בלק Balak – Parashá. Números 22:2 á 25:09
בלק
Balak
Parashá. Números 22:2 á 25:09
Haftará: Miquéias 5:6 – 6:8
Brit Hadashá: Romanos 11:25-32
E Balak o filho de Zipor, viu tudo o que Israel tinha feito com os Amonitas. Número 22:2
Quem era o tal Balak – Balaque?
Lembre-se que sobrinho de Abraão, chamado Ló foi salvo da destruição de Sodoma e Gomorra juntamente com suas duas filhas. Após fugir da área em destruição, refugiaram-se numa caverna, quando as suas duas filhas ficaram grávidas dele. Os dois filhos nascidos desta União incestuosa se tornariam os pais das Nações de Moav (Moabitas – ‘que significa de meu Pai’) e ben-Ami (Amonitas – ‘que significa de Meu Povo’), respectivamente.
Quando os Moabitas ouviram sobre a derrota dos Amonitas os Reis Sichon e Og decidiram juntar forças com seus inimigos de longa data, os Medianitas, a fim de apresentar uma frente unida contra Israel. Em seguida, os Moabitas consagraram um novo rei, chamado Tzur de Midiã, e lhe foi dado um novo nome Balak (Balaque).
O Rei Balaque era um ‘feiticeiro’, treinado no kishuf (feitiço e bruxaria). Em vez de preparar-se para uma guerra convencional contra Israel, no entanto, Ele contratou os serviços de um renomado ‘feiticeiro e bruxo’ chamado Bil’am ben Be’or – Balaão. Seu plano era lutar contra Israel por meio de poderes “espirituais” – de feitiçaria. Talvez ele pensasse que, se ele e Balaão combinassem seus poderes, eles poderiam vencer Israel.
מה טבו אהליך יעקב, משכנותיך ישראל
MÁ TOVU OHALEICHÁ YA’AKOV MISHKENOTECHÁ ISRAEL
Que boas são as tuas tendas, ó Jacó; tuas moradas, ó Israel!
‘Porém eu, pela riqueza da tua graça, entrarei na tua casa e me prostrarei diante do teu santo templo, no teu temor. Adonay, Eu amo a habitação da tua casa e o lugar de onde tua glória reside. Vinde, adoremos e prostremo-nos; ajoelhemo-nos diante de Adonay, o nosso Criador. Quanto a mim Adonay, em tempo favorável, faço à Ti minha oração. Responde-me, ó D-us, pela riqueza da tua graça; pela fidelidade em salvar-me. Números 24:5 & salmos 5:7, 26:8, 95:6, 69:13’
Estas tendas e habitações ‘jamais foram desmontadas’. Após dois mil anos como “filhos banidos da mesa do Pai” ainda nos comunicamos com D-us 3 vezes ao dia em nossas casas e em nossas Sinagogas e casas de Estudos. 33 séculos depois do Sinai, a Torá ainda é estudada, também pesquisada e debatida em nossas casas de aprendizado (Yeshiva e Sinagogas).
Nós nos apegamos rapidamente a esta bênção. E esta bênção restaurará todas as outras para nós.
Para o judeu, entretanto, nada é uma coincidência; cada evento tem seu propósito e significado. Nas palavras do Rabi Yisrael Báal Shem Tov (1698-1760 Polônia) “De tudo aquilo que um judeu vê ou escuta, deve extrair uma lição para seu serviço a D-us.” (Ditado chassídico)
Pois não há encantamento sobre Ya’acov, nem feitiçaria sobre Israel. Números 23:23
Todos nós ouvimos a história – relatada na leitura da Torá desta semana – de como o Rei Balaque encarregou Balaão de amaldiçoar os Filhos de Israel, e de como D-us transformou as maldições da boca do profeta em bênçãos. Lemos os versos saindo dos lábios de Balaão, paradoxalmente, o que inclui algumas das coisas mais primorosas jamais ditas sobre o povo de Israel.
Quem era Bil’am ben Be’or – Balaão?
Bil’am ben Be’or – Balaão era de Aram (antiga Mesopotâmia/Síria). Balaão era considerado um dos maiores inimigos de Israel.
Seu nome pode significar ‘não parte de nenhum povo’, ou ‘louco’, ou um ‘corruptor de gente’, segundo a tradição ele realmente era um descendente de Labão, o sorrateiro, do qual Jacó fugiu (Genesis 31).
Bil’am – Balaão é chamado de ben Be’or – filho de Beor, e Beor não é identificado, e a semelhança fonética junto a palavra Pe’or é perceptível.
Se Be’or e Pe’or são semelhantes, então Balaão era realmente um seguidor de Ba’al Pe’or, um demiurgo (deus) local
Bil’am (Balaão) era um homem que definitivamente recebeu a inspiração de HASHEM (D—us). Isto é uma coisa tão estranha: D-us remiu e logo guiou o seu povo, e agora uma nação estabelecida.
Mas então D-us comunica-se com um profeta gentio que não é a parte do seu povo. Não há nenhuma razão para considerar Balaão santo, ou honrado perante
D-us, ou que a sua lealdade ao D-us de Israel era real.
Mas Balaão foi um gentio “profeta” usado por D-us.
Que ouviu diretamente do D-us de Israel o Senhor do Universo.
