Moisés fez então uma serpente de cobre(נחושת) e a colocou num poste. Quando alguém era mordido por uma serpente (נחשׂ) e olhava para a serpente de cobre (נחשׂ נחשׂת), permanecia vivo. Números 21:9
 
A reclamação sobre o miraculoso maná dos Céus (מן מן השמים), uma das grandes bênçãos de D-us (אלוהים)! Em resposta, Adonay (יהוה) envia serpentes abrasadoras (הנחשׂים השׁרפים) para atacar a nação, matando um grande número de pessoas. Percebendo a gravidade da sua ingratidão, as pessoas se aproximam de Moisés e reconhecem que erram gravemente ao reclamar contra o Maná (מן). Moisés então intercede a D-us em nome do povo. D-us instrui Moisés fazer uma serpente (נחשׂ) e coloque-a sobre uma haste de madeira. Moisés faz uma serpente de cobre (נחשׂ נחשׂת) e, milagrosamente, qualquer pessoa atingida pelo veneno, olhava para a cobra no poste de madeira sobreviva.
 
Observe que a solução para a praga de serpentes não envolvia se livrar das próprias serpentes. Por que mandar fazer uma serpente de bronze colocando-a em um poste para ser vista, em vez de simplesmente não sumir com todas as cobras?
 
A antiga sabedoria judaica aponta que as palavras para cobre e Serpente são feitas com as letras da mesma raiz hebraica.
 
נחשׂ נחשׂת
Nachash Nechoset
Serpente de Cobre
 
A palavra Hebraica para o cobre é Nechoshet (נחשׂת) A cor vermelha foi usada para parar o julgamento de D-us. A serpente (נחשׂ) foi construída de cobre, que é um metal “avermelhado”. D-us disse a Moises para fazer uma Saraf (שׁרף) [um tipo de serpente “reluzente” – (עשׁה לך שׁרף) números 21:8], e colocá-la em uma haste. Moises os fez de cobre.
Saraf (שׁרף) significa em chamas, (ou ardente) daí a palavra Serafim (שרפים), os anjos (מלאכי שרפים) que são em forma de chamas reluzentes ou de corpo brilhantes.
 
Em outras palavras, a palavra serpente (נחשׂ) combina diretamente com a palavra cobre na palavra. Uma pessoa olhando para o cobre (נחושת) palavra nem percebe que existe uma serpente (נחשׂ) inserida lá!
 
A antiga sabedoria judaica ensina que a serpente representa a inclinação para fazer o mal que está presente no Ser Humano (בן אדם).
No entanto, muito poucos de nós abertamente optamos por fazer o que é mal. Em vez disso, racionalizamos as nossas escolhas e nos convencemos de nossa própria justiça.
Os seres humanos se esforçam para fazer as escolhas certas, devido à atração das escolhas erradas. Assim como a cobra se mistura junto as vegetações rasteiras para que ela simplesmente não possa ser vista, o mesmo acontece com mistura do mal com o bem. A serpente atrai-nos a acreditar que a sua voz dentro de nós é, de fato, os nossos melhores instintos falando.
 
A solução é tomar a serpente e coloque-a em uma haste. Leva-la para fora dos tons onde se esconde e identificá-la para mostrar a fraude que ela é. Que parte do Ser Humano (בן אדם) que diz a ele para cometer erros e ou exorta-o a escolher o fugaz sobre o que é eterno, não é realmente uma parte dele de modo algum!
 
Não há como se livrar da “serpente”; desafios desconcertantes estão aqui para ficar. Este mundo é confuso. Frequentemente, nós precisamos da “Serpente na Haste” para nos ajudar a remover as os venenos que nos matam da “serpente que está no chão”.
 
Quando o errado não é mais expresso na moita, ele já não pode ser tão facilmente apresentado como bom. Quando uma pessoa percebe que as razões as quais está evitando a haste são meramente intuições internas de uma “serpente estrangeira”, suas escolhas vão levar a um melhor resultado do que outro e ficaremos mais equipado para tomar decisões sábias.
 
Não foi a solução para D-us tirar a Serpente (Satanás- נחשׂ) e os demônios e etc do mundo, pois isto de nada adiantaria se não tirasse a maldade e o mal do coração dos seres humanos.
 
