Judaizante ou paganizante
Muitas vezes não percebemos o que não está sendo dito por causa do que está sendo dito.
Em outras palavras, suposições ocultas ou não ditas estão sempre a trabalho da comunicação, embora nós raramente tenhamos tempo para examinar seriamente estes pressupostos para nós mesmos.
Anunciantes, políticos, lideres religiosos e outros que desejam controlar seu pensamento e sua vida, implicitamente entendem isso e, portanto, regularmente empregam várias técnicas para distraí-lo de examinar suas suposições.
Eles entendem que quanto mais alto ou berrando (ou com mais freqüência e mais ameaçando as pessoas) algo é dito, menos provavelmente você irá questionar seu status de veracidade ou se envolver em uma razoável critica sobre o assunto ou pensar por si próprio… e desenvolver um pensamento critico sobre qualquer assunto.
Em outras palavras, a “verdade” para tais pragmáticos é pouco mais do que de persuasão. Ganhar a multidão para acreditar ‘neles’ e ‘eles’ tem a “verdade” suprema.
O estudo dos diferentes sistemas de calendário usado no mundo é altamente complicado e complexo.
Considere, por exemplo, os calendários dos antigos egípcios, os Sumérios (ou seja, babilônios) e os astecas. Ou considere os Druidas e suas lendas e o antiguíssimo ‘Stonehenge’…
Na verdade, existem inúmeros sistemas de calendário que desenvolveram ao longo da história humana – alguns com base na aparência da Lua (calendários lunares), alguns com base no sol (calendários solares), e ainda outros com base em diversos signos astrológicos e presságios (astecas seguiram os movimentos do planeta Vênus, e os romanos a contagem para trás a partir de pontos fixos de ciclo da Lua e considerando os meses de 29 dias de mau agouro).
A Torá designa o mês de Nisan (Aviv biblicamente chamado, ou seja ‘Primavera’) como o primeiro mês do ano (Êxodo 12:2). Originalmente, em seguida, o calendário hebraico foi lunar e observacional. Quando a lua nova era avistada, um novo mês começava. (hoje já temos tecnologia pra saber o aparecimento da lua nova pra iniciar o mês bíblico)
Uma vez que na Torá também identifica Sukot (Tabernaculos) como ‘o fim do ano da colheita’ (Êxodo 23:16), os sábios da Mishná mais tarde identificaram o mês de Outono (1º Tishri – Rosh Hashaná) (ou seja, o ‘7º mês’) como o início de um ‘novo ano’ civil judaico….
Durante o exílio babilônico (século 6 A/C.), foram adotados babilônicos nomes para os meses hebraicos (ou seja, ex: Tamuz). Isso poderia ser um volta aos dias dos Sumérios ao calendário de Abraão…
Na época em que a Mishná (“estatuto judaico”) foi compilado (por volta de 200 D/C.), os sábios tinham identificado quatro datas de “anos novos” para cada ano lunar-solar (o calendário judeu moderno aparentemente foi ratificado por Hillel O Velho no século III D/C.):
1º de Nisan (Rosh Hodashim) Este é o começo do ano do ponto de vista das Escrituras Sagradas (Bíblia) O Ano novo bíblico. 1º de Nisan (Aviv) marca o início do mês do êxodo do Egito e o início da história nacional judaica. 1º de Nisan é também quando começa a contagem para as festas do calendário hebraico e contagem dos reinados dos Reis. (ou seja, é o Ano Novo Litúrgico – do funcionamento do Templo, da contagem dos reinados)
1º de Elul – Este é o início do ano do ponto de vista dos dízimos (המעשר – Maaser) dos gados para o sacrifício no Templo. Uma vez que o segundo templo foi destruído em 70 D/C, os rabinos decretaram que esta data deve marcar o Tempo de Selichot, ou seja, a preparação para arrependimento antes de Rosh Hashaná.
1º de Tishri – depois da destruição do 2º Templo, os antigos rabinos decretaram que 1º de Tishri marcaria o início do ano do ponto de vista da vida cívica judaica. 1º Tishri, portanto, é chamado de Rosh Hashaná (“inicio do ano”) que inicia os dez dias ‘auto-exame’ das pessoas e que culmina no dia da Expiação (Yom Kipur).