Balaão não foi pró Moabe. Ele não foi nem a favor nem contra Israel.
Ele só fazia do seu dom de adivinhador, ou profeta, como um profissional pago, e não tinha nenhuma agenda pessoal ou má intenção contra Israel.
Balaão foi moralmente neutro. O problema é que para D-us, não há tal coisa como moralmente neutro ou ‘em cima do murro’. É uma ilusão achar que para D-us uma pessoa é neutra. Ou uma pessoa é a favor ou é contra, não há meio termo.
Segundo alguns rabinos da antiguidade acreditavam que; ‘Jó foi o pai de Balaão’ Talmud. Bava Batra 15b. Se Balaão realmente aprendeu sobre D-us através de Jó, ele não foi bem informado sobre D-us e sobre Seu povo Israel. Ele não sabia da natureza da aliança de D-us, ou seja, é muito pouco provável que ele fosse filho de Jó ou ate mesmo descendente.
Mas, uma coisa nós sabemos, que ele tinha acesso ao D-us verdadeiro e único, e sabia invocar o nome do ETERNO.
Neste ponto na história mundial, só Israel tinha recebido a auto-revelação divina diretamente de D-us. Uma pessoa pode saber sobre D-us como o Criador e o Soberano do universo pela criação. Mas para saber sobre D-us como único e verdadeiro D-us, somente pelo contato com Israel e com o ‘povo judeu’, vemos isto claramente quando Yeshua (Jesus) diz que os judeus sabem a quem adoram, (João 4:22) e o próprio Yeshua filho do D-us vivo é um JUDEU, um Israelita, um Israelense nos dias de hoje.
O texto indica que Balaão tinha algum conhecimento real do D-us de Israel. Mas por que D-us deu-lhe o dom da nevu’ah – profecia? Ou porque tinha acesso ao
D-us de Israel? De acordo com alguns dos antigos Sábios judeus, D-us permitiu que ele tornar-se um Navi – Profeta para que as Nações, os gentios, não pudessem dizer e afirmar que; ‘Se D-us tivesse nos dado um profeta tão grande como Moisés, teríamos também tem servido a Adonay’.
Podemos entender que; ‘Aparte e fora do contato com Israel Seu povo e com Sua Torah não se pode saber como D-us quer ser adorado’.
Os sacrifícios oferecidos por Balaque e Balaão foram gentílicos (pagãos) na origem. E neste ponto da historia D-us já tinha ordenado o seu método de sacrifício como adoração: está no Tabernaculo, nas mãos dos Seus sacerdotes ordenados. Isto significa que Balaão não pode ser um adorador verdadeiro de D-us, ainda que o próprio D-us falasse com ele e através dele.
Balaão respondeu: – Balaque, o rei dos Moabitas, me mandou dizer
que um povo inteiro saiu do Egito e está espalhado por toda a terra. Balaque quer que eu vá agora mesmo e amaldiçoe essa gente, para ver se assim se pode derrotá-los e expulsá-los.
Então, disse D-us a Balaão: Não irás com eles, nem amaldiçoarás o povo; porque é povo abençoado. Números 22:10-11-12
Pois é amigos como está escrito:
Os homens aprontam os cavalos para a batalha, mas quem dá a vitória é
D-us, Adonay. Provérbios 21:31
Israel não tinha nenhuma idéia que naquele momento alguém estava querendo os amaldiçoar, mas D-us atuava nos bastidores. Isto é a Hashgachá – providência Divina.
A história de Balaão é também uma lição para todos aqueles que tentam manipular a palavra de D-us para ganhos financeiros, seduzir pessoas, p’ra praticar o mal, pra esbaldar em poder e em autoritarismo “espiritual” ou religioso.
Balaão foi, mais tarde, morto por Yehoshua (Josué) quando ele tentou mais uma vez a maldiçoar através da astucia o povo de Israel.
O Rei Balaque o procurou porque ele pensava (erradamente) que o Profeta Balaão, de alguma forma poderia manipular D-us para ficar contra Seu povo.
De acordo com os antigos relatos no Talmud, “Balaão sabia o momento quando o mundo estava sobre balança então se ele pudesse lançar a maldição nesse momento, talvez um ‘Amém’ poderia ser dito nas esferas celestiais” Talmud B’rachot 7a
Balaque envia os mensageiros a Balaão, ele enviou um grupo de nobres de ambos, os Moabe e de Midiã, para convidar Balaão para amaldiçoar os filhos de Israel. Inicialmente, ele se recusou a ir com eles, já que ele não tinha a permissão de
D-us.
No entanto depois de repetidas investidas e uma advertência de D-us, ele tomou sua jumenta e seguiu o seu caminho para amaldiçoar o povo escolhido de D-us.
A ida de Balaão para amaldiçoar os filhos de Israel deixou D-us “irritado”. No caminho para proferir suas maldições, segue-se uma deliciosa ironia. Balaão é advertido pelo seu burro, que via O Anjo de Adonay enviado para opor-se contra ele e bloquear seu caminho.
O “Grande profeta” não podia controlar seu próprio burro com suas palavras; como ele seria efetivo em amaldiçoar os filhos de Israel?
Há um relato no Talmud que diz que; “Balaão ficou coxo quando a jumenta o chocou contra a pedra, na segunda vez para evitar o Anjo” Sanhedrin 105a.