É pelo próprio veneno da cobra e que temos o antídoto para a cura, alias a cura é encontrada em cada veneno dos animais peçonhentos (o símbolo mundial das áreas de farmacologia e medicina é a cobra em uma haste).

Nachash (נחשׂ) é o termo hebraico mais genérico e muito usual para “serpente”. Nessa forma, foi também usado como nome próprio de alguns personagens bíblicos, dos quais o mais importante foi um rei dos amônitas. A palavra também se aplica, em especial, à serpente do Jardim do Éden.
Embora Nachash (נחשׂ) usualmente seja identificado com o animal ‘cobra’ porque D-us disse que este Ser ia rastejar no seu próprio ventre, a palavra Nachash (נחשׂ) na verdade pode significar ‘reluzir’ (como um cobre ou como metal na fornalha) ou vem da raiz hebraica ‘sussurrar’ (לוחשת), mas a palavra está sempre ligada a ‘reluzir’ como um metal na fornalha. E usada como expressão “popular bíblica” para ‘feiticeiro’ (מכשף).
Qual é a perspectiva da Torá em relação à feitiçaria?
A Torá nós ensina, por exemplo:
 “O feiticeiro não deve ter permissão para viver.” (Êxodo 22:17)
“Quando entrares na terra que D-us lhe concedeu; não aprenderás a fazer conforme as abominações daqueles povos. Não se achará entre ti…nem adivinhador, nem agoureiro, nem feiticeiro (ומנחשׂ)…nem quem consulte os mortos. Pois todo aquele que faz tal coisa é abominação para D-us, e é por causa destas abominações que D-us está lhe dando sua terra.” (Deuteronômio. 18:9-12)
 
Yeshua (Jesus) identifica este ser Nachash (נחשׂ) como sendo o próprio HaSatan – השטן(o Adversário da humanidade)
וַיִּתְפֹּשׂ אֶת־הַתַּנִּין אֶת־הַנָּחָשׁ הַקַּדְמֹנִי הוּא הַשָּׁטָן הַשּׂוֹטֵן
Ele prendeu o Tanin (תנין) (leviatã ou monstro ou dragão etc.), a antiga Nachash (נחשׂ), que é HaSatan – השטן(opositor, – ‘Satanás’) e hashoten – הַשּׂוֹטֵן(aquele que destrói ou que se opõe – diabo), e o amarrou por mil anos…  Apocalipse 20:2
 
Curiosidades: Nas escavações em Timna, cerca de 25 quilômetros ao norte de Eilat, acharam-se notáveis confirmações desta história bíblica, ou pelo menos da sua origem no período de peregrinações no deserto. Ao pé de um dos pilares de Salomão em Timna, Rothenberg encontrou um templo de Hathor, deus egípcio, usado no século XIII a.C., ele foi tomado pelos midianitas, que o cobriram de cortinas e fizeram dele um santuário em forma de tenda, algo semelhante ao tabernáculo. Dentro dessa tenda-templo, no santuário, foi encontrada uma serpente de cobre com doze centímetros de comprimento.                                                                      Segundo Gordon J. Wenhan em seu comentário do livro de números
O que aconteceu à serpente de cobre? Está em II reis 18:3 – 4, “[Hezekiah] Seguindo o exemplo do seu antepassado, o rei Davi, fez aquilo que era certo a Adonay. Ele destruiu os lugares pagãos de adoração, derrubou o Poste-ídolo. Também fez em pedaços a cobra de bronze que Moisés havia feito e que era chamada de Nechashotan. (נחושתן) Até aquela época o povo de Israel queimava incenso em honra dela”.
A serpente de cobre que D-us havia ordenado Moises com o passar dos anos os filhos de Israel praticaram idolatria transformando-a em um deus. E fazendo cultos para ela, ao invés da serpente ser uma forma de reconhecimento a D-us, se tornou uma “serpente curativa” independente do poder de D-us.
E isto era idolatria. Então o Rei Ezequias (המלך חזקיהו) a destruiu fazendo-a em pedaços (700 anos após Moises).
Para nós judeus, a “espiritualidade” é a ética. Qualquer forma de “espiritualidade” que não faz nenhuma demanda ética e conduta moral ao ser humano, não busca trazê-lo mais íntimo de D-us, é “espiritualidade” falsa ou mal.