אלה הדברים – Devarim – Palavras

אלה הדברים – Devarim – Palavras

אלה הדברים
Elê haDevarim (estas são as palavras)
Parashá: Deuteronômio 1: 1-3: 22

Haftará: Isaias 1:1-27 – (Shabat Chazon)
Brit Hadashá: Atos 7:51 á 8:4

Palavras:
‘ELE te protegerá da destruição que as más línguas causam’.
(Jó 5:21)

A nossa capacidade de usar a ‘fala’ é talvez o que mais nos diferencia dos animais e o que mais nos vincula ao próprio D-us.

Na verdade, Palavras (Devarim) e a racionalidade são centrais à Tzelem Elohim – à imagem de D-us, Mesmo como O Messias representando a Imagem mais perfeita de D-us como a Memra ou Davar Elohim – A Palavra de D-us (Hebreus 1:3, João 1:1). Assim como também a Palavra de D-us ecoa; ‘Exista luz e a luz é’ (Genesis 1:3), as nossas palavras são o meio do qual como podemos experimentar e compreender e ate moldar a realidade.

Palavras, então, são poderosas e podem trazer adiante a luz e vida, embora tragicamente, elas também podem causar escuridão e morte. Como está escrito em Provérbios: ‘vida e morte estão poder da língua’ (Provérbios 18:21).

Um Midrash Rabínico (comentário) ensina sobre a semelhança morfológica entre a palavra hebraica Devarim – Palavras e Devorim – Abelhas. דבורים

As ‘palavras na Torá’ podem dar alegria e doçura a quem atendê-las (Salmo 19:10, Romanos 7:12), mas elas podem ser um veneno mortal para aqueles que não dão ouvidos a elas (2°Coríntios 3:6).

Da mesma forma, as nossas palavras podem ser usadas para construir, edificar, estimular, fortalecer, encorajar, confortar, alegrar e etc. ou elas podem ser usadas para derrubar, envenenar, causar dor, desestimular, destruir e etc.

Na maioria dos casos de ‘violência doméstica’, ou outros casos de violência e ruptura, começam sempre verbalmente…

Magoar os outros com as nossas palavras é sempre considerado como um dos mais terríveis pecados (o Lashon Hará) que é vinculado com a “lepra espiritual” (ou seja, a Tza’arat).

Uma pessoa que envergonha, humilha, degrada publicamente alguém, tal abuso verbal é considerado como se ele tivesse derramado sangue (assassinato). Isso às vezes é chamado de Ona’at Devarim – “roubar palavras” a serviço de um ‘espírito critico e cínico’ que humilha e degrada as pessoas. É uma espécie de “assassinato da alma”, e seus praticantes são chamados de “assassinos verbais”.
Até mesmo nossas verbalizações, a nossa própria fala, podem ser uma espécie de suicídio, ou podem ser suicidas em si.

Yeshua O Messias nos ensinou advertindo que; ‘se dizermos a alguém; “você é um idiota!”. ’ Isto nos coloca em perigo de condenação moral, …mas se dissermos a alguém; ‘você não vale nada’, isto nos coloca em perigo de maldição eterna (Mateus 5:22). Trata-se de justiça “igual para igual” – Midah Keneged Midah.

As nossas palavras de críticas revelam um sentido ilegítimo de Justiça própria que mostram um ‘olho cego’ para os nossos próprios defeitos de caráter. (Mateus 7:3-5, Lucas 6:41-42)
O Messias aconselha: ‘deixe que você diga simplesmente um ‘Sim’ ou ‘Não’; (Mateus 5:37).

É ensinado pelos Rabinos no Talmud; ‘onde não há nenhuma conduta adequada (da verdade moral), não há nenhuma Torá’ – Pirkei Avot 3:21.
Assim como quando não há nenhuma alegria, também não pode haver nenhuma verdadeira Nevuá – profecia.
Em outras palavras, nossas ações, e isso inclui o uso de palavras e as nossas verbalizações internas subjacentes e atitudes expressam e sempre superam a nossa mera profissão de fé. (religiosidade) – Fé e obras são dois lados da mesma moeda, inseparáveis.

