Ki Tetzê -Deuteronômio 21:10 á 25:19-

Ki Tetzê -Deuteronômio 21:10 á 25:19-

כי תצא
Ki Tetzê (Quando você for para)
Parashá: Deuteronômio 21:10 á 25:19
Haftará: Isaias 54:1-10
Brit Hadashá: 1° Corintos 5:1-5
מסיר אזנו משׂמע תורה גם תפלתו תועבה
O que desvia os ouvidos de escutar a Torá (lei),
até a sua oração será repugnante
(Provérbios 28:9)
 

A Parashá Ki Tetzê contém 74 Mitzvot. Nela, são abordados os mais diferentes assuntos. Desde leis referentes à guerra até considerações sobre o aferimento de uma balança, leis referentes à herança, sobre rebeldia dos filhos, sobre misturas de materiais ‘shatnez’, difamação de uma mulher casada, a proibição de diversos tipos de casamento, a responsabilidade da fidelidade no pagamento aos empregados, assim como a consideração pelos órfãos e as viúvas, os desfavorecidos.

 

Ishá Yefat Toar – A prisioneira bonita e “formosa a vista”.

 

Mudanças:
Considere Deuteronômio 21:10-14, Quando saíres à guerra contra os teus inimigos, e Adonay teu D-us os entregar nas tuas mãos, e os levares cativos, se vires entre as cativas uma mulher formosa à vista e, afeiçoando-te a ela, quiseres tomá-la por mulher, então a trarás para a tua casa; e ela, tendo rapado a cabeça, cortado as unhas, e despido as vestes do seu cativeiro, ficará na tua casa, e chorará a seu pai e a sua mãe um mês inteiro; depois disso estarás com ela, e serás seu marido e ela será tua mulher. E, se te enfadares dela, deixá-la-ás ir à sua vontade; mas de modo nenhum a venderás por dinheiro, nem a tratarás como escrava, porque a humilhaste.

A palavra, Yvrit עברית Hebreu alude a: cruzar – atravessar, ou seja, sair de um ponto para o outro. Dizer que você é um Hebreu quer dizer que você é aquele que atravessa, ou seja, que sai de um ponto ao outro, é um pro ativo. Desde o momento em que D-us chama Abraão como o primeiro Hebreu (Yvrit) (por definição Abraão foi um Gentio converso, o primeiro Hebreu (por conseqüência o primeiro Judeu), Também por conseqüência Adonay definiu o caminho para qualquer Gér (prosélito gentio), qualquer estrangeiro, que deseja aderir à linhagem de Abraão, assim pode fazê-lo. Aderindo á linhagem de Abraão e seus descendentes judeus’, eles são aqueles que têm atravessado ou saído de um ponto ao outro e são considerados Hebreus.

 

Adonay faz tudo para purificar a cada um de nós. Ele fará tudo o que puder para tirar-nos de onde estamos para levarmos a outro ponto, a onde deveríamos estar: com ELE na eternidade. Se não o fizermos, é porque nós não temos submetidos à Sua vontade em nossas vidas pessoais.

Uma coisa que precisamos perceber é que cada um de nós tem muitas impurezas e imperfeições. Se não dermos o benefício da dúvida, mas apenas ter a opinião ruim sobre o próximo, então devemos em primeiro lugar olhar para dentro de nós mesmos para vermos o que D-us está nos mostrando nos nossos próprios corações.
Basicamente, é preciso sair da posição da presunção e entrar na posição de ouvir e obedecer a Sua voz em todos os assuntos, os grandes e os pequenos. E Este processo começa dentro de nós, acima de tudo.

cativas”.

Era comum na antiguidade, nas sociedades daquela época que a maioria das mulheres e crianças tornasse despojos de guerra e ficassem cativas e se tornavam escravos como parte da comemoração da vitória. Os clássicos gregos também mostram este mesmo processo. Muitas das legislações nesta parashá são semelhantes a leis escritas no código de Hamurabi, e o código de Mari documentos que eram as leis das terras que existiam naquela época.

