נחמו נחמו עמי – ‘Conforte, conforte meu povo…’

Esperança no Exílio.

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Apesar de vivermos no exílio (do Éden) na opressão deste sistema decaído, D-us fala palavras de consolo eterno: NachamuNachamu ami: ‘Conforte, conforte meu povo…’ (Isaías 40:1).

Há um futuro glorioso pra nós, mesmo que a nossa circunstância presente pareça esmagadora e o clamor do nosso coração pareça não ter respostas. Estas foram palavras de encorajamento de D-us para os judeus exilados que foram levados para o cativeiro babilônico.

Apesar da aparência de ruína, D-us prometeu estabelecer zion (Sião) como o louvor da Terra.

D-us é a única realidade duradoura em um mundo em constante mudança. ‘Toda a carne é como a grama, e toda a sua beleza são como a flor do campo’- essa é a condição deste mundo efêmero com seu fluxo e suas fortunas. ‘Toda carne desaparece porque a respiração de Adonay sopra nela’ (Isaías 40:7). O próprio D-us ordena que a vida de todas as criaturas sejam como um vapor (הֶבֶל) que some…

Porem, no entanto, nos é dito e instruído a não dar lugar ao medo, porque há boas notícias para zion (Sião): O Messias filho do D-us Altíssimo (El Elion) está vindo com poder para recompensar aqueles que estão à sua espera. Ele apascentará o seu rebanho como um pastor; Ele vai reunir os seus e carregá-los perto de seu coração. Como o Emissário Pedro (פטרוס השליח) disse; Esta notícia boa é a vida eterna dada através da imperecível ‘semente’ – a palavra de D-us (Memra) a qual vive e permanece – O Messias’ (1º Pedro 1:23-25).

As Nações deste mundo são contadas como menor que nada; suas glórias são ‘Tohu’ (תהוּ) – confusão e irrealidade – e seus líderes são considerados como vaidade absoluta. (Isaias 40:24). As Nações da Terra são secas ervas; os lideres da terra são flores Secas.

Mas D-us é incomparavelmente grande e vai cumprir suas promessas para com Israel: ‘A palavra de nosso D-us dura para sempre’. Ele criou o Universo e tudo que existe em tudo e chama cada objeto nele pelo seu nome. ELE é Soberano, invencível em poder e nada pode ignorar sua vontade.

Este ‘Sistema mundano’ não é nossa casa. Estamos aqui como “estranhos”… O Emissário Paulo (פאולוס השליח) ensinou; ‘que nossa solidão e desapego preparam-nos para o “peso da glória eterna” (2º Coríntios 4:17-18).

O Ser Humano é instável em todas as suas formas, então o processo de ser “educado para a eternidade” significa aprender a concentrar o desejo do nosso coração na Torá de D-us (Ou Seja, em suas Mitzvot, Chukim, Mishpatim e Eidot). ‘Pois onde está o teu tesouro, lá estará o seu coração também. ’

 Entendamos…

Uma coisa é certa neste mundo; é que o que vemos com nossos ‘olhos físicos’ está em um estado de mudança constante. No jargão filosófico, deste mundo efêmero; é “radicalmente contingente”, que significa que ele está sujeito a decadência e é constantemente incerto.

 No que diz respeito ao Ser Humano está escrito, ‘que se vai quando sopra o vento e nem se sabe mais o lugar que ocupava’ (Salmo 103:16).

  Mas como metáforas como estas, tais como ‘o Ser Humano é “como grama seca” ou “uma flor seca que morre”’ destina a consolar-nos?

Ou pelo contrário, leva-nos a considerar que nossas vidas como fúteis e talvez sem sentido?

Depende de como nós vemos a realidade, apenas quando consideramos este sistema mundano (ou esta Presente Era) como nossa casa é que a transitoriedade da vida parece trágica, fútil e sem sentido e miserável…

 Essas metáforas bíblicas dizem respeito apenas ao mundo (a realidade) que vemos com nossos sentidos – o sistema deste mundo caído (Pós-queda Adâmica) – mas não o Reino Eterno da Gloria.