Alegria, como o amor verdadeiro (tal como a tosse), não pode ser escondida…
‘Ele [Rabi Ben Azza] ensinava: não despreze nenhuma pessoa e não desconsidere nenhuma coisa. Porque não há nenhuma pessoa que não tem ‘sua hora’ e nenhuma coisa que não tem ‘o seu lugar’. (Talmud Pirkei Avot 4:3).

Que D-us nos dê um Ayin Tová – “olho bom” – e um coração que afirma palavras de vida, amor e gratidão para nós e para com os outros. Como está escrito: Que as palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, Adonay, rocha minha e redentor meu! -Salmo 19:14.

Há uma conexão com a data de Tishah B’Av com tudo isso, Haverim (Amigos)!
Os sábios Rabinos da antiguidade ensinaram que foi o “ódio gratuito”, ou seja, o Sinat Chinam, que levou o 2° Templo à destruição, e tempos depois a grande diáspora judaica (Talmud: Yoma 9b).

Mas lembre-se que Sinat Chinam significa literalmente ‘ódio da [sua] graça, (chen)’.
Em essência, a Sinat Chinam é a rejeição da graça de D-us. Isso também significa inveja ou mesmo repudio da bondade que vemos no próximo, que é Ona’at Devarim – “roubar palavras” a serviço de um espírito crítico e sínico e sacana…

Neste caso, na verdade, a crítica foi dirigida contra o próprio Messias, a personificação da graça e D-us, portanto, este Sinat Chinam na época do Templo representou a rejeição do Messias… É de admirar, então, que o Messias predisse a destruição do 2° Templo com base na rejeição dele por Israel (como nação). (Mateus 24:2)

Por que foram os dois Beit HaMikadesh – Templos destruídos?

Na data de Tishah B’Av – 9 de Av (cairá 29/07/12) relembramos a destruição dos dois Templos que foram destruídos na mesma data.
De acordo com os relatos dos antigos Rabinos no Talmud (Yoma 9b), o 1° Templo foi destruído (586 A/c.) por causa dos pecados de ‘idolatria, imoralidade, e
derramamento de sangue inocente’, mas o 2° Templo foi destruído (70 D/c) devido ao que os sábios da antiguidade chamavam de ‘ódio gratuito’.
Este ódio gratuito – Sinat Chinam é considerado um delito mais grave que ao anterior que levou à destruição do 1° Templo: Este por sinal levou 70 anos para ser reconstruído, o 1° Templo, mas o 2° ainda nós estamos esperando para ser reconstruído, culminando assim no chamado 3° Templo, mesmo depois de mais de 2000 anos…

Endurecimento do coração
Na porção de leitura da Torá (Deuteronômio 1:1 a 3:22) desta semana descreve como D-us endureceu o coração de Sihon, Rei de Chesbon, a fim de trazer sobre ele a sua própria destruição (Deuteronômio 2:30).
Tal como o Faraó que duramente se recusou a escutar a mensagem da salvação de D-us, Adonay endureceu o coração de Sihon para que ele não desviasse das finalidades e dos planos de D-us.

Observe que a Palavra hebraica para ‘endurecido’ (ou seja, hikshah) aqui é a mesma palavra usada para descrever a dureza de coração do Faraó a qual causou a morte dos primogênitos no Egito (Êxodo 13:15).

Pessoas que não levam em conta a D-us são descritas como aqueles que; ‘andam em futilidade dos seus próprios pensamentos ’ (Efésios 4:17). Eles estão escurecidos no seu entendimento, alienados da vida com D-us por causa da ignorância que está neles, devido a sua ‘dureza coração’ (Efésios 4:18).

Esta ‘dureza de coração’ leva a um Estado de insensibilidade ou apatia, a incapacidade de sentir, que é a própria falta de empatia ou compaixão (Efésios 4: 19).
As pessoas são cegas em sua compreensão e alienadas da vida com D-us devido à ignorância que vem de um ‘coração endurecido’. Coloque de outra maneira, tendo um ‘coração endurecido’ leva a ignorância, alienação de uma vida com D-us, a uma cegueira de compreensão e uma mente fútil… Mas, Observe que é o coração, ou o “ser interior”, que determina e que reconhece e que ignora.