Há uma diferença marcante: as leis hebraicas (Torá) davam as mulheres prisioneiras o status de seres humanos e não como uma propriedade de guerra.

Esses versos são sobre uma mulher tomada em cativeiro na qual o soldado israelita à acha bonita e atraente de corpo e advindo disto ele quer fazer dela sua esposa. As Escrituras neste contexto, os versos falam somente de soldados israelitas tendo mulheres cativas estrangeiras para obter-las como esposas.

O procedimento correto
Este é o procedimento de uma mulher estrangeira, cativa por causa da guerra, e um soldado Israelita, que quer casar com ela porque a achou muito atraente. Ele deverá levá-la para sua casa por um período de um mês lunar – um período de luto de 30 dias.
Com a mulher estrangeira cativa deverá ser feito:
* Raspar cabelo (cortar bem curto)
* Cortar suas unhas, e
* Desfazer de suas roupas as quais ela usava quando foi capturada,
* e deixá-la ficar de luto pela sua família por 30 dias.

 

O que significa isso? O que está acontecendo aqui?

Embora não seja consenso por acadêmicos da Bíblia, mas é acordado que pelo corte de seu cabelo e pelos cortes das unhas dela e da mudança do vestuário pelo vestuário dos israelitas, isto significa um processo de mudança da sua identidade de uma estrangeira para um Israelita – Hebréia. (Judia)

 

Cada cultura tinha seus cortes de cabelo exclusivos, estilos de vestuário e a decoração das unhas. Ao acabarem com essas coisas, seus laços com sua velha vida são cortadas simbolicamente. Isto também se estende ao luto pela mãe e pai dela.
Não necessariamente que os pais dela estivessem mortos por causa da guerra, embora isso acontecesse com alguma regularidade na guerra. Isto era desta forma para que desse a ela uma oportunidade para “esquecer” de sua família. Assim Ela seria capaz de desistir das associações que a sua família participava e nasceu. Teoricamente sua cultura pagã idolatra e etc.

 

Percebemos nesta mesma mensagem na Brit Hadashah (NT) para Crentes:
Considere Marcos 10:29-30, Yeshua disse, Respondeu Jesus: Em verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou mãe, ou pai, ou filhos, ou campos, por amor de mim e das boas novas, que não receba cem vezes tanto, neste mundo (Olam hazê), em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, com perseguições; e no mundo vindouro (Olam habá) a vida eterna.

É principio na Torá, expresso através desta lei sobre ‘a mulher prisioneira’ que deve deixar tudo para traz e obter uma nova vida, uma nova identidade, segundo a sua vontade. Assim é com os verdadeiros Crentes ou conversos, deixar para traz sua cultura familiar (religião familiar, crendices e etc.) em favor da cultura e mandamentos do Reino de D-us que se encontram na sua palavra na sua Torá. É isto que significa deixar pai e mãe e família e etc. Isto é o que é ser Hebreu, aquele que sai de um ponto ao outro, está sempre se elevando.
Deuteronômio 21:13- e ficará de luto um mês pela morte do pai e da mãe. Depois você pode casar com ela.

Este versículo é claro; que após este período de espera de um mês o homem poderia se casar com esta ‘mulher prisioneira’. Se a mulher estiver triste e resistente à sua nova realidade, o casamento não aconteceria.

Daí o verso 14 afirma que, se o homem mudar de idéia antes do final dos 30 dias e decidir que ele não quer esta estrangeira para ser sua esposa, ela deve ir embora livre. Não como uma escrava, mas como uma pessoa livre. Ele não pode mudar de ideia e depois vende lá ou fazer dela sua escrava. Isto demonstra a grande estima e decência pelas mulheres, mesmo prisioneiras, expressa na Torá.