No entanto, D-us deixou-o a continuar com a sua missão, mas somente na condição de que ele ia falar exatamente aquilo que ELE ordenasse.
D-us falou alguma vez com você por um frango? Fez com que você alguma vez ouvisse a voz do S-nhor de um cavalo? O que você faria se um animal falasse com você? A primeira reação pode consistir em que você está ouvindo coisas. A segunda reação consistiria em que você está ficando maluco.
O encontro de Balaão, o burro, e o anjo mostram que D-us irá mostrar a sua clemência.
Vaiteiatzêv Malach Adonay ba’derech le’ Satan ló
O Anjo do S-NHOR se pôs na frente dele no caminho por opositor (l’e Satan). Números 22:22
שָׂטָן= Satan da onde vem o nome satanás vem da raiz hebraica que significa Opositor, opor se. Adversário dos seres humanos.
Números 22:22
Você pode ver este encontro como um jogo de 3 atos. O primeiro ato, cobrindo versos 22-27 tem três atores: o Anjo, Balaão, e o burro. O segundo ato, cobrindo versos 28-30, tem dois atores: Balão, e o burro. O terceiro ato do jogo cobre versos 31-35, com dois atores: o Anjo (Malach) e Balaão.
Balaão foi a caminho contra a nação Israelita ‘espiritualmente-poderosa’, Ele mesmo… de repente, discutia com o seu burro. Isto deve ter feito muito para instilar a confiança às seus dons espirituais. Ele estava tão acostumado com o mundo “espiritual” que não se assustou ao ouvir o burro falar.
Lembre-se: Balaão tinha sido contratado por Balaque por causa dos Seus dons da ‘palavra’ – agouro, e um burro, um animal que não pode falar o contrariou para defender-se da rebeldia de seu amo.
Balaão, neste tempo tinha invertido o seu papel atuando como um burro, sendo cego à verdade, e bastante teimoso para manter a sua falsidade, apesar da evidência ao contrário.
Isto é um aviso a todos nós. – ‘não há ninguém tão cego como aqueles que olham, mas não querem ver’.
O que era pra sair como maldições, saem como bênçãos.
Balaque recebeu Balaão na fronteira de Moabe e reitera suas promessas de honra e glória, mas Balaão reiterou que; ‘A palavra que D-us coloca-se na sua boca, esta que iria pronunciar’.
3 vezes, de 3 diferentes locais, Balaão tentou pronunciar as maldições; mas em cada uma delas saiam bênçãos sobre Israel.
A 3° tentativa foi na própria cúpula de Pe’or, o lugar onde se praticava o culto ao demiurgo (deus) Ba’al.
Então a Ruach Hakodesh (Espírito de D-us) veio sobre Balaão e ele recitou a benção sobre os filhos de Israel e, ironicamente, amaldiçoou seus inimigos.
Parte da bênção de Balaão é usada ate hoje na 1°parte do serviço, de adoração e oração, diário de manhã. A ‘oração’ (louvor) é conhecida como Má Tovu, pode ser encontrada no Sidur (livro de “oração” – louvor) diário e no Sidur de Shabat.
Bil’am (Balaão) então profetizou, em seguida, sobre os Acharit haYamin – Final dos dias, ou Fim das Eras presente.
De acordo com o erudito Rabino Maimônides (1135-1204 Espanha), a profecia de Balaão fala sobre ‘dois ungidos’ ou seja, sobre o Rei David e sobre O Mashiach (O Messias)
Na Mishne Torah ensina; “Bil’am profetizou sobre os dois ‘ungidos’: o primeiro Ungido é o Rei David, quem salvou Israel de seus inimigos; e o último é O Mashiach, quem deve ser dos descendentes de David, que irá salvar todo o Israel no fim das Eras”. “Lá ele diz: ‘Eu o vejo, mas não agora’ – trata-se de David; ‘eu o contemplo, mas ele não está próximo’ – isto é O Rei Mashiach (Messias); ‘deve sair uma estrela de Jacó’ – trata-se de David; ‘E um cetro deve brotar de Israel’ – este é O Rei Mashiach (Messias)’; ‘E esmagou os Moabitas e os mediu’ – trata-se de David, conforme está escrito; Também derrotou os Moabitas e os mediu: duas vezes – 2°Samuel 8:2.’; ‘E governará sobre todos os filhos de Seth – este é O Rei Mashiach (Messias), como está escrito o seu domínio se estenderá de mar a mar e até às extremidades da terra Zacarias 9:10’, … (Mishne Torah)’
A heresia em Pe’or.
De acordo com os sábios no Talmud; (Sanhedrin 106a), ‘quando Balaão viu que ele não podia prevalecer contra Israel pelas suas palavras, ele intentou uma estratégia diferente para derrotar os filhos de Israel. Ele instrui Balaque para erguer tendas perto do acampamento dos Israelitas, então acampados em Shitim, e colocar senhoras nas portas das tendas pra vender roupas e vestes para os israelitas. As senhoras levavam os homens para dentro das tendas, onde as jovens e atraentes mulheres Moabitas aguardavam adornadas em vestes sedutoras e perfumadas. Então as jovens Moabitas tentavam os a ingressar no culto ao (demiurgo – deus) Ba’al P’eor e levando os israelitas a cometer idolatria (o culto sexual). Assim, Balaão, finalmente conseguiu fazer agouro contra Israel… ’ Talmud Sanhedrin 106ª.