O coração do ser humano é o centro (Provérbios 4:23) porque ele, “o seu ser interior”, determina as ‘questões da vida’.
Na verdade, a salvação propriamente dita é uma questão de acreditar na verdade da mensagem das boas novas no coração (Romanos 10:9).

Um coração que é insensível, indiferente, e insensível para as necessidades dos outros ‘são considerados como ‘endurecidos’’.

Ambos, Faraó e Sihon recusaram-se a simpatizar com o sofrimento do povo judeu e, assim, eles se tornaram encobertos na escuridão.
A ‘escuridão interna’ os levou a atos de crueldade que os alienou ainda mais da vida em D-us, devido à ignorância intencional deles.

Às vezes, a dureza do coração vem como resultado de viver em um sistema de um sistema decaído. Muitas pessoas vivem com o “tecido da cicatriz permanente” que envolve o coração, fazendo-os sentir-se ‘entorpecidos’ e não se abrem para confiar nas pessoas…
Seus afetos se tornam desordenados e seu ego prioriza a culpar os outros ou procurar diferentes desculpas para julgar os outros.
‘Endurecer seu coração’ pode significar suprimir qualquer consideração positiva sobre o próximo (empatia), enquanto também nutrir a raiva e ‘auto-justiça’.

Embora Yeshua (Jesus) sempre mostrasse grande compaixão, especialmente aos feridos e quebrantados de espírito (Isaias 42:3), Ele condenava regularmente a “dureza de coração’ (sclero-cárdia) dos arrogantes e dos tipos religiosos que eram contra sua obra de cura e amor.
Tais indiferenças em relação ao sofrimento dos outros fazia O Messias sentir tristeza (Marcos 3:5).
Não está na Torá explicitamente ensinado; ‘que nós não devemos endurecer o nosso coração contra os irmãos em necessidade’? (Deuteronômio 15).
Talvez o sinal indicador de ter um ‘coração endurecido’ é a recusa de ouvir (ou seja, obedecer) a palavra de D-us. (Ezequiel 3:7, Jeremias 5:23; 7:24).

Um ‘coração endurecido’ é uma forma de “Esclerose” que se torna fechado e impermeável ao amor dos outros e especialmente de D-us.

As Escrituras usam várias imagens para esta condição, incluindo um ‘coração de pedra’ (Ezequiel 36:26, Zacarias 7:12), um ‘coração incircunciso’ (Jeremias 9:26), de uma ‘dura cerviz’ (Deuteronômio 31:27), e assim por diante.
A Teimosia é realmente uma forma de idolatria, uma exaltação ao ‘ego’ que se recusa a render-se a D-us.

A circuncisão do Coração não é nada mais do que remover um revestimento duro, exterior, para que o coração se abra e receba a Torá de D-us e escute os mandamentos de D-us (Deuteronômio 10:16, Jeremias 4:4, Romanos 2:29).

Além disso, os filhos da aliança são advertidos a não endurecer o coração pelo engano do erro (Hebreus 3:13). Tolerância para com o pecado faz com que o coração se torne endurecido e, assim, a sedução ‘do pecado’ é habilitada para seduzir o coração enfraquecido, Este processo dentro de nós é também chamado de ‘desejos pelo engano’ – o famoso “me engana que eu gosto” (Efésios 4:22).

Em seguida, quando nós por alguma razão nos tornamos conscientes podemos nos encontrar impotente para mudar a nossa direção.
Este estado de desamparo fornece outra oportunidade para o quebrantamento do coração e para clamar a D-us por libertação.

Se, no entanto, nós ainda tentarmos proteger nossos corações endurecendo-o, D-us pode “dar-nos” aceso a uma mente depravada, que já não é capaz de discernir ou resistir à presença do mal (Romanos 1:28).