É claro na nossa sociedade Ocidental moderna mesmo isto não é uma boa perspectiva para uma mulher. Mas temos que compreender, nesta época cada sociedade era totalmente dominada pelos homens, as mulheres não tinham nenhum direito, alias isto só veio acontecer após a revolução sexual dos anos 60, ou seja, milhares de anos depois. O fato que D-us instrui uma lei para hebreus daquela época para dar direitos as mulheres e dar-lhes a visão que elas são tão valiosas quanto os homens, foi uma grande mudança da vida daquela época. Tornou-se uma pedra angular no modo de vida israelita.

A  execução
Considere Deuteronômio 21:22-23, Se um homem tiver cometido um pecado digno de morte, e for morto, e o tiveres pendurado num madeiro o seu cadáver não permanecerá toda a noite no madeiro, mas certamente o enterrarás no mesmo dia; porquanto aquele que é pendurado é maldito de Deus. Assim não contaminarás a tua terra, que Adonay teu Deus te dá em herança.

Rabi Shliach Shaul (o Emissário Paulo) abordando este texto escreveu na sua CARTA aos Gálatas 3: 13:- O Messias nos resgatou da maldição da Torá, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro; Yeshua (Jesus) levou a nossa maldição, para que nós possamos em conformidade com 2° Coríntios 5:21, “fôssemos feitos justiça de D-us”.

os seguidores de Yeshua procuraram uma maneira de remover o corpo dele da Cruz (madeiro) e enterrá-lo mais rapidamente possível para impedir que violasse este mandamento da Torá em Deuteronômio 21:22-23 . Assim na vida e morte, Yeshua cumpriu a Torá (lei).

Também, este texto serviu de base para a halachá (lei) Rabínica que um corpo deve ser enterrado no dia da sua morte, a menos que um atraso seja necessário para um adequado sepultamento. Essa prática existe hoje entre as comunidades judaicas.

Divórcio e novo casamento
Está escrito em Deuteronômio 24:1 Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, se ela não achar graça aos seus olhos, por haver ele encontrado nela coisa vergonhosa, far-lhe-á uma carta de divórcio (Gét) e lha dará na mão, e a despedirá de sua casa.

O famoso debate sobre esta frase entre a escola de Hilel e a escola de Shamai revela as polares posições assumidas pelos Sábios antigos. O Rabino Hilel decidiu que o ervat davar é regida por utilização de ‘DAVAR’, entende-se,’ qualquer coisa.
A primeira geração dos Tanaim, que exerceu suas atividades no início do reinado de Herodes, é representada por Hilel e Shamai, fundadores de duas escolas que levaram seus nomes (Beit Hilel e Beit Shamai d/c).

 

As duas escolas refletiam a personalidade de seus fundadores. Hilel era uma pessoa amável, simples, próxima às camadas mais modestas, e suas máximas breves refletem sua generosidade, piedade e amor à humanidade. Shamai era extremamente íntegro, mas rígido e irascível.
Por conseguinte, a escola Hilel ensinava isto que ervat davar –qualquer coisa’ que o marido encontrava que desagradasse na esposa poderia constituir motivos para o divórcio. Muitos ensinamentos dos rabinos na época de Yeshua tomaram este ponto de vista de Hilel ao extremo. O historiador da época Josephus falava que divórcio por qualquer motivo era comum em seu dia (Ant. 4.8)

Shamai, no entanto, restringia a ervat davar – ‘qualquer coisa’ em questões de infidelidade para motivos pra um divórcio válido ou alguma falta grave. Foi esta situação lamentável nas quais as palavras de ensino de Yeshua (Jesus) devem ser entendidas. Em Mateus 19:7–9.

 

Alguns fariseus foram testar Yeshua para ver sua halachá (lei rabínica) sobre o divórcio e sobre casar novamente. Em relação à halachá dominante na época de Yeshua (Jesus) dizia que um marido poderia se divorciar de sua esposa ou esposas (lembre-se a sociedade da época era polígama e isto perdurou por séculos ate a idade media) por ‘qualquer motivo’. Ou seja, se ele não gostasse do jeito que ela cozinhava ou se ela tinha envelhecido e por qualquer coisinha.