Na punição da pratica da Idolatria, uma Praga estourou e D-us mandou Moisés empalar (literalmente) os vilões da pratica.
Porem antes de a ordem ser realizada, no entanto, um Zimri (‘Alto escalão’) Israelita tomou uma das princesas dos Medianitas em uma das barracas e a levou para perto da entrada do Mishkan (Tabernaculo) e deve publicamente relações sexuais (como forma de adoração) com ela. Então Pinchas (Fineias), o neto de Aarão, pegou uma lança e atravessou-a em ambos, assim interrompendo a Praga que alastrava entre os filhos de Israel.
No entanto, foi o primeiro encontro de Israel com o demiurgo (deus) Ba’al, e a idolatria (através de orgia sexual) a ele, que levou a desastrosa morte de 24000 da Comunidade de Israel.
Está escrito que não há nem agouro ou feitiçaria contra os filhos da Aliança (Números 23:23), mas podemos tomar por lição que isto só acontece quando nós não nos submetemos a qualquer tipo de Idolatria e abominações sexuais (vide Levítico 20:10-21, Levítico 18:22, homossexualismos).
Se os filhos da Aliança assim procederem estarão sujeitos aos agouros, feitiçarias e maldiçoes lançadas sobre eles pelos filhos da ‘Presente Era’.
Quando um indivíduo da ‘Aliança’ cai nestas praticas, ele permite que haja um “rasgo no tecido espiritual” abrindo assim uma brecha para as maldiçoes e feitiços e agouros lançados sobre ele pelos filhos da ‘Presente Era’.
O enigma de Balaão – Bil’lam
Balaão é mencionado não menos que 51 vezes na Kitvei HaKodesh (Sagradas Escrituras) começando já pela Parashat Balaque (números 22-24). Mais tarde foi morto numa batalha entre Israel e o Medianitas (Números de 31:8). Ele também é mencionado em Deuteronômio 23:5-6; Josué 13:22, 24:9-10; Miquéias 6:5; e Neemias 13:2.
Embora à primeira vista possa parecer que Bil’am (Balaão) seja um “homem de D-us”, as Escrituras e a tradição judaica são enfáticas em dizer que; ‘ele era um adversário e inimigo dos Filhos de D-us’.
Ao usar o dom profético pra ganhar dinheiro, para lucros e etc… e maldizer os filhos de Israel o levou à loucura e morte.
No “Novo Testamento” a Escrituras falam do ‘caminho de Balaão, filho de Be’or’, que amava o ganho, lucro e avareza através dos seus dons; 2°Pedro 2:15; ‘cobiçou o dinheiro que ia receber fazendo o mal’ e Judas 1:11; ‘movido de ganância’ e Apocalipse 2:14 ‘ensinava a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem coisas sacrificadas aos ídolos e praticarem a abominações sexuais (cultos sexuais, ex;“sexo tântrico”).
Talvez paradoxalmente, ou, pelo menos, ironicamente, a benção que Balaão que foi ordenada por D-us a pronunciar sobre Israel foi integrada no serviço religioso (culto) de Shacharit (Manha) diário e de Shabat, nas Sinagogas e Casas, o Má Tovu
Vemos na Brit Hadashá – NT
Andam perdidos porque se desviaram do caminho certo. Seguem o caminho de Balaão ben Beor, que cobiçou o dinheiro que ia receber fazendo o mal.
Um dos ‘O Caminho de Balaão’ foi o da “ kadishá -prostituta”, ou seja, o presente da recompensa financeira através do seu dom espiritual. O dinheiro e a profecia não se misturam.
É melhor guardar a questão da taxa do serviço bem longe da atividade da profecia.
‘O Caminho de Balaão’ é tão perigoso hoje como foi durante o tempo de Números 22. É tão prevalecente hoje como foi quase há 3500 anos. As pessoas hoje têm uma idéia fixa na sua mente e logo vêem algo na Bíblia para procurar justificar as suas ações pra tirar dinheiro fácil dos outros, os ‘religiosos financistas’ são uma praga real em nosso meio, estas pessoas são ‘prostitutas espirituais’ (Kadishás). Líderes religiosos e pessoas (prostitutos) que recebem os ‘dons espirituais’ de D-us, uma vês começaram no caminho da fé e do Reino de D-us, mas ao longo se transformam em verdadeiros ‘kadisha’’ – prostitutos da fé, lideres religiosos financistas, exploradores da fé alheia.
Ai deles! Seguem o mesmo caminho de Caim. Por causa de dinheiro, eles se entregam ao mesmo erro de Balaão. E, como Corá se revoltou e foi destruído, eles também se revoltam e serão destruídos. Judas 1.11
Judas também escreveu nesta carta para atacar as pessoas que converteram a graça de D-us na idéia de não ‘LEI’, ou comumente conhecido ‘graça versus lei’, e pela sua blasfêmia agindo assim negam as palavras do Nosso Senhor Yeshua, o Messias. Ele reforçou a sua mensagem aplicando os ensinos da Torá. Isto é o contexto deste verso.
