deveriam e então D-us fez que um grande terremoto viesse para chacoalhar o mundo. E foi isto que a sua morte e ressurreição fez:
O Talmud possui grandes ensinamentos, não somente para os judeus.
A Torá foi entregue a Moisés no Sinai e nela contêm o modelo de ética e valores escolhidos por D-us para todos os homens. No Capítulo 5, Mishná 14, vemos um exemplo claro de como nossos sábios interpretam o sentido amplo destes valores. Diz:
‘Há quatro tipos de temperamento: O que é fácil de ficar com ódio e fácil de pacificar-se, a sua perda é anulada pelo ganho’. ‘O que é difícil de encolerizar-se e difícil de pacificar-se, o seu ganho é anulado pela perda’. O que é difícil de encolerizar-se e fácil de pacificar-se, esse é o Chassid (piedoso – Zeloso da Torá). O que é fácil de encolerizar-se e difícil de pacificar-se, esse é o perverso’.
Em qual destes quatro tipos de temperamento você se enquadra? A moral da história é que o homem é freqüentemente provado ao longo de sua vida.
O temperamento de uma pessoa é o parâmetro usado para definir a sua identidade. A cólera, ódio, raiva, ou falta de controle emocional, faz com que o homem seja analisado pelo Altíssimo por cada ato, palavra e gesto.
O Talmud ensina: ‘Quando um homem dá lugar a sua cólera, se ele for sábio, a sua sabedoria o abandona. Se for profeta, seu poder de profecia o abandona. E mesmo que o Céu tenha decretado grandeza para ele, quem quer que se encolerize será rebaixado’. (Talmud Pesachim 66b).
E também revela que ‘entre aqueles a qual o Santíssimo, bendito seja, ama está o homem que não se encoleriza, e aquele que faz vistas grossas às causas de irritação que nos fazem buscar a retaliação’ (Midrash Tehilim 86:1 – versão manuscritas de Ialcut Shimoni II).
O insensato mantém na língua a sua ira como bomba relógio: qualquer irritação está prestes a explodir e levar quem estiver por perto.
A pessoa que dificilmente se enfurece, aprende a ignorar provocações de situações familiares, profissionais e do cotidiano. Quem facilmente perde o controle da situação, eleva o tom da voz, se enraivece e não abandona este estado de espírito é considerado pela Halacha, um Rashá (perverso) ou uma pessoa má. “Aquele que se entrega a raiva, até a Shechiná, a Presença Divina, não tem importância para ele” (Talmud Nedarim 22b). O Rashá (Perverso) responde rápido às provocações. A Mishná (Talmud) usa a palavra lirtsot para o verbo “pacificar ou apaziguar” e ‘ser pacificado’ para lehitraot, palavra freqüentemente usada entre os judeus para desejar um ‘ate logo’ (“tudo de bom”) na língua hebraica.
As duas primeiras categorias de homens mencionadas na Mishná são consideradas intermediárias. Cada uma combina uma virtude com um defeito. Ao Rabi Nechuniá ben Hacaná foi perguntado certa vez a respeito do motivo de viver longos anos de vida. Ele respondeu que; ‘jamais havia proferido palavras negativas contra alguém e se o fizesse não as levava ao leito’. Ele sempre fazia as pazes no mesmo dia.
Rabi Ioná nos traz a informação que o Chassid (devoto – Zeloso da Torá) não é imune a ira, mas para ele é muito difícil enfurecer-se. No caso do neto de Aarão, Fineias o Cohen (sacerdote), o arremesso da lança que feriu de morte o príncipe de uma tribo hebréia juntamente com uma princesa pagã, foi necessário, pelo amor aos Céus (D-us). Salomão disse: “Em muita sabedoria há muito enfado” (Salmo. 145:7). A maior sabedoria está na sensibilidade e na consciência das injustiças, perigos, e tolices. A Mishná diz: “Que o sábio converta-se em um Chassid e controle sua ira”.
Aqueles cujas boas obras excedem a seu conhecimento, mantêm o seu conhecimento; mas se seu conhecimento é superior às suas boas obras, aquela alma não se manterá. Mas qualquer um que suas boas obras são mais que seu conhecimento, tal crescerá mais em conhecimento e boas obras. Qualquer um em que seu conhecimento das escrituras não superar seus bons atos Tanto seu conhecimento e seus feitos falharão.
Tratado Talmúdico Pirke Avot. Mishná capítulo 3, mishná 12

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