Isto levou à sociedade na época de Yeshua (Jesus) a crueldade com as mulheres, pois muitas delas não tinham como se sustentar e acabavam mendigando ou na prostituição.

(lembre-se o adultério era punido com a morte, e isto deve ter amedrontado os ouvintes de Yeshua)

 

Em uma época em que a sociedade era dominada pelos homens e as mulheres não tinha direito a nada. Por este motivo Yeshua enfatiza que somente eles poderiam divorciar de sua esposa ou esposas por motivos deporneiva, porneia’. Esta é a palavra grega usada neste texto, e indica prostituição, traição e “bestialidades sexuais” e etc.

Isto defenderia os direitos das mulheres que não seriam despejadas por qualquer coisa de suas casas. Paulo em uma das suas CARTAS da uma opinião que por descrença nos caminhos do D-us único, um dos dois poderia se divorciar. 1°Coríntios 7:15

 

Hoje a sociedade mudou e há pouco tempo as mulheres têm ‘Direitos’ e são vistas como iguais aos homens (isto ainda não é assim em algumas sociedades).

É verdade que o divorcio não é o ideal, mas a realidade de começar um novo casamento ou relacionamento também é um direito e um ideal.

 

Muitas leis e mandamentos na Torá têm que ser vistos dentro de um conceito histórico e social, hoje não temos mais escravos nem vamos pegar mulheres como desposo de guerra, mas o que fazemos com alguns mandamentos hoje e aplicar o seu princípio em nossas vidas.

‘Se a sabedoria não deixa espaço para uma opinião divergente, Você sabe que não é mais sabedoria. ’ – Rebe.

 

Amordaçar um boi
Deuteronômio 25:4, Não amarre a boca do boi quando ele estiver debulhando o trigo

Neste parashá, segue a proibição de amordaçar um boi quando ele estiver debulhando os grãos. Ao animal foi dada a oportunidade de comer enquanto trabalha, porque é necessário para a sua vida. Este cuidado demonstra a justiça do proprietário do animal: está escrito em Provérbios 12: 10, O justo (Tzadik) atenta para a vida dos seus animais, mas o coração dos perversos é cruel.

A lei que proíbe amarrar o boi não é apenas sobre o animal, mas contém um princípio derivado da Kal vachomer.
Kal vachomer:

A regra de Kal Va chomer diz; que o que se aplica em um caso menos importante se aplicará certamente em um caso mais importante.

Se D-us está preocupado com um animal, então quanto mais Ele estará sobre o que trabalha duro! Por isso compreendemos as retóricas de Paulo: Você não poderia estar pensando que D-us está apenas preocupado com um boi quando ele deu este mandamento da Torá. Você estaria?

 

 

*Hashavat Aveidá – “Devolução de uma perda”.

Devolver um objeto para o seu dono é uma Mitzvá (mandamento divino). Na Torá D-us adverte que, ao encontrarmos um objeto ou qualquer coisa perdida, não poderemos “fingir” que não há um dono e nos esquivar da tarefa de devolvê-lo. Devemos recolhê-lo, levá-lo para casa e tentar, de alguma maneira, encontrar seu dono para devolvê-lo.

As leis referentes a esta Mitzvá são muitas e estão detalhadas no Talmud, principalmente no tratado Baba Metzia.

*Neshech – ‘Juros’.

A Torá nos proíbe cobrar juros de um próximo (Filho da Aliança). O nome usado no texto bíblico para esta proibição é Neshech ou “mordida”. Os juros são comparados à mordida de uma cobra que fica a espreita no caminho e abocanha a sua vítima, quando esta menos espera. Assim, também, é considerada esta prática financeira. Quem procura um empréstimo, normalmente, esta necessitando do mesmo para seu sustento e, quando acha que tudo está resolvido, é surpreendido por uma “mordida”, ao descobrir que foi abocanhado e agora deve ainda mais ao seu credor.