Mas tenho algumas coisas contra vocês: há entre vocês alguns que seguem o ensinamento de Balaão, que mostrou a Balaque como fazer com que o povo de Israel pecasse, dizendo que aos Filhos de Israel deviam comer alimentos oferecidos aos ídolos e cometer outras imoralidades. Apocalipse 2:14
Vemos claramente os que sequem o caminho de Balaão naquela época e também podemos identificar os de hoje, aos que dizem que não ha mais a lei – Torá e fazem com que os filhos de Israel comam alimentos imundos. A imoralidade citada acima e a ASSIMILACAO através da conversão a outra ‘religião’, que é um tipo de adultério ‘espiritual’, pois é idolatria.
Hoje podemos ver a doutrina de Balaão em muitos daqueles que chamam pelo nome do filho de D-us.
Sabemos que Balaão tinha o dom de profeta, ouvia de D-us, mas amava o lucro através do seu dom espiritual, atuou para destruir os filhos de Israel, ajudou a conduzir a idolatria, levando contra a Torá de D-us, os ensinou a comer coisas imundas. Há muitos no nosso meio que seguem o ‘caminho de Balaão’.
Ayin haTovah – “O olho bom” – Generosidade
Considere esta perspectiva; Tanto a Otimista e o Pessimista são ‘crentes em algo’, mas cada um é responsável por sua própria visão das coisas em sua volta.
Nós vemos aquilo que nós queremos ver. Como Yeshua (Jesus) disse; ‘seja feito para você, de acordo com sua fé’ (Mateus 8:13, 9:29).
Há uma história interessante que narra a historia de dois jovens que queriam retratar em seus quadros a essência da beleza; Ambos saíram procurado capturar a essência da beleza em suas pinturas. Um dos artistas procurou por todos os lados a ‘face perfeita de beleza’, mas nunca achou. Tragicamente, ele mais tarde desistiu da pintura e viveu desconsolado. O outro artista, no entanto, simplesmente pitou cada face que viu e procurou encontrar a beleza em cada uma delas.
Agora, aqui está a pergunta: qual deles dois foi verdadeiro, não há a perfeição ou há?
O olho do Talmid – discípulo…
Da maneira que escolhemos ver, certamente, é uma decisão “espiritual”. Os Sábios rabinos da antiguidade ensinavam; ‘quem tem as seguintes 3 características está entre os discípulos do nosso pai Abraão; e quem tem 3 diferentes traços destas características está entre os discípulos do ímpio Balaão.
Aqueles que têm um Ayin Tovah – “olho bom” (Generoso), Ruach Nemucha – humilde de espírito e Nefesh Shefalah – Mansidão são os discípulos do nosso pai Abraão. Mais quem tem um Ayn haRá – “olho mal” (invejoso), Ruach Gevoha – Arrogância e Nefesh Rechava – Ganância são discípulos de Balaão o ímpio’ Mishná: Pirke Avot 5:22. (Lucas 11:34-35)
De acordo com estes antigos Sábios, a diferença entre os discípulos Abraham e os discípulos de Balaão estão na presença (ou ausência) destas 3 Midot haLev -Qualidades do coração, embora a mais importante delas é o Ayin haTovah – “o olho bom” (generosidade, gratidão… Gálatas 5:22).
O olho de Abraão…
Mas o que é Ayn Tovah – ‘O olho bom’? (Lucas 11:34-35)
Seria uma metáfora para um “o jeito da Poliana a menina de ver a vida” – encontrando o bem em cada circunstância da vida, não importa quão difícil?
Seria a prática de um “jeito alegre de levar a vida” que acredita que tudo vai dar certo no final? Ou reinterpretando os acontecimentos ruins como uma experiência para suportar a filosofia que este é o “melhor dos mundos possíveis”?
O Sábio Rabino Rashi (1040-1105 “França”) ensinava que aquele com um Ayn Tovah – “olho bom” estima a honra dos outros como a sua própria: é um ‘olho’ que respeita e valoriza o que ele vê. (Gálatas 5:22)
O Rabino Maimônides (1135-1204 Espanha) diz que o Ayn Tovah – “olho bom” é a capacidade de estar satisfeito com o que se tem na vida e alegra-se com os êxitos dos outros: é um ‘olho’ livre do espírito de inveja e ganância. Outros sábios disseram que Ayn Tovah – “olho bom” indica um espírito generoso, e de gratidão em relação aos outros: É um olhar dirigido para o exterior, que irradia conforto e e vê as necessidades do próximo.
Uma pessoa com um Ayn Tovah – “olho bom” olha para as coisas na perspectiva do ‘amor’.
Um Ayn Tovah – “olho bom” olha para as circunstâncias, e especialmente nas que envolvem o próximo, para encontrar algo de bom e belo….
Não há nenhum vestígio de ‘concorrência’, inveja, maldade; não há nenhum traço de ressentimentos ou amargura.