Este é um estado de ter um coração inteiramente morto, e é o pior possível julgamento dos Céus. Neste sentido, o coração endurecido é simplesmente a ratificação da vontade do iníquo. Os sábios Rabinos ensinavam, “D-us leva os seres humanos ao longo de um caminho que eles próprios escolhem. Se uma pessoa quer ser boa, D-us a leva em direção a bondade; se uma pessoa quer seguir o mal, D-us o ajuda a fazer isso também”. De acordo com seus desejos, D-us recompensa os ímpios neste mundo e os justos neste mundo.
Existem apenas dois tipos de pessoas; ‘aqueles que dizem a D-us, ‘que seja feito a Sua vontade’ e as que D-us diz ‘seja feita a sua vontade’. (Provérbios 16:9).

Mishnei Torá
Considere Deuteronômio 1:1 Estas são as palavras que Moisés falou a todo Israel além do Jordão, no deserto, na Arabá defronte de Sufe, entre Parã, Tofel, Labã, Hazerote e Di-Zaabe.

Deuteronômio é o “aceno de despedida” de Moisés.
Deuteronômio vem do grego e significa “a segunda ou repetição lei”.
Mas no hebraico é Devarim significa ‘Palavras’.

Os Rabinos nomearam os livros da Torá usando as primeiras palavras que começam em cada livro. As primeiras palavras neste livro são; ‘Estas são as palavras’; assim o livro se chama Devarim – Palavras

Sermão paralelo ao Sermão do Monte.
Deuteronômio é a versão do Tanach (“velho” testamento) ao Sermão de Yeshua (Jesus) no Monte ao mar da Galileia. Eis o porquê: Moisés começa este livro contando como Israel chegou ali e onde deveriam ir, e ele expõe pelo menos 50% de todos os mandamentos (Mitzvot) dados no Monte Sinai.

Moisés fala novamente quase todos os mandamentos, ponto por ponto e diz a Israel o que é que eles devem fazer para obter o propósito de D-us através destes Mandamentos.

Moisés eleva a Torá do seu nível puramente físico, para um nível superior “espiritual” (ou melhor, celestial). Ele vai explicar porque certos rituais foram requeridos, e quais seus propósitos “espirituais” (ou melhor, celestiais); os princípios de D-us por detrás deles, portanto, é por isso que os 613 mandamentos são importantes e devem ser respeitados.

O que Moisés está dizendo na linguagem dos dias hoje é: “está é a Torá que entrou em vigor no Monte Sinai, 40 anos antes, e esta é a primeira geração do êxodo que tem praticado, até o momento; no entanto, eu vou dizer a Vocês todo o seu significado e como estamos prontos para entrar na Terra Prometida, isto é como nós devemos compreendê-la e como nós devemos praticar as instruções de D-us”.

Moisés escreveu o Deuteronômio?
Evidências externas:
* O Tanach (As escrituras) atribuem o livro de Deuteronômio e o restante da Torá à Moisés [Josué 1: 7 juízes 3: 4; I Reis 2: 3; II Reis 14: 6; Esdras 3: 2; Neemias 1:7; Salmo 103:7; Daniel 9:11; Malaquias 4:4]
* Yeshua citou a palavra de D-us contra HaSatan (Satanás) e atribui-as diretamente a Moisés [Mateus 19: 7-9; Marcos 7:10. Lucas 20: 28; João 5:45-47]
* Deuteronômio é citado mais de 80 vezes nos 17 livros do “Novo” testamento . Estas citações suportam autoria Mosaica do livro de deuteronômio.
Confira; Atos 3:22 e Romanos 10:19.
* A Tradição judaica e a Samaritana aponta para Moisés como o autor deste livro.

O obituário de Moisés no capítulo 34 provavelmente foi escrito por Yehoshua (Josué)

A retórica terrível e enganosa, que é sustentada há séculos que; ‘o “antigo Testamento” e de um deus zangado e vingativo, legalista e ritualístico e sedento por sangue e ‘não espiritual’. Mas o deus do “novo testamento” é um deus pacífico, misericordioso e espiritual, o deus da graça e paz’. É uma falácia!
Esta noção, iniciada na história da Igreja cristã pelo bispo Marcião cerca de 140 anos D/C, é mentirosa, e também é destruída completamente, não só ao estudarmos os quatro primeiros livros da Torá, mas, particularmente quando Você estuda o livro de Deuteronômio.

