Hanuká e Epifânio – (Hebreus 11:36-39)
Em João 10:22-23:
“Celebrava-se então em Yerushalayim a festa de Hanukah (Dedicação).
E era inverno. Andava Yeshua (Jesus) passeando no Beit HaMikdash (Templo. Hanuká…
Hanuká
(Dedicação)
חנוכה
E proferirá palavras contra Elyah עליא (o Altíssimo), ferirá os separados de Elionin עליונין (Altíssimo) e cuidará em mudar os Moadim (tempos apontados por D-us, ou seja, as festas do S-nhor) e a Torah (Lei). (Daniel 7:25)
Antíoco IV, Rei dos Selêucidas (Grego-sírios que ocupavam Israel), objetivando exterminar o “judaísmo”, tomou e profanou o Templo Sagrado de Jerusalém, exigindo que os judeus abandonassem sua fé. Entre outras coisas, Antíoco proibiu exatamente os mandamentos da Torá que constituíam o vínculo entre D-us e o povo judeu, ou seja, se tratava de proibições estritamente relacionadas à FÉ em um D-us único e seus mandamentos.
Os judeus foram proibidos de guardar o Shabat (sábado), de praticar o rito da circuncisão (Brit Milá) e de proclamar o início do novo mês pelo calendário bíblico (lua nova), o Rosh Chodesh.
Além disso, Antíoco forçou os judeus a se curvarem a ídolos, sob pena de morte.
Os que se recusaram a ceder à idolatria e a se assimilar à cultura Greco-síria foram massacrados e, aos sobreviventes, foram impostas severas penas.
Como esta historia sempre se repete ao longo dos séculos deste que D-us nos deu sua Torá através de Moises.
Quando os apóstolos morreram e os gentios (Cristãos) já eram em bem maior numero que os judeus crentes, o que eles fizeram?
*Expulsaram os judeus de sua convivência, pelo edito do rei romano baniram o Shabat (sábado) os Moadim (as festas) tais como Rosh Chodesh – (lua nova), Pesach (Páscoa bíblica), Sukot (Tabernaculos), Shavuot (pentecostes) e a Brit milá (circuncisão), com os anos passaram a queimar em suas fogueiras de inquisição os judeus sejam judeus crentes ou não e seus livros tais como ‘rolos de Torá’, Talmud e etc.
Nós vimos isto ocorrer varias vezes na Época da inquisição espanhol-portuguesa, e também nos editos de Martinho Lutero e outros protestantes que mandavam queimar também os livros judaicos tais como rolos de Torá, Talmud, isto também ocorreu nos pogroms da Rússia, e tudo isto culminando na época da Alemanha nazista.
Hanuká e a batalha “espiritual”
Chanukah (Hanuká) é uma história sobre o remanescente comprometido com a verdade em um mundo sem D-us e, portanto, um mundo insano.
Afinal de contas, desde que a realidade final é a ‘obra’ (ou seja, um projeto consciente) de um único, Todo-Poderoso, onisciente, gracioso, “moralmente perfeito”… ‘Agente Espiritual’ que foi revelado nas Escrituras judaicas, então aqueles que negam essa realidade final estão vivendo em um estado de ilusão, ou seja, em uma prolongada ‘alucinação’ que indica uma mudança radical do que é realmente real.
Em certo sentido, a história da humanidade – especialmente como ela se expressa filosoficamente e do ponto de vista político – tem sido nada menos que a convivência consciente para redefinir a realidade como algo ela que não é.
Considere:
‘Os reis da terra e os governantes (רוֹזְנִים) conspiram juntos contra Adonay e seu Mashiach (Ungido)’ Salmo 2:1-3.
A Guerra “espiritual” é, portanto, a luta pela sanidade e verdade em um mundo que prefere a loucura e auto-engano.
Um grande anti-semita, o Cristão Tertuliano pai da Igreja primitiva (160-220 D/C.) uma vez fez uma pergunta: “o que Atenas tem a ver com Jerusalém?” (desprezando Jerusalém e os judeus). Ele, porém erradamente, com uma idéia espiritualista da ‘teologia da substituição’, para categoricamente caluniar o povo judeu (ver Adversus Iudaeos, c. 200 AD).
Historicamente falando, os judeus fiéis sempre amaram a Torá e tem resistido a ir em direção a assimilação… Na verdade, qual outra nação que sobreviveu ao longo dos milênios como têm sido os judeus (mesmo espalhados em vários países e culturas diferentes) como povo distinto?
