Os sábios rabinos da antiguidade ensinavam: be’chol dor va’dor – em cada geração, um indivíduo deve olhar pra si mesmo, como se ele ou ela (pessoalmente) tinha deixado o Egito com os filhos de Israel. Não é suficiente só lembrar, em algum sentido abstrato, a libertação do povo Hebreu no antigo Egito, mas cada judeu é responsável por ver pessoalmente a Páscoa como um momento para comemorar sua própria libertação pessoal da escravidão de faraó. (Do Sistema deste mundo)
A Kavaná (intenção ‘correta’ do coração) a observância da Páscoa se resume bem por esta simples frase: be’kol dor va’dor.
Como nós participamos do Seder (Ceia de Páscoa) devemos adotá-la como nossa própria – como se estivemos pessoalmente lá (no Egito, e também ao pé da Cruz) e compreender que esta poderosa Geulá (redenção/Salvação) foi realizada por sua causa, bem como para o seu bem… Recordamos as palavras, bishvili nivra ha’olam – ‘Por minha causa foi este mundo criado’, enquanto nós também recordarmos as palavras, anochi afar ve’efer – ‘Eu sou pó e cinzas’.
Durante um tradicional Seder de Pessach (Jantar de Páscoa) habitualmente bebemos quatro Taças de vinho, com base nas quatro promessas de Geulá (redenção/Salvação) dada por D-us (êxodo 6:6-7:) ‘tirarei você; libertarei você; resgatarei você; e terei como meu povo especial, por herança’ (i.e., vehotzeiti, vehitzalti, vega’alti, velakachti).
Esse costume de beber os quatro copos de vinho remonta ao tempo do período do Segundo Templo, ou seja, após Esdras (Talmud Mishnah: Pesachim 10).
Os primeiros sábios introduziram o costume dos quatro copos de vinho, apelando ao mandamento geral da Torá para estabelecer um ‘serviço/ritual’ para comemorar o êxodo, que eventualmente assumiu a forma do Seder (Ceia) de Páscoa. (Êxodo 12:25-27).
No seu Último Seder de Pessach Yeshua (Jesus) com seus Talmidim (discípulos), ele tomou um dos quatro copos de vinho e identificaram com sua morte sacrifical pelos nossos pecados: (Mateus 26:27-28). Poderia ter sido o Terceiro Cálice de Vinho do Seder. (Lucas 22:20, ver também 1 Coríntios 11:25).
Nos ‘Seders’ tradicionais, o terceiro copo de vinho é tomado para comemorar a promessa de D-us de redenção/salvação (i.e., vega’alti: Eu resgatarei você).
Na Mishná (lei oral) ensina que o vinho neste terceiro Copo recorda o sangue vertente do korban Pessach (Sacrifício de Páscoa/cordeiro). – (2º Coríntios 5:21).
O significado profundo da Páscoa tem a ver com a nossa santificação, nossa libertação e nossa redenção dada por meio de Yeshua o Messias, nosso Salvador, O Cordeiro de D-us (1º Coríntios 1:30).
No entanto, continuamos em um estado de ‘já- mas não- ainda’ e na expectativa sobre o cumprimento completo da Nova Aliança, desde que esta aliança foi dada ao Israel étnico quanto sua libertação nacional e o estabelecimento do Reino de Zion (Tzion) no meio da Terra (Jeremias 31:31-37).
É somente depois que Yeshua retornar como Rei legítimo de Israel, é que ‘Todo o Israel será salvo’ (Romanos 11) e a Nova Aliança será totalmente cumprida.
Nesse momento, nós, sua congregação, vamos participar do Copo da restauração com Yeshua em seu Reino (Mateus 26:29) e, em seguida, todos exclamaremos; ‘louvai ao S-nhor, Ó Jerusalém! Louvem a D-us, O Sião!”(Salmo 147:12).