Deuteronômio é uma repetição? Não!
* O primeiro livro, Bereshit – No principio [Genesis], tem doze Parashiot, 50 Capítulos e 1533 versos. Registra a criação de D-us, a escolha de uma nação especial, e somente 63 versos de Gênesis é mencionado em Deuteronômio.
* O segundo livro, Shemôt- Nomes [Êxodo] têm 11 Parashiot, 40 capítulos e 1213 versos. Registra o êxodo da nação escolhida do Egito até sua chegada ao MT Sinai, A dádiva da Torá e a construção de Mishkan (Tabernaculo). Deuteronômio dá poucos detalhes do êxodo e nenhum detalhe do Mishkan (Tabernaculo).
* O terceiro livro, Vayikra- E chamou [Levitico], tem 10 Parashiot, 27 capítulos e 859 versos. Registra o direito dos Sacerdotes, Israel uma nação Santa. Não tem quase nenhuma menção em Deuteronômio.
* O quarto livro, Bamidbar- No Deserto [número], tem 10 Parashiot, 36 capítulos e 1288 versos. Registra a viagem de Israel do MT Sinai, com o Mishkan (Tabernaculo) no seu centro, para a Terra Prometida. No Livro de Deuteronômio, as maiorias das histórias se repetem, mas quase nenhuns dos mandamentos que são registrados em números aparecem.

* O quinto livro, Devarim- Palavras [Deuteronômio] têm 11 Parashiot, 34 capítulos e 958 versos. O livro relata os três discursos que afirmam a Aliança com a nova geração se preparando para entrar na Terra Prometida – Eretz Israel. Além disso, Deuteronômio contém muito dos mandamentos, que não são mencionados nos outros quatro livros.

Qual é a conclusão? Deuteronômio é não um resumo da Torá – É uma lista de instruções que precisam ser repetidas diariamente. Os Reis de Israel foram obrigados a estudá-las diariamente.

Considere Deuteronômio 17:18-19- Será também que, quando se assentar sobre o trono do seu reino, escreverá para si, num livro, uma cópia desta lei, do exemplar que está diante dos levitas sacerdotes. E o terá consigo, e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer a Adonay seu Deus, e a guardar todas as palavras desta lei, e estes estatutos, a fim de cumpri-los; ”
A Torá (lei) é árvore da vida para os que nela se apegam e os que nela se apóiam são abençoados.

תורה
TORÁ
Os 5 livros da Torá (Genesis, êxodo, Levitico, números e deuteronômio) com seus nomes originais em hebraico.
Bereshit – No Principio – Shemot – Nomes – Vayikrá – e chamou – Bamidbar – no deserto – Devarim – Palavras.
No principio (deu) nomes e chamou no deserto (para dar as) Palavras.

Códigos da bíblia?
Todas as manhas de sábado, quando a Torá é lida para todos em voz alta em uma Sinagoga, quando o Rolo de Torá é tirado para a leitura, a congregação canta:
Vê’zot haTorá asher Sham Moshe lifnei benei Israel al pi Adonay be’yad Moshé
Esta é a Torá que Moisés colocou diante dos filhos de Israel, pela ordem de Adonay, através de mão de Moisés.

Existe um fenômeno muito interessante, que aparece nos cinco primeiros versos de Deuteronômio, porque ele também aparece no início de cada um dos 5 Livros da Torá. O fenômeno é este:

Existe um padrão de repetição de letras Hebraicas que deixa claro a palavra ‘Torá’ em uma seqüência fixa dentro dos cinco primeiros versos de Deuteronômio. Começando a Letra hebraica Hey ה que é a última letra do nome de Moisés, e então contar com 48 letras, chegamos a Letra hebraica Resh ר . Mais 48 letras e obtemos a letra hebraica Vav ו e então mais 48 letras e podemos obter a Letra hebraica Tav ת.
Por esse processo, obteremos a palavra, Torá תורה escrita de traz pra frente. Está seqüência de pular 48 letras e achar cada letra da palavra Torá está em todo o livro de Deuteronômio começando pela letra final do nome de Moises.