Infelizmente, é um pecado contínuo de muitas das “Igrejas” cristãs atuais e seus líderes desconhecerem a existência milagrosa de Israel como povo – incluindo o moderno Estado de Israel, recusando-se a dar ao S-nhor D-us de Israel (que é o D-us de Jesus e dos apóstolos) a glória por sua fidelidade…
Olha… Se D-us não é fiel as promessas feitas ao Israel étnico, o que faz estas pessoas pensarem que ELE não mudaria sua mente sobre a Igreja, também? Mas estou só divagando aqui…
Historicamente, Hanuká lembra a resistência dos Macabeus a uma ‘Helenização’ forçada (ou seja, a propagação da cultura pagã gentílica) sobre os filhos de Israel, embora em geral represente ate hoje a luta contra a assimilação prevalecente, ao “sistema de mundo” pelos filhos da aliança.
No mundo moderno, por exemplo, a pressão para assimilar leva a forma do ‘politicamente correto’ e a aceitação da propaganda oficial que o pluralismo multicultural e o relativismo cultural são a verdade.
Para aqueles de nós, ‘filhos da aliança’, e que seguem Yeshua o Messias, Hanuká é a ousadia da proclamação que a Luz do mundo chegou, apesar de encarar que as pessoas amam mais o politicamente correto, as trevas, a religiosidade vazia politicamente correta ou por etnia cultural do que a própria Luz (considere João 3:19).
A história de Hanuká remonta à Grécia antiga e a visão pagã do mundo.
Em 175 A/C. um novo rei, Antíoco IV (também chamado de “Epifânio”, que significa deus encarnado) ascendeu ao trono.
Sob a “égide” do seu regime, Jerusalém começou a parecer mais como uma cidade grega quando oficialmente foi promovida a cultura helênica.
Mais tarde, quando Antíoco retornou de uma bem-sucedida campanha militar contra o Egito, ele decidiu reprimir o levante judaico e matou cerca de 40 mil pessoas em Jerusalém.
Após isso, ele decretou que os judeus deveriam abandonar sua fé, o judaísmo, a Torá, as práticas religiosas as festas, deixar de oferecer sacrifícios no Templo. (sempre vão aparecer pessoas e teologias promulgando isto, o abandono da Torá, do Sábado, das Festas do S-nhor, das leis dietéticas bíblicas e etc., e ate usando as escrituras sagradas pra isto)
O Santo Templo propriamente dito foi profanado e imagens do deus de Zeus foram colocadas no altar e no Santuário. Altares pagãos foram erguidos em toda a Judéia e porcos foram regularmente sacrificados sobre eles.
O estudo da Torá foi proibido, bem como foi proibido à observância do Shabat, Moadim – festas e a Brit Milá – circuncisão, e a penalidade por desobediência destes decretos era a morte. (bem como aconteceu após a morte dos apóstolos, e com as idéias dos pais da igreja fundando o cristianismo em meados do século 2)
Muitos judeus fugiram e esconderam-se no deserto e cavernas e muitos morreram
Kidush HaShem (Santificando o Nome de D-us) como mártires (considere Hebreus 11:36-39).
“E quando o rei havia construído um altar de ídolo sobre o altar de D-us, ele sacrificou um PORCO sobre ele, e assim ofereceu um sacrifício que não era de acordo com a Torá nem com a adoração Judaica naquele país. Ele também os compeliu a abandonarem a adoração que eles prestavam ao seu próprio D-us, e a adorar àqueles a quem ele tomara por deuses. E ele os fez construírem templos, e levantarem altares de ídolos em toda cidade e vilarejo, e a oferecerem suínos sobre eles diariamente. Ele também os ordenou a não circuncidarem seus filhos, e ameaçou punir qualquer que fosse encontrado transgredindo o seu decreto. Ele também apontou supervisores, que deveriam compelir a fazer tudo o que ele ordenasse. E de fato muitos judeus havia que acataram os decretos do rei, quer voluntariamente, ou por medo da
penalidade que fora denunciada. Mas os melhores homens, aqueles de almas mais nobres, não o consideraram, mas prestaram um respeito aos costumes dos antepassados do que a preocupação com a punição com a qual ele ameaçou aos desobedientes. Por isto, todos os dias eles sofreram grande agonia e tormentos amargos. Pois eles foram açoitados com varas, e seus corpos despedaçados, e foram crucificados enquanto ainda estavam vivos e respiravam. Eles também estrangularam aquelas mulheres e seus filhos que foram circuncidados, tal qual ordenado pelo rei, pendurando seus filhos pelos seus pescoços tal como o foram nas cruzes (Hebreus 11:36-39).” “E se havia algum livro sagrado da Torá a ser encontrado, era destruído, e aqueles com quem fossem encontrados também pereceram em agonia.” (Antiguidades dos Judeus, por Josefo, Livro 12 capítulo 5)
Após a vitoria e a expulsão dos inimigos quando os sacerdotes judeus fiéis procuravam o Azeite especial para ascender à luz da Menorá, no entanto, eles encontraram apenas um frasco que não estava contaminado (ou seja, somente um ainda tinha o selo do Sumo Sacerdote). O óleo neste jarro era suficiente para queimar por apenas um dia e eles necessitavam de oito dias até que novos azeites para a Menorá pudessem ser produzidos.