Quando estes juros forem oriundos de negócios e sociedades, é necessário que se assine um contrato entre as partes envolvidas para que não se configure aqui os juros proibidos pela Torá.

*Beyomó Titen Secharó – ‘No dia certo pagarás seu salário’ –

Embora pareça lógico que um patrão deva pagar o salário de seus funcionários pontualmente, D-us instrui na Torá esta conduta como uma Mitzvá (mandamento) e o atraso é um pecado.

É necessário ser extremamente cuidadoso com soldo do funcionário. Se for um diarista, devemos pagá-lo imediatamente após o término do dia de trabalho (antes do escurecer). Se for mensalista, no dia do mês combinado. É totalmente proibido manter consigo o dinheiro e atrasar o salário, pois é um pecado grave. As exceções serão devidas à acordos diferentes entre patrão e empregado, porém, sempre com total consentimento do empregado.

*Eifá VeEifá – ‘Uma medida e outra medida’ – ‘enganação’ –

é um grande pecado a ‘enganação’ – trapacear, D-us abomina este tipo de pecado; ‘Porque abomina ao Eterno, teu D-us, todo aquele que fizer isto, todo aquele que trapacear’. (Deuteronômio 25:18)
 
A longa Guerra contra Amalek

Na nossa porção de leitura da Torá nesta semana recorda como a tribo de Amalek atacou os hebreus quando eles estavam no deserto:

LembrarZikor do que fez Amalek no caminho, quando saías do Egito;… apagarás a memória de Amalek de debaixo do céu; não te esqueças. (Deuteronômio 25:17-19).

Estes versos adicionam alguns detalhes que foram deixados de fora em Êxodo 17:8-16. Por exemplo, aqui aprendemos que Amalek atacou Israel na retaguarda, abateram primeiro os membros mais fracos da Comunidade. Além disso, ficamos sabendo que Amalek agiu com muita crueldade porque ‘não temiam a D-us’.

 

Nechama Leibowitz (1905–1997 Israel) escreveu que; “após o êxodo, a humanidade como um todo poderia ter dado um grande passo a mais para reconhecer a soberania de D-us e da Sua Justiça e da Sua verdade, mas em seguida, veio Amalek e, e desenfreado pelo medo e temor que manteve todas as nações do mundo em xeque, mostrou o caminho para os outros.

O que estava lá para temer? Que ‘um povo tinha saído da Terra do Egito’. Agora eles estavam vagueando no deserto, cansados e lutando pra viver. Por que razões não deveriam ser atacados? Este é o jeito do mundo…” (Leibowitz: Studies in the Parshah).

 

Sim, isso é certamente “a maneira do mundo” – para intimidar os fracos, para aterrorizar os justos, praticar crueldade, e a envolver-se em derramamento de sangue inocente.

D-us não quer que nós nos esqueçamos de ‘o ataque de Amalek’ desde que isto simboliza toda batalha “espiritual” subseqüente na vida de Seu povo.

 

Lembre-se que enquanto a batalha ocorria duramente, Moisés acompanhado de Aarão e Hur foram para o topo da colina mantendo seu cajado no alto. Quando ele levantava as mãos “em oração” ao S-nhor, os israelitas prevaleceram, mas uma vez que as mãos de Moisés desciam, os Amakelitas prevaleceram.

A Batalha durou até pôr do sol, quando Amalek foi finalmente derrotado. Foi uma batalha que durou todo o dia,…

Para comemorar a vitória, Moisés construído um altar e chamou-lhe, Adonay NisiO s-nhor é meu milagre (ou S-nhor é a minha bandeira), dizendo; “Uma mão sobre o Trono do S-nhor”. E disse: Porquanto Adonay jurou, haverá guerra do Adonay contra Amaleque de geração em geração. Êxodo 17:16.