Uma pessoa com Ayn Tovah – “olho bom” ignora os defeitos do próximo e vê a virtude e o valor de uma pessoa criada b’tzelem Elohim (na imagem de D-us). (1°João 4:7-8)
As Escrituras declaram: טוב־עין הוא יברך Tov – Ayin hu yevorach – O Olho Bom (generoso) será abençoado… Provérbios 22:9 (Lucas 11:34-35)
O ‘olho’ de Balaão…
O Ayn haRá (Olho Mal) não quer ver o bem nos outros, mas relaciona-se com outras pessoas como se fossem ‘auto-ameaças’. É o ‘olho’ do medo, da inveja, da maledicência, da ganância e do preconceito. Por esse motivo está pessoa não será boa para com os outros, uma vez que é (inevitavelmente) consciente de si e das suas próprias imperfeições, e o ‘bem-estar alheio’ o leva a acusar a si mesmo da sua própria ‘doença na alma’. (Gálatas 5:19-21)
Esta pessoa racionaliza sua perspectiva ruim, e cinicamente duvida das motivações dos outros, chamando o bem de mal e mal de bem.
Essa visão deturpada provoca uma inversão de valores, no qual o que é importante é considerado insignificante, e vice-versa.
Eventualmente essa maneira de ver leva à ‘loucura’ e uma negação fixa de tudo o que é digno e de valor.
Quando o Olho é mal (Ayin haRá) ele se torna escravo dos propósitos do pecado e do Yetzer HaRá (inclinação para o mal – desejos da carne). O rabino Rashi disse: ‘O coração e os olhos são espias do corpo e podem levar uma pessoa a desviar, Os olhos vêem o coração cobiça e o corpo transgride’ (números 15:39)
Um grande Sábio Rabino ensina no Talmud na Gemará; ‘que 9 de 10 pessoas morrem por causa do seu Ayn haRá (ganância, inveja, soberba …) um outro ensina que; ‘ a Lashon haRá (maledicências) e Ayn haRá (ganância, inveja, soberba …) causam a Tzara’at Ayn – O “Olho leproso” isto é; aquela pessoa que para ela é impossível olhar para coisas positivamente.
Como Yeshua (Jesus) ensinou; É os teus olhos a lâmpada do teu corpo; se os teus forem Ayin Tová (Olho Bom), todo o teu corpo será luminoso; mas, se forem Ayn haRá (Olho Mal),, o teu corpo ficará em trevas, Repara, pois, que a luz que há em ti não sejam trevas. Lucas 11:34-35
Tragicamente, é possível ter um Ayn haRá (Olho Mal), na direção do próprio D-us.
Quando temos dúvidas quanto a sua bondade ou vivendo sempre no medo do futuro, desta forma não somos tão diferente do ‘servo que via D-us como um carrasco’ – ‘Tive medo do senhor, porque sei que é um homem duro, que tira dos outros o que não é seu e colhe o que não plantou.’ Lucas 19:21
Nossa falta de confiança remove a luz do nosso caminho até que nos encontramos no poço do desespero, não é possível ver o caminho a percorrer. ‘Portanto, caso a luz que em ti há sejam trevas, que grandes trevas serão!’ Mateus 6:23
Os olhos da fé…
Ayin Tová (‘Olho Bom’) é o olhar da fé, esperança e amor; é a Perspectiva do Reino de D-us…
Vendo o próximo com o Ayin Tová (‘Olho Bom’) o ajuda a acreditar no seu valor, e que, por sua vez, ajuda a superar o mundo que vive. O Ayin Tová (‘Olho Bom’) nos leva a viver pelo princípio da Tzedaká (Justiça – caridade), portanto, é um meio de reparação de nosso mundo (Tikun Olam), convidando o melhor de si para ser divulgado sem medo.
É uma mensagem de amor e graça para outros em nossas vidas; ‘você é importante; você é valioso; você Importa; sua vida tem significado eterno…’
Escolhendo ver o melhor nos outros muitas vezes o leva a ver o seu verdadeiro valor.
A Haftará Miquéias – Pratique a justiça
A Haftará (porção de leitura dos profetas):
E do Profeta Mikah (Miquéias), um dos o Trei Asar ou 12 profetas chamados pelo S-nhor para chamar Israel a Teshuvah (Arrependimento).
Miquéias fala sobre o She’eirit Ya’akov, – o Remanescente de Jacó, uma palavra que vem da raiz do verbo sha’ar, significando ser deixado para trás ou sobra.
Miquéias profeticamente fala dos Acharit haYamim – Fim das Eras Presentes fala da batalha especial de Gog e Magog (que ocorrerá pouco antes da vinda de Mashiach – Messias), será uma bênção para a humanidade.
‘O restante de Jacó estará no meio de muitos povos, como orvalho do S-NHOR, como chuvisco sobre a erva, que não espera pelo homem, nem depende da humanidade… ’ Miquéias 5:6-8; E, assim, todo o Israel será salvo, como está escrito: Virá de Sião o Libertador e ele apartará de Jacó as impiedades. Romanos 11:26.