Segundo a tradição, a oferta de um dia de óleo de azeite milagrosamente queimou na Menorá durante 8 dias e mais tarde, este período foi comemorado como Chanukah (lê-se rranuká) – Dedicação, também conhecido como a Festa das luzes.
Curiosamente, Hanuká é mencionada apenas pouquíssimas vezes no Talmud (20a Shabat, 21b), talvez porque a Dinastia dos Macabeus, os que lutaram na batalha par expulsar os inimigos (os antepassados dos Saduceus) acabaram por se tornar inteiramente corrompidos (na época Romana) e o Talmud (que se desenvolveu na tradição dos Fariseus) não quiseram chamar muita atenção aos Macabeus.
Por conseguinte as declarações dos Rabinos do Talmud (escritos séculos após os Macabeus) falam sobre o milagre do azeite, em vez de mérito da resistência dos Macabeus.
Esta abordagem foi adotada no judaísmo normativo e hoje a festa de Hanuká principalmente centra sobre o milagre das luzes (ou seja, no acender das velas, ou luzes) em vez da revolta militar.
“Hanuká” é mencionada na Torá propriamente dito.
Em primeiro lugar, a 25° palavra na Torá, é ‘Luz’, como em “haja luz” (Genesis 1:3), e alguns dos Sábios rabinos da antiguidade dizem que isto alude a 25º de Kislev (quando Hanuká e celebrada, o 1°dia dos 8 dias)
Segundo, imediatamente após As festas do S-nhor (Moedim) do ano judaico enumerados em Levítico 23, há o mandamento ‘trazer óleo puro de azeite para manter a Menorá do Templo acesa constantemente’ é dado (Deuteronômio 24: 1-2) e isso é dito para profetizar o tempo de Hanuká.
Alguns estudiosos da Bíblia dizem que o profeta Daniel previa os acontecimentos de Hanuká séculos antes numa visão (Daniel 8:1-12) e aludindo também ao anticristo (ou na tradição judaica; Armilus).
Anos após, Yeshua (Jesus) celebrou Hanuká no Templo que tinha sido limpo e dedicado apenas algumas gerações anteriores (João 10:22).
Foi aqui que os Saduceus (administradores do Templo) perguntaram se ele era o Messias.
Durante esta ‘temporada de milagres (Nissim)’, Yeshua (Jesus) assinalou que as obras que ele fazia atestavam a sua figura tão esperada O Mashiach do povo judeu (João 10:37-38).
Finalmente, em um sentido escatológico “Epifânio” (deus encarnado) prenuncia o tempo próximo do “Messias do mal” (anti-Cristo – Armilus) que será um dia, mais uma vez em muitas, a tentativa de ‘assimilar’ o Povo Judeu ao sistema do mundo e toda a humanidade em um “novo” sistema mundial (Daniel 9:27, 2°Tessalonicenses 2:3; apocalipse 13:7-9, etc.).
Na prática, a palavra Chanukah – Hanuká (חֲנֻכָּה) significa ‘Dedicação’, uma palavra que compartilha a mesma raiz hebraica da palavra Chinuch (חִנּוּךְ) que significa ‘educação – estudo’.
Assim como os Macabeus lutaram e morreram por causa da verdade da Torá, então nós devemos fazer guerra dentro de nós mesmos e quebra a Fortaleza da apatia e da indiferença que é gerada pelo sistema atual desta Era.
Devemos ter tempo para nos educar através do Talmud Torah – estudo da Torá e pois assim estaremos ‘dedicados’ ao serviço da verdade e habilitados para resistir à assimilação deste sistema corrupto. (1° João 2:15).
A “limpeza do Templo” acima de tudo é uma questão do coração.
O inimigo é a apatia e a incredulidade indutora. Somos chamados a “luta” e não para estar em conformidade com esta época com suas seduções e seus compromissos (1° Timóteo 6:12, Romanos 12:2).

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