Esse padrão semelhante é também é encontrado nos outros quatro livros da Torá. Em ‘Gênesis 1’ existe um padrão de repetição da palavra ‘Torá’, escritos normalmente, com cada letra, Iniciando com a letra hebraica Tav no final da palavra hebraica Bereshit (No principio) contando exatamente 49 letras encontraremos a letra Vav e assim por diante contando 49 letras encontraremos repetidas vezes em todo o livro de Genesis a palavra Torá. תורה

Exatamente a mesma coisa acontece no livro de ‘Êxodo 1’, partindo com a letra final da segunda palavra Shemot na abertura frase ‘São estes os nomes’, ficamos com a ultima Letra hebraica da palavra Shemôt o Tav. Contando precisamente 49 letras, obtemos uma letra Vav; em seguida, conta se mais 49 letras e nós Obtemos um Resh e então mais 49 letras e obtemos a letra hebraica Hei. Isto constitui a palavra ‘Torá’. Repetidas vezes em todo o livro do Êxodo.

No livro de Levitico mudará um pouco. Em Levitico, o livro sacerdotal, o nome Divino יהוה de 4 letras aparece, as letras Yud י–Hey ה-Vav ו- Hey ה que compõem o nome de D-us aparecem precisamente de 7 em 7 letras hebraicas separadas. Começando com a letra hebraica Yud na primeira palavra da frase ‘Levitico 1:1’ ‘Ora, chamou’, e contando cada 7 letras temos o nome de D-us יהוה em todo o livro de Levitico.

Quando olhamos para o livro de Números, obtemos, como em Deuteronômio, a palavra “Torá” escrito de trás pra frente em um intervalo exato de 49 noves letras. Começando com a do nome de ‘Moisés’ a letra hebraica do final do nome Hey e contando 49 letras obtemos a letra Resh e mais 49 letras e obtemos um Vav, mais 49 letras e veremos um Tav. Que formam a palavra “Torah” escrito de traz pra frente. Isto em todo o livro de Números.

Mas há outro padrão que pode ser visto também. No livro de Gênesis todo, temos Torá escrito normal. No êxodo todo temos Torá que também está escrito normal. Em Levitico todo, temos o nome de D-us יהוה. A partir do Livro de números, temos a palavra, “Torá” que está escrito ao inverso e finalmente no livro todo Deuteronômio, temos também a palavra Torá também ao inverso.
Seria algo assim:
Torá > Torá > יהוה < ároT < ároT
(Nome de D-us)
Todas estas seqüências da palavra Torá se convergem para Adonay.

O espaçamento de 49 letras hebraicas é a chave, porque é 7 X 7, o número 7 é o número “Divino” de D-us. Quando você considerar que 7 é a seqüência das letras hebraicas do nome de D-us em Levitico, também é bastante surpreendente.

Em seguida, a questão trata, porque é que; a seqüência em Deuteronômio e um numero a menos do que 49? Por que é a seqüência das letras da palavra ‘Torá’ é de 48 letras separadas e não 49? Você pode considerar esta resposta:

Deuteronômio é diferente dos os quatro primeiros livros. Este é um sermão de Moisés. Os quatro primeiros livros são compostos por um oráculo direto de D-us. Pois são nestes 4 livros que podemos ler ‘E disse o S-nhor á Moises’. Em Deuteronômio é diferente. Pois podemos ler ‘E disse Moisés á’.
Moisés era um mediador entre Israel e D-us, e ele fala por D-us; Portanto, é onde o valor da seqüência de 48 letras pode ser explicado.