A Haftará termina com a questão retórica; ‘Com que me apresentarei perante Adonay e me inclinarei ante o D-us Excelso? Miquéias 6:6. E ao mesmo tempo ele nos fornece a resposta para nós: ‘que pratiques a justiça, e ames a chesed (Graça) e andes humildemente com o teu D-us’. Miquéias 6:8
‘Quem pratica boas obras, conquista um defensor (O Messias); quem comete uma má ação, arranja um acusador (Satanás)’ Talmud: Pirkei Avot, Rabi Eliezer’
וצדיק חונן ונותן
V’Tzadik chonen ve’notein
Salmo 37:21
Na vida judaica Tzedaká é um ato de retidão e justiça que vem através de ajudar ao próximo necessitado. É algumas vezes interpretado como ‘caridade’, mas a raiz da palavra hebraica significa ‘fazer justiça’ ou ‘ser justo’, sem nada a ver com filantropia ou caridade. Tzedaká significa ‘fazer o que é justo’ demonstrando atos de ‘Tzedek’ justiça e retidão na sua vida. D-us nos ensina na sua Torá que: Tzedek Tzedek Tirdof: ‘retidão e retidão vocês devem buscar’ (Deut.16:20)
Uma pessoa que rotineiramente pratica Tzedaká – atos de justiça e retidão é chamada de Tzadik – Justo. (Para mulher: Tzdeket).
Os seguidores de Yeshua (Jesus) o Messias eram conhecidos como Tzadikim – Justos (Mateus 5:16; 1°João 2:29 e 3:7-10). Por que demonstravam amor e compaixão ajudando uns aos outros.
Nossos Sábios Rabinos do Talmud nos ensinaram que praticar Tzedaká é um dos maiores mandamentos (Mitzvot) junto com arrependimento (Teshuvá) e as orações (Tefilá). A Tzedaká é chamada dádiva da vida, pois está escrito: No caminho da Tzedaká, está a vida… Provérbios 12:28
A maior Tzedaká (caridade-retidão) é habilitar o pobre a ganhar a sua vida; Talmud; Shabbat 63ª
Gemilut Chassidim – o Desempenho do Amor & Bondade
Os escritos bíblicos e rabínicos estão repletos de referências ao significado, necessidade e qualidades redentoras desta Mitzvá. Gemilut Chassidim é o próprio alicerce e pilar do Universo.
Sem justiça social e verdade moral, a integridade e compaixão encerradas no conceito de Gemilut chassidim, não pode haver sociedade; a humanidade não pode existir.
Bereshit Rabba 3 8:7; Baba Metzi’a 30b
Aceite sobre si o jugo do Reino dos Céus para se excederem no temor dos Céus, e para conduzir-vos uns aos outros com atos de bondade e amor. Sifre, Ha’azinu, par. 323,
Orientar outras pessoas e ensinar-lhes Torá, então, é parte da Mitzvá de Gemilut Chassidim. Tendo isso em vista, assim como fazer alguém se afastar do caminho da Torá é pior que feri-lo fisicamente, assim também, cuidar do bem-estar “espiritual” daqueles que necessitam é melhor que a provisão das necessidades físicas. Sobre isso é declarado:
Eles que os sábios reluzirão como o brilho do firmamento, e aqueles que levam muitos à integridade serão para sempre como as estrelas (Daniel 12:3).
Seja como os discípulos de Aaron, amando a paz e promovendo a paz, amando a humanidade e aproximando-a da Torá. (talmud. Pikei Avot 1:12)
“Aproximando-os da Torá” significa que deve-se influenciar as pessoas e levá-las sob as asas da Shechiná (a Divina Presença). Todo aquele que está sujeito à ordem de estudar Torá é também ordenado a ensinar Torá.
E nossa obrigação estudar e estudar, pesquisar aprofundar as escrituras sagradas, mas não é nossa obrigação chegar a uma conclusão final.
Mistérios das letras hebraicas
Ayin (não tem som)
A letra hebraica Ayin significa olho é a 16° letra do alfabeto hebraico tendo o valor numérico 70. A antiga forma pictográfica de Ayin era a forma de um olho. E mais tarde a antiga forma ktav Ivri ficou em forma de um circulo.
A letra Ayin não possui som. Isto vai depender da vogal associada a ela.
A letra Ayin significa Olho, por extensão podemos compreender que significa entender e obedecer (Jeremias 5:21. Isaias 6:10 Mateus 13:15) Ayin, indo mais longe, representa a luz da criação a luz “espiritual” mencionada em Genesis 1:3. de acordo com um Midrash Rabínico, esta Luz Divina é muito mais valiosa do que as luzes dos astros. Embora escondida na Torá podemos notá-la através “dos olhos” do Espírito santo, ou seja, D-us.
Alegorias a letra Ayin
A letra Ayin alegoricamente é tida como tendo dois olhos, pelo próprio fato dela significar olho. Estes ‘dois olhos’ conectam ao nervo ótico ao celebro. E estes ‘dois olhos’ representam as ações e as escolhas dos nossos desejos. Nós podemos ver as coisas através do Ayin HaTova (Olho Bom) ou através do Ayin HaRá (Olho Mal) para interagir ao mundo a nossa volta.
Ayin como já tido é uma letra sem som. É tido alegoricamente que Ayin vê, mas, é calado e por isto representa a atitude de humildade (Avaná) que começa com a letra Ayin assim como a palavra trabalho – Serviço (Avodá). (que também significa “culto” como em Avodá Adonay – Culto a Adonay : literalmente serviço a Adonay)
Por outro lado Ayin pode representar idolatria (Avodá zará) (lit. culto estranho ou serviço estranho) assim também como a palavra escravidão (Avedut) ambas começam com a letra Ayin.