O Rabino Nachman de Breslov (1772-1810 Ucrânia) uma vez ensinou que; ‘todo o mundo é uma ponte muito estreita (kol ha’olam kulo), e o mais importante é nunca ter medo.
Yeshua é a ponte para D-us O Pai, o caminho estreito da passagem que conduz à vida. Ele nós chama na tempestade deste mundo, dizendo ‘tenha bom animo’. Não tenha medo’ (Mateus 14:27). Quando Pedro perdeu a coragem e começou a afundar, Yeshua (Jesus) imediatamente estendeu a sua mão e tomou conta dele, dizendo: ‘Oh homem de pouca fé, por que você duvidou (literalmente; pensou duas vezes)?’
O Messias é ‘a voz do D-us vivo (קוֹל אֱלהִים חַיִּים) falando do meio do fogo’ que compreende a necessidade de seu povo. Ele é o bom pastor: ‘certamente vi a aflição do meu povo que está no Egito e ouvi seu grito… Eu conheço seus sofrimentos’ (Êxodo 3:7; Hebreus 4:15).
Um antigo Midrash (comentário rabínico) diz que as dez pragas eram necessárias – não para convencer faraó que Adonay era Deus – mas sim para convencer os filhos de Israel do amor de D-us!
Afinal de contas, sem fé, Israel nunca iria se aventurar a deixar o Egito seguindo pelo deserto.
O mesmo pode ser dito da sentença maior que está para vir a este mundo.
O objetivo final de Yissurei Ahavah (יִסּוּרֵי אַהֲבָה) – ‘os problemas do amor’, está a nos desviar da fonte da qual nos mantém em escravidão.
Um Talmid (aluno) uma vez perguntou a sua Rebe (Rabino): ‘Vamos ser punidos pelos nossos pecados nesse mundo?… A resposta do Rebe foi sucinta; ‘somente se nós tivermos sorte…’
O pior destino possível para uma pessoa é D-us ser indiferente a ela… Alguma coisa pode ser mais trágica do que ser esquecido ou passar despercebido nesta vida por D-us?
É muito melhor que Hashem (D-us) nos aflija com Yissurim shel Ahavah – passarmos por todo tipo de problema e sofrimento por causa do amor de D-us por nós.
‘Todo o mundo foi criado para o Messias’ ensinaram nossos Sábios (Talmud Sanhedrin 98b), e desde que assim é, podemos ter certeza de que todas as coisas cooperam para o bem.
D-us repetidamente nos diz para não termos medo – al-tirah – não do Ser Humano, nem de guerra, nem da tribulação, nem mesmo da própria morte (Romanos 8:35-39).
Na verdade, O Cordeiro de D-us veio a morrer para destruir o poder da morte ‘e a libertar todos aqueles que, através do medo da morte, estavam sujeitos à escravidão ao longo da vida’ (Hebreus 2:14-15).
A ressurreição do Messias é o ponto focal da história – não o “pó da morte”. A Morte não tem a última palavra.
Na verdade, porque Yeshua o Messias está vivo agora neste momento em carne e osso, nós também viveremos fisicamente (João 14:19).
Por causa da vitória de Yeshua Adoneinu, podemos agora viver sem medo: al-tirah – ‘Não temas!
Yeshua HaMashiach (Jesus o Messias) filho de David, filho de Abraham:… (Mateus 1:1)
E Ele disse: Eu sou a raiz e o descendente de David, e a resplandecente Estrela da Manhã. (Apocalipse 22:16) …‘Não chore! Eis que o Leão da tribo de Judá, a raiz de David, venceu…! (apocalipse 5:5)
Muito bom saber que pela misericórdia de Deus, enviou seu filho amado Jesus para morrer por nos, que não merecemos, mas porque Deus nos amou tanto, que enviou seu filho para morrer por nos, e aqueles que crerem e forem batizados serão salvos, gloria a Deus! Eu te amo meu pai, Jesus ressuscitou e esta entre nos, e salvara aquele que crer Nele, aleluia!