O terceiro mês do calendário lunar judaico, e bíblico, é chamado de Sivan (סִיוָן), que geralmente começa durante o final de maio ou início de junho em nossos calendários seculares.
Na Torá este mês é simplesmente chamado de “o terceiro mês” (ie; chodesh haShlishi: חדֶשׁ הַשְּׁלִישִׁי), embora algum tempo depois, após o cativeiro babilônico teve seu nome atual. Sivan é mencionado apenas uma vez nas Escrituras Sagradas, no período pós-Exílio babilônico, no Livro de Esther (Esther 8:9).
Há comentários no Talmud sobre este mês de revelação especial: tais como: “Bendito seja o nosso D-us, que tem dado uma tripla Torá (Torá, Profetas, e Escritos) para uma nação tripla (Cohanim {Sacerdotes}, levitas e israelitas), através de quem foi o terceiro (Moisés, o terceiro filho, após Aarão e Miriam) no terceiro mês” (Talmud: Shabat 88a).
De fato, foi durante o mês bíblico de Sivan (3º mês) que a Ruach HaKodesh (Espírito Santo) foi dada aos Hassidei Yeshua {(חסידי ישוע) – seguidores / discípulos de Yeshua}, de acordo com a Sua promessa (Atos 1:4-5; 2:1-4).
Profundamente falando, então, o mês de Sivan (3º mês) representa tanto a entrega da Torá a Israel (ie; z’man matan Toratenu: זְמַןמַתַּן תּוֹרָתֵינוּ), quando a história que começou com o êxodo do Egito culminou com a entrega da Torá, e também o advento da Ruach HaKodesh sobre os Talmidim (discípulos), de modo que os mandamentos na Torá seriam “escrito sobre os corações ” daqueles que confiam na Aliança de D-us (Jeremias 31:31-33).
“Ayin Hashem” – “O Olho de D-us” (עֵין יְהוָה) é uma metáfora para a onisciência de D-us, isto é, seu conhecimento íntimo e perfeito de todas as coisas. “Compreensão de D-us” é Ein Mispar (אֵין מִסְפָּר), “além da conta”, e é, portanto, incalculável (Salmo 147:5; Isaias 40:28 ; Romanos 11:33).
Por exemplo, Hashem (D-us) criou o Universo (ou Universos) yesh me’ayin, isto é ‘do nada’, mas também sustenta o cosmos inteiro a cada instante. Além disso, Hashem (יהוה) transcende todas as distinções de ‘espaço tempo’, todo o Universo está em D-us (Salmo 90:1). Poeticamente, as Escrituras nos falam que D-us chama todas as estrelas do céu por nome (Salmo 147:4); que ele sabe o número de fios de cabelos da nossa cabeça, e que vê em oculto (Mateus 6:4), e que sabe do começo ao final, incluindo cada palavra pronunciada dos nossos lábios antes de serem faladas (Salmo 139:4). Então Adonay Elohim, o Espírito da Verdade, eternamente sabe de tudo em todos os mundos possíveis…
Que D-us é “onisciente”, no entanto, pode sugerir que a Presença Divina é remota e abstrata – como se D-us fosse um enorme “computador” ou uma “mente”, ou um repositório de todos os fatos e condições contrafactuais do Universo. Este não é o ponto de vista da Torá ou das Escrituras Sagradas, pois, uma vez que Hashem (D-us) é absolutamente pessoal, intencional, amoroso, justo, santo, e assim por diante.
Além disso, Hashem (D-us) sustenta diretamente e interage com a criação, mantendo seus propósitos e decretos Divinos em todos os mundos possíveis… Portanto, embora seja verdade que Hashem (D-us) compreende todos os assuntos providenciais do cosmos em geral, há um sentido mais profundo em que Hashem (D-us) “vê a alma”, uma forma pessoal de ver baseado em intimidade, compaixão (רחמים) e graça (חסד).
No entanto, embora “O Olho de D-us” (עֵין יְהוָה) está sobre todas as coisas em geral, como uma questão de providência, dirige-se com especial atenção para os que O temem e que confiam no Seu amor, como está escrito: ‘Eis que o Olho de Adonay (עין יהוה) está sobre os que o temem, sobre aqueles que esperam sua graça, (חסדו)’ (Salmo 33:18).
Portanto o “Olho que tudo vê” (עין רואה), isto é; “O Olho de D-us” (עֵין יְהוָה) está ligado com a idéia de bênçãos, o olho da graça Divina: ‘Que Adonay te abençoe e te guarde; Que Adonay faça resplandecer o Seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; Que Adonay levante o Seu rosto sobre ti e lhe dê a Sua Shalom’ (Números 6:24-26).
Há um senso comum de “ver” implícita neste verso. Estamos a contemplar (ou ver) que D-us vê aqueles que o temem, ou seja, aqueles que reverenciam a Presença Divina e que esperam na sua Chesed (graça).
Isto é ainda mais implicado pela ligação etimológica entre a palavra ‘ver’ – ra’ah (רָאָה), e a palavra ‘temer’ – yirah (יִרְאָה). Nós só podemos contemplar a D-us por meio de reverência…
Há muitas referências de entendimento íntimo de D-us das escolhas que fazemos em nossas vidas: ‘Quem fez o ouvido não ouvirá? Quem formou o olho não olhará? (Salmo 94:9)’. ‘Os olhos de Adonay (עֵינֵי יְהוָה) estão em todo lugar, observando os maus e os bons’. (Provérbios 15:3) Dos céus Adonay contempla e vê todos os seres humanos; Do lugar de sua morada ele observa os habitantes todos da terra: Moldas seus corações individualmente; considera todas as suas obras’. (Salmo 33:13-15)(Salmo 34:15; 1ºPedro 3:12).
Contemple três coisas, e você não vai chegar à transgressão: Saiba o quem está acima de você: um olho que tudo vê (עין רואה), um ouvido que tudo escuta (ואזן שומעת), e todos os seus atos sendo inscrito em um livro . (Talmud: Pirkei Avot 2:1b)
Não gostaria de ser indelicado ,mas gostaria de perguntar ao autor:
Esse “olho que tudo vê” Com esse simbolo que foi postado ai ,não seria um sinal da maçonaria ?
Olá Fabiano, este é o Olho da Providência: “Na sua forma atual, o símbolo apareceu primeiro no oeste [americano] durante o século XVII e XVIII, porém, muitos artigos e pessoas confundem o “Olho que Tudo Vê” com as representações da Mitologia Egípcia, no Olho de Hórus. Em descrições do século XVII, o “Olho da Providência” algumas vezes aparece rodeado de nuvens. A adição posterior de um triângulo, normalmente, é visto como uma referência mais explícita da Trindade de Deus, no Cristianismo.”, e ele também é usado na maçonaria… assim como a Estrela de David (Maguen David) e outros símbolos.
Caro Fabiano, e se fosse, qual o problema? Acho que já passou da hora de algumas pessoas deixarem de acreditar em mitos sobre a maçonaria.
Embora a resposta do Magno já foi excelentemente elucidativa.
quero salientar que a antiga forma das letras eram pictográficas… e em suma a maioria da simbologia de hoje e de antes vem disto. (não existe detentores de simbologia)