15º de Shevat (Tu B’Shevat) -Este é o começo do ano do ponto de vista do Maaser (dízimo) (המעשר) dos frutos das árvores.
Hoje Tu B’Shevat representa um dia nacional da árvore em Israel, com cerimônias em Israel de plantação de árvores. (ou seja ano novo fiscal)
Em termos práticos, no entanto, existem dois chamados “ano novo” na tradição judaica. A 1º ocorre duas semanas antes da Páscoa (1º de Nisan – Aviv) inicio do ano litúrgico… E o 2º ocorre dez dias antes do Yom Kipur, ou seja, o ano novo civil – (o outro dois “ano novos” não são regularmente observados, exceto pelos ultra-ortodoxos).
O primeiro Ano Novo “é bíblico” e é chamado de Rosh Hodashim (Êxodo 12:2). Este é o mês da redenção do povo judeu – e também é o mês no qual foi o ‘Messias ben Yosef’ (Yeshua) foi sacrificado sobre uma Cruz (צלב) em Moriah (Jerusalém – Zion) pelos nossos pecados.
Tudo isto está em contraste marcante, no entanto, com o calendário mais utilizado no mundo de hoje – o ‘calendário gregoriano’– em homenagem a Papa Gregório XIII, que reinou sobre a Igreja Cristã nos anos 1500.
O calendário gregoriano é considerado como uma revisão do calendário Juliano (que foi uma revisão dos calendários grego/romano) retém a maioria dos nomes dos dias da semana e meses do ano da antiga Roma (e, portanto também, da Grécia antiga).
Os antigos gregos chamavam os dias da semana após o sol, a Lua e os cinco planetas conhecidos (Marte, mercúrio, Júpiter, Vênus e Saturno) dos quais os mesmos foram associados com os deuses, Ares, Hermes, Zeus, Afrodite e Cronos, respectivamente:
*Domingo. Latin: solis dies – ‘Dia do Sol’. Domingo celebra a representação do ‘deus sol’, Ra, Hélios, Apolo, Ogmios, Mitrias ou a representação da deusa do sol, Phoebe (fiebe).
No ano 321 D/c, o imperador romano Constantino após sua conversão ao cristianismo decidiu que o primeiro dia da semana, ‘o dia de veneração do sol’, que deveria ser o dia de descanso dos Cristãos.
O nome foi mudado mais tarde para ‘Dominica dies’ – “Dia do senhor” na tradição eclesiástica cristã ate os dias de hoje.
*Em outras línguas Latinas a ‘Segunda feira’ (fora o Português) – Lunes – Lundi- Lunedì – Luni: lunae dies – ‘Dia de Lua’. Ele foi nomeado em honra da deusa Assíria, Selene, Luna e Mani.
Assim como nas línguas britânicas e germânicas e nórdicas e eslavas – Monday – Mandag – Montag e etc.
*Em outras línguas Latinas a ‘Terça-feira’ (fora o português). Latina: Martis Dies – ‘Dia de Marte’. Mardi – Martes – Martedì- Marţi. Na mitologia grega, Ares era o deus da guerra (renomeado para ‘Marte’ pelos romanos).
Em inglês e outras línguas nórdicas e germânicas e eslavas, a ‘Terça-feira’ vem de Tiu (Twia), o deus anglo-saxão e nórdico da guerra e o do céu (identificado com o deus nórdico chamado Tyr ) Tuesday- Tirsdag – Dinsdag – Dienstag e etc.
*Em outras línguas Latinas a ‘Quarta-feira’ (fora o português). Latin: Mercurii Dies – ‘Dia de mercúrio’. Mercredi – Miércoles – Mercoledì – Miercuri
Na mitologia grega Hermes era o deus do comércio (renomeado ‘Mercuri’ pelos romanos) -por isto falamos ‘mercado’ para o lugar de comércio.