 A mente Ocidental (greco-romana) confunde a idéia de ‘fato’ com a verdade. Um ‘fato’ é a divulgação de uma correspondência entre uma idéia e a realidade, mas ‘Verdade’ (com um “V” maiúsculo) engloba como qualquer fato dado, porem está relacionada com o todo.

Tal verdade, portanto, está intimamente ligada com a ‘Sabedoria’ e a sabedoria é antes de tudo ‘sobre o reverente temor a D-us’ (Salmo 110:10). Então não é o que vemos com nossos olhos, em última análise, realidade, mas o que vemos com nossas “almas”.

 A nossa “mente carnal” é instintivamente adversa a mudanças, uma vez que implica morte e a dissolução de algo, e, portanto, é a razão contínua de estado de pavor do Ser humano em relação a mudanças (se conscientemente ou não). Daí o “pecado principal” da carne é “absolutizar” o momento, e de outra formar considerar o finito como um fim em si mesmo.

Mudança representa um movimento em direção a um fim inevitável de outra forma esperado, e, portanto, a “mente carnal” constantemente procura fugir desta jornada.

 O Espírito de D-us ensina: Não tenham medo. De fato, vocês fizeram todo esse mal. Contudo, não deixem de seguir Adonay, mas sirvam-no de todo o coração. Não se desviem, para seguir coisas ‘Tohu’ inúteis, que de nada valem nem podem livrá-los, pois são ‘Tohu’ – confusão e irrealidade’ (1º Samuel 12:20-21)

 D-us ‘é’ nossa “Rocha”, uma metáfora que implica que ELE ‘é’ a fundação estável e “Pedra Angular” de todas as realidades. D-us é nosso Refúgio Forte das tempestuosas alterações que todos enfrentamos neste mundo. Sua Presença (Shechiná) motiva-nos e sustenta o nosso caminho.

No entanto, devemos caminhar pela Emuná (Fidelidade – Fé), não pelo que vemos (a realidade das coisas), e muitas vezes ou na maioria das vezes enfrentamos testes e mesmo tribulações na jornada neste ‘Sistema Mundano’ (Nesta Presente Era).

No seu desespero, Jó uma vez perguntou: ‘Se um Ser Humano morrer, Ele viverá novamente?  Todos os dias da minha luta eu vou esperar até que minha mudança (חֲלִיפָה) venha’ (Jó 14:14).

Note que a palavra hebraica pra ‘mudança’ – Chalifah (חֲלִיפָה) refere-se a uma mudança de vestuário, que alude as vestes de Yehoshua ben Yehotzadak, (Josué) o Cohen Gadol (Sumo Sacerdote) que foi dada a ele quando ele foi acusado diante do anjo do S-nhor (Zacarias 3:3-5).

(Note que; Yehoshua significa ‘Adonay Salva’ e Yehotzadak ‘Adonay é Justiça’)

Nós queremos ser totalmente vestidos com a roupa da Justiça de D-us no dia da nossa ressurreição.

 אֲנִי בְּצֶדֶק אֶחֱזֶה פָנֶיךָ

אֶשְׂבְּעָה בְהָקִיץ תְּמוּנָתֶךָ

Ani be’tzedek echezeh paneicha,

Esbeah ve’chakitz temunateicha

Quanto a mim, em justiça, verei a tua face;

quando despertar, ficarei satisfeito

ao ver a tua semelhança.

(Salmo 17:15)

Nosso verso configura um grande contraste entre o Olam haZê (Presente Era) e Olam HaBá (Milênio e Eternidade) – entre este Mundo presente e a Esfera Celestial.

Ao contrário da erva do campo que seca ou flores que logo murcham a Torá de D-us permanece para sempre. Apesar da fragilidade do Ser Humano e a inevitabilidade da morte, perdura a verdade de D-us, e isso é uma Fundação sobre a qual nós podemos nos estabelecer.

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