 

As mãos levantadas de Moisés eram como “uma mão no trono” do próprio D-us. Da mesma forma, nossa vitória na luta contra as trevas “espirituais”, contra a maldade, pessoas más… vem através de apelos persistentes a D-us clamando por ajuda…

 

Assim como D-us na Torá nos ordena a lembrarZikor o Shabat para santificá-lo (Êxodo 20:8); lembrarZikor a Páscoa nossa redenção (Êxodo 13:3) e para lembrarZikor o que D-us fez a Miriam (Deuteronômio 24:9), então nós somos ordenados a lembrarZikor o que Amalek fez a Israel (Deuteronômio 25:17).

 

Para cumprir este mandamento,

Na Tradição judaica nós publicamente recitamos estes versos no Shabat antes da festa Purim (chamado Shabat Zachor) para que o ‘apagar’ de Amalek possa ser conectado com o ‘apagar’ de Hamã o Agagita, ou seja, o descendente de Amalek (Esther 3:1). Além disso, é costume para judeus soferim (escribas) literalmente desfazer o nome Amalek quando eles testam suas “canetas” antes de escrever um pergaminho de Torá…. ate os dias de hoje.

 

Há um paradoxo neste mandamento (Mitzvá), no entanto, pois como se pode apagar a memória de Amalek ou ‘destruiu – lá’, se nós somos ordenados a lembrá-la? Como é possível mandar ‘lembrar’ algo que ELE mesmo quer nós esqueçamos?

 

Pois Se o S-nhor quer que os amalequitas sejam esquecidos, então por que a menção de seu nome? Por que nós devemos lembrar que somos ordenados a lembrar de Amaleque então?

 

Deve ficar claro para nós que ‘Amaleque’ denota algo muito mais do que uma tribo má em particular que atacou os filhos de Israel. Na verdade, Amaleque simboliza o coletivo dos ‘filhos das trevas’ e ‘agentes do mal’ que abundam no mundo.

                                                     

Historicamente, Amalek era Neto de Esaú e chefe de uma tribo dos Edomitas (Genesis 36:12-16), mas ele também é descrito estranhamente como; ‘Amaleque é o primeiro das nações’ – Reshit Goyim, anteriores ao tempo de Abraão (Genesis 14:7, Números 24: 20).

E neste sentido que ‘Amalek’ representa os ‘filhos das trevas’ – ‘os filhos da Presente Era’, os inimigos perpétuos do Reino de D-us: ‘Adonay fará guerra com Amalek de geração a geração’ (Êxodo 17:16).

 

O nome ‘Amalek’ em hebraico começa com a letra Ayin (que significa olho) e na Gematria é 240 em o mesmo valor para a palavra hebraica safek, a palavra para dúvidas.

Amaleque alude, portanto, “o olho da descrença”, ou mesmo “o olho cortado”. Amalek representa, portanto, a cegueira “espiritual” e como ele atua no mundo…

“Riscar Amalek do mapa”, então, é um apelo à guerra “espiritual”.

E, por tua graça (Chesed), dá cabo dos meus inimigos e destrói todos os que me atribulam a alma, pois eu sou teu servo.’ Salmo 143:12

No ‘Targum Yonatan’ diz: ‘devemos apagar a memória de Amalek debaixo dos céus; mas dos dias do milênio do rei Messias, não será preciso’. O mandamento para “apagar do mapa” ‘Amalek em última análise, será cumprido no Reino messiânico, quando Adonay seu Deus lhe dará descanso de todos os seus inimigos na terra que Adonay teu Deus está dando-lhe como sua herança para possuir’ (Deuteronômio 25:19).

Nessa altura toda a memória de Amalek vai ser destruída de debaixo do céu assim como D-us vai enxugar todas as lágrimas de nossos olhos… Esta é uma verdade gloriosa que nós nunca devemos esquecer, apesar da condição deste mundo e a aparente superioridade dos “amalequitas”.

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