Em inglês e nas línguas germânicas e nórdicas e eslavas, o nome “Quarta-feira” deriva do deus escandinavo Odin, o principal deus do panteão nórdico. Woden é o principal deus Anglo-saxônico/Teutônica, o deus da caça e da selva. Mittwoch – Onsdag – Wednesday – Woensdag e etc.
*Em outras línguas Latinas a ‘Quinta-feira’ (fora o português). Latin: Iovis Dies – ‘Dia de Júpiter’. Jeudi – Giovedì – Jueves – Joi.
Na mitologia grega, Zeus era o deus do céu (renomeado para ‘Júpiter’ pelos romanos).
Na língua anglo-saxônica, nórdicas a palavra para ‘Quinta-feira’ provém do deus nórdico Thor – (a contraparte de Júpiter). Torsdag – Donnerstag – Thursday e etc.
*Em outras línguas Latinas a ‘Sexta-feira’ (fora o português). Latin: Veneris dies – ‘Dia de Vênus’. Viernes – Venerdì – Vineri – Vendredi.
Na mitologia grega Afrodite era a deusa do amor/fertilidade (rebatizada de ‘Venus’ pelos romanos).
O nome ‘Sexta-feira’ nas línguas nórdicas anglo-saxônicas e eslavas vem de Freya (Fria), o nome de esposa do deus nórdico Odin e a da deusa Teutônica- deusa do amor, a beleza e a fertilidade. Freitag – Fredag – Friday e etc.
*Em outras línguas Latinas o ‘Sábado’ Latin: Saturni dies – ‘Dia de Saturno’. Sabato – Samedi – Sâmbătă – Sábado.
Na mitologia grega, Cronos era o deus da colheita (renomeado ‘Saturno’ pelos romanos) que governou até ser destronado por seu filho Zeus.
Da mesma forma os nomes dos meses (“luas”) têm conexões pagãs romanas e gregas e por fim babilônicas.
O mês de Janeiro, por exemplo, é chamado de Janus, um deus romano duplicidade de faces, o “deus dos vãos das portas”, que tinham um cara olhando para a frente e outra para trás (cara de Janus).
Já o mês de Março em homenagem a Marte, o deus da guerra. Já o mês de Abril para a deusa de fertilidade Afrodite, já Julho é chamado em nome de Júlio César, já agosto de César Augusto e assim por diante…
Naturalmente, o calendário gregoriano da tradição da Igreja crista e por conseqüente de todo mundo ocidental ou não e assimilado e extraído do Panteão pagão seu próprio calendário litúrgico, como revelam os nomes latinos dos dias e meses, assim como os nórdicos ou eslavos.
אֶל־דֶּרֶךְ הַגּוֹיִם אַל־תִּלְמָדוּ
וּמֵאתוֹת הַשָּׁמַיִם אַל־תֵּחָתּוּ
כִּי־יֵחַתּוּ הַגּוֹיִם מֵהֵמָּה
כִּי־חֻקּוֹת הָעַמִּים הֶבֶל הוּא
El derech haGoyim Al tilmadu
Umeotot haShamayim Al techatu
Ki Yechatu haGoyim mehemah
Ki hukot haAmim Hevel hu
Não aprendam as práticas dos gentios
nem se assustem com os sinais no céu,
embora os gentios se assustem com eles.
A cultura dos gentios são fúteis:
(Jeremias 10:2-3)
Francamente que certos teólogos cristãos e pregadores podem ser tão meticuloso sobre certas coisas tais como acusar aqueles que levam as Festas do S-nhor para o mundo cristão – o Sábado do S-nhor e outras práticas bíblicas de judaizantes e ainda serem aparentemente alheio ao fato de que a igreja moderna, institucionalizada grande parte da sua substância e prática são heranças do paganismo romano e grego e por assim dizer babilônico…
Para estes que estao sendo acusados de judaizantes
É preferível ser “judaizante” a ser paganizante…
Entenda; não estou sugerindo que deveríamos rejeitar o calendário secular em detrimento de calendário bíblico, pelo menos para assuntos práticos, do dia a dia neste mundo.
Feliz ano civil secular 2012

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