O que foi apresentado é lógico, racional, milagroso e completamente em linha com os princípios de D-us. Colocando este padrão oculto de letras. Ou seja, se os escribas não copiassem a Torá e as escrituras (“antigo testamento”) por estes milênios da mesma forma que lhes foi dada, nós não saberíamos destas coisas extraordinárias e os mistérios na palavra de D-us, nos dias de hoje.
Uma palavra errada, uma palavra substituída ou uma frase reagrupada arruinaria o seqüência precisa das letras. Esse padrão, oculto nos cinco primeiros versos de abertura de cada um dos cinco livros da Torá, é a “garantia” de D-us para nós, que ELE é aquele quem deu a Torá para nós, e que ela é válida e precisa. Há muito mais coisas como estas e outras sendo encontradas nas Escrituras; Tanach (“antigo testamento”).

Uma segunda chance
Está escrito em Deuteronômio 1:6-8, Adonay nosso D-us nos falou em Horebe, dizendo: Assaz vos haveis demorado neste monte. Agora saiam daqui e vão caminhando na direção da região montanhosa dos amorreus e de todas as regiões vizinhas no vale do rio Jordão, e na direção das montanhas, da planície de Judá, da região sul e da costa do mar Mediterrâneo. Tomem posse de toda a terra de Canaã até os montes Líbanos, no Norte, e até o grande rio Eufrates, no Leste. Eis que tenho posto esta terra diante de vós; entrai e possuí a terra que Adonay prometeu com juramento dar a vossos pais, Abraão, Isaque, e Jacó, a eles e à sua descendência depois deles.

Israel estava no deserto há 40 anos, porque eles não tinham fé. Eles ficaram em círculos, perdendo tempo. Em vez de entrar na promessa de D-us, 40 anos antes eles disseram: “não, obrigado, parece difícil e assustador, queremos e voltar para nossa vidinha antiga, no Egito”. Brincadeiras a parte;

O problema da 1° geração que saiu do Egito é que; acreditavam em D-us, mas eles não confiavam em D-us. Eles constantemente irritavam Moisés e Adonay com a retórica pergunta: “por que D-us nos trouxe aqui para morrer no deserto?” Eles sabiam que foi Adonay D-us que lhes havia tirado do Egito; eles acreditavam que ele existia e que ele era o seu D-us. Mas, não confiaram em D-us na sua capacidade de cuidar deles ou na sua determinação de proteger-los e guiá-los.
Por isso Israel levou 40 anos para ganhar o que poderia ter tido em poucos meses da saída do Egito. Ya’akov (Tiago), Irmão de Yeshua, pós isto de outra forma. Está escrito em Tiago 2:19-20, Você crê que há somente um D-us? Ótimo! Os demônios também crêem e tremem de medo. Seu tolo! Vou provar-lhe que a fé sem obras não vale nada

Este princípio de D-us permanece: Os mandamentos (Mitzvot) de D-us são somente para os redimidos (salvos). A aceitação da salvação é uma coisa; agir de acordo com as obrigações de uma pessoa ‘salva’ é outra coisa.

Israel foi resgatado, remido e salvo antes de D-us lhes dar suas leis e seus mandamentos e seus juízos e seus testemunhos na sua Torá. Mas, mesmo como um povo resgatado & salvo do Egito (‘sistema mundano’), estavam totalmente inúteis ao S-nhor, e ao seu Reino e seus fins, até que eles estivessem dispostos a confiar em D-us e atuar sobre essa confiança seguindo seus mandamentos, estatutos, juízos e testemunhos que estão na Torá.

O Estado passivo atual do chamado “corpo do cristo” é errado e impotente. Suas doutrinas transformaram este princípio de D-us em outra coisa.
Aceitaram sua redenção (salvação) de D-us, mas como ‘salvos’ e ‘remidos’ não aceitam as obrigações do Reino de D-us, contidas na Sua Torá.
Fé sem obras não vale nada! Não somos salvos pelas obras, mas sim pela graça de D-us, mas porque somos salvos fazemos obras e testemunhamos a nossa fé aos 4 cantos do mundo. E estas obras estão contidas na Torá dada por D-us através de Moises, e não através de ‘vastas doutrinas de denominações’.
Uma coisa importante que Tiago nos mostra na sua carta, é que crer não é o suficiente, pois a fé, ou melhor, fidelidade requer ação.