Quando o Olho é mal (Ayin haRá) ele se torna escravo dos propósitos do pecado e do Yetzer HaRá (inclinação para o mal – desejos da carne). O rabino Rashi disse: ‘O coração e os olhos são espias do corpo e podem levar uma pessoa a desviar, Os olhos vêem o coração cobiça e o corpo transgride’ (números 15:39)
Uma pessoa segundo nossos sábios rabinos do Talmud é chamada de Olam Katan – um universo em miniatura, os olhos revelam o mundo interior e refletem ao mundo exterior (tratado Sanhedrin 4:5) O que sai de uma pessoa revela muito do seu caráter. Isto vem de encontro com o que Yeshua disse: O olho é a luz do corpo e se você tem um “Ayin HaTov” Olho bom seu corpo será todo luminoso, mas se tiver um “Ayin HaRá” Olho mal, então a luz que há em você é escura e seu corpo será todo em escuridão e que grande trevas será. (Mateus 6:22-23)
Ayin HaTov (olho bom) também é uma expressão idiomática para: generoso, benevolente, não invejoso.
Ayin HaRá (Olho mal) também é uma expressão idiomática para : sovina, invejoso, cobiçador, ganancioso….
De acordo no Talmud tratado Shabat 104ª o olho bom da letra hebraica Ayin está em direção da letra hebraica Samech da raiz Semoch (ajudar, auxiliar) anaiyim (pobre)
Este é o Ayin haTova (olho bom, generoso). Mas o olho mal da letra hebraica Ayin haRá (olho mal – inveja, sovina) está em direção da letra hebraica Pêi que significa ‘boca’ que alude ao consumo a inveja e ganância.
A Torá enfatizou a última letra da palavra, ShemA , que é o Ayin ע e a última letra da palavra EchaD , que é o dalet ד , no rolo da Torá estão maiores que as outras. Por que razão?
O Ayin e dalet em conjunto formam a ortografia ED ד ע que, em Hebraico, significa testemunho. Os Rabinos sábios judeus dizem que quando dizemos as palavras do ‘Shema’, estamos realmente tornando-nos testemunhas para a criação e Gloria de D-us. Na escrita pictográfica no hebraico era em forma de um olho. Na verdade Ayin significa literalmente olho. “Daí muita simbologia com a figura de um ‘olho’ em algumas decorações de artigos judaicos, pois como dizem as escrituras
“os olhos de D-us estão em todo lugar”, Provérbios 15:3 – 2° Crônicas 16:9
Segundo um Midrash Rabínico a letra Ayin ע que é a luz “espiritual” (Genesis 1:3). Tornou-se também um dos sinais dos primeiros crentes judeus em Yeshua (Jesus) não só porque a letra moderna lembra um peixe, mas também por ser “Olho” de serem testemunhas (olho) Atos 1:8, “você serão minhas testemunhas..”
A letra Dalet ד significa porta, é a sua forma hebraica antiga era em forma de um triangulo, o Nome David é formado por duas letras hebraicas Dalet talvez por isto as estrela de David em forma de dois triângulos sobrepostos e opostos sejam o símbolo pra a identificar a nação judaica israelita. Yeshua disse ser a Porta.
O Dalet (João 10;9). Da junção destas duas letras hebraicas temos a palavra Ed – testemunho.
Dai vemos símbolos de um triangulo com um olho no meio, isto é ד – ע Ayin e Dalet. Testemunho. Que na antiga escrita pictográfica era a forma de um olho e um triangulo.
Tumba da época de Yeshua (Jesus)
O “Olho do S-nhor”. Nas escrituras a intima relação do conhecimento de D-us sobre nossas vidas algumas vezes é referida como ‘os olhos do S-nhor estão em todos os lugares’ observando tanto o bem quanto o mal (provérbios 15:3) e algumas vezes referi-se como hashgachah. Os olhos do S-nhor focam-se na terra pra defender os justos (2 crônicas 16:9) e sustentando e livrando aqueles que apóiam e tem esperança na Sua Chesed (Graça).
Nas escrituras podemos ver: ‘Veja! Eu coloco diante de vocês hoje a Brachá (benção) e a Kêlala (Maldição)’ a benção se seguirmos os caminhos descritos na Torá e a maldição se desviarmos deles seguindo após falsos deuses e etc. Como a bíblia está cheia de rituais mais um ritual seria feito em relação a isto entre o Monte Gerezim e Ebal ao entrar na Terra prometida Eretz Israel e iam ser pronunciadas às conseqüências em relação as bênção e a maldição. (deuteronômio 27:12 e Josué 8:30-35)
Note que no original hebraico a palavra Veja – Re’eh está no singular, mas, a palavra le’peneichem – diante de vocês; está no plural indicando que cada pessoa deve ‘ver’ que a benção e a maldição afetarão toda a kahal (congregação) De Israel como um todo.
Kol Israel aravim zê la’zê
Todo o Israel (congregação) é responsável um pelos outros.
O Rabi Israel Bá’al Shem Tov ensinava que D-us cria o mundo novamente a cada microssegundo de tempo. Se nós somos Seus “parceiros na Criação” como atesta a bíblia, deveríamos ser capazes de fazer isso também – pelo menos uma vez ao dia.
Acorde amanhã – e comece tudo de novo e algo novo.

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