A Torá é árvore da vida para os que nela se apegam e os que nela se apóiam são abençoados.
‘Isto eu aprendi do meu Rabino, a Torá Eterna é como o caroço de uma fruta, contendo em si uma árvore coberta de flores fragrantes, todas as quais, por sua vez, podem se transformar em frutas, cada qual contendo a semente que pode em si criar uma outra árvore. Por isso a Torá é chamada de “Arvore da Vida”, pois infinitas gerações de “Torás” criadas estão contidas nela’. (extraído de um Midrash Rabínico)
Na era messiânica (no milênio) os K’ruvim (querubins) abrirão o portão oriental e a luz desta Torá brilhará resplandecente por sobre todo mundo. Esta é à hora da qual se diz ‘Pois a terra se encherá do conhecimento de Adonay, como as águas cobrem o mar’ (Isaias 11:19). Isto é, o mundo terá a plenitude da sabedoria divina, o que significa que a Torá eterna não mais será escondida de nós. (Midrash)

Curiosidades

Depois de David matar Golias, o Rei Saul recompensa o jovem herói com o casamento de sua filha, a princesa, Michal. Como sabemos depois, mais tarde o próprio Rei Saul tentou matar David. O que aconteceu enquanto David fugia?

E Saul deu a sua filha, esposa de David, Michal para
Palti ben Layish, que era de Galim.
(1°Samuel 25:44)

Mas considere isto: Após a morte de Saul, David recupera a sua esposa do homem a quem Saul tinha dado.

E David enviou mensageiros a Ish Boshet ben Saul, dizendo:
Entrega minha esposa, Michal…
E Ish Boshet mandou tira-la … de Paltiel ben Layish.
(2°Samuel 3:14-15)

Observe que seu nome foi alterado de Palti para Paltiel. Nossos antigos Rabinos nos ensinaram que este não é um erro de escrita. As duas letras que alteraram o nome Palti para Paltiel compõem um dos atributos do Eterno. O Eterno está inserindo-se com seu atributo EL no nome Palti o tornando em PaltiEL.

As pessoas não nascem com ‘grandeza’. A Grandeza vem como os indivíduos respondem a circunstâncias em suas vidas. Muitas pessoas exibem grandeza, expondo o compromisso e a integridade em situações diárias em seu trabalho e vida familiar. Outros se encontram jogando-se em um palco maior.

Esta foi à situação em que se encontrou Palti. Ele foi escolhido por seu Rei Saul e lhe foi dado Michal como sua esposa. Ele tinha todos os motivos para supor que seu casamento com David tinha sido anulado e que todo o dinheiro, prestígio e favores que vêm para os membros da família real agora seriam dele.

No entanto, desde o dia que o Rei Saul mandou Michal para sua casa até o dia em que Ish Boshet a tirou de lá, Palti nunca havia colocado um só dedo em Michal. Apesar da aprovação do Rei Saul, Palti reconheceu que não foram levados em conta a vontade de David e nem de Michal, acerca deste ‘divorcio forçado’.
Por agir com integridade e santidade e domínio próprio, Palti mereceu um ‘novo nome’. – inserido o atributo de Adonay – EL – D-us.

Paltiel não nasceu em uma família de prestígio. Ele não se sobressaiu por causa de uma batalha física ou por acumular grande riqueza. Como a maioria de nós, ele era uma pessoa comum. Mas quando ele enfrentou a tentação e o desafio de fazer o que era correto e justo, e que acontecia à porta fechada, ele triunfou tão magnificamente que Adonay compartilhou Seu atributo com ele.

O domínio próprio que Paltiel mostrou, este tipo de grandeza está disponível para todos nós.

Nomes importam. Nomes bíblicos importam ainda mais. Cada nome nas escrituras tem um significado; que não é geralmente evidente nas traduções em português nas bíblias.
Quando há alterações de nomes dos personagens bíblicos, ali está sendo transmitida uma “história